Pov: Percy.
Caminhamos lentamente para cima da montanha, Lupa e sua matilha nos deixaram no início da montanha, alegando que era o maximo que ela poderia ir, nos deixou e voltou pelo mesmo caminho que viemos, assim que ela desapareceu Liah e eu começamos a correr montanha a cima, mas depois de alguns metros já estávamos exautos, a luta com as górgonas nos rendeu um cansaço desnecessário, e começamos a andar em silêncio, nem Liah nem eu dizemos nada depois que Lupa e sua matilha se foram, o que esta me deixando desconfortável.
-- Você esta bem maninha? - pergunto na tentativa de quebrar o silencio.
Ela me olha e sorri, mas seu sorriso não chega aos olhos o que me deixa preocupado, mas quando ela abre a boca para me responder, uma risada nojenta se instala no local, assim como uma voz que me causa arrepios.
-- Vocês nos proporcionaram uma longa caminhada semideuses. - diz a Euríale.
Olhamos para trás e vemos as duas górgonas nos olhando famintas, as duas górgonas são muito parecidas, a única diferença é que Euriále, ao contrario de Esteno que tem víboras verdes como cabelo, tem corais vermelhas, a deixando ainda mas asquerosa e medonha.
Nem preciso olhar para minha irmã para saber o que fazer, destampo contracorrente enquanto ela pega seu anel o transformando em espada, queria poder dizer que nós iriamos atacar e vencer todas as vezes que elas voltassem, mas estamos cansados e temos que terminar de subir essa montanha e ainda desce-la, então não podemos nos cansar por qualquer coisa.
-- No três. - diz Liah com vingadora firme em sua mão. - Um. - grita.
-- Dois. - grito também e a olho.
-- Três. - gritamos e nos viramos e corremos montanha a cima com toda a força que nos resta.
Não preciso olhar para traz para saber que as górgonas estão nos seguindo, e isso me preocupa, estamos cansadas e não comemos direito desde que saímos do acampamento meio-sangue, nós comemos na lanchonete das górgonas, mas foi apenas uma mordida, então não conta.
Corremos ouvindo os gritos das górgonas, e elas estão bem perto de nós, depois de muitos correr chegamos ao topo da montanha, vendo uma baixada íngreme de mais para correr montanha a baixo.
Respiro fundo, e olho para os lados em busca de algo que possa nos ajudar na decida, mas não vejo nada, não à absolutamente nada que possa nos ajudar.
-- Agora vocês morrerão. - diz Euriále parando em nossa frente.
Esteno para ao seu lado ainda com a bandeja, agora vazia, da lanchonete. O que essa loca esta fazendo com essa bandeja, ainda mais, vazia? Monstros são estúpidos.
Olho para a bandeja imaginando o que fazer com ela, mas a única ideia que tenho, alem de ser bem idiota, só ajudaria um de nós, e não estou afim de deixar minha irmã para trás, a olho e vejo que assim como eu, ela encara a bandeja, derrepente um sorriso se abre em seu rosto, me deixando confuso, ela me olha e pisca sacana me deixando ainda mais confuso, sua expressão logo muda de feliz para assustada.
-- Abaixa. - grita apovorada.
Obedeço sem reclamar e consigo sentir duas garras passar rápido pelo lugar que a pouco estava minha cabeça.
Regra numero um em uma batalha, jamais se deixe distrair.
Posso ate ouvir a voz de Tártaro em minha cabeça.
Balanço a cabeça para me livrar de toda e qualquer distração, e, ainda abaixado corto com minha espada, mas ela consegue desviar com um pulo para trás, ela vem novamente em minha direção, mas para assim que ouve o grito de sua irmã.
-- Ah. - grita Esteno enquanto cai pelo lugar que acabou de subir, olho para Liah que esta parada vendo-a rolar para baixo, Liah esta com a bandeja dela na mão, Euriále fica com raiva e começa a correr em sua direção, mas em um movimento rápido a chuto montanha a baixo, fazendo com que ela sai rolando como sua irmã.
Liah me olha com a expressão cansada, provavelmente sua expressão reflete a minha, ela começa a andar em minha direção, e consigo notar que ela esta mancando.
-- Nós precisamos ser rápidos, elas logo estarão aqui novamente. - diz me entregando a bandeja. - Sabe o que fazer.
Diz e aponta montanha a baixo, pelo visto ela teve a mesma ideia estúpida que eu, mas eu não posso deixa-la, e não vou.
-- Estarei logo atrás de você maninho, agora vá. - diz adivinhando meus pensamento, a olho confuso, mas ela não da tempo para que eu responda, apenas aponta para baixo. - Confie em mim Ceu, nos vemos lá em baixo, agora vá.
Fala em tom de quem não aceita discussão, aceno de má vontade concordando, não posso perder minha irmã, mas estamos em uma guerra, preciso confiar nela agora, e acreditar que ela vai de alguma forma conseguir descer, coloco a bandeja no chão, já sentando em cima da mesma, e com um ultimo olhar para minha irmã impulsiono o corpo para frente, fazendo com que eu comece a descer em alta velocidade.
Percebi algo terrível assim que comecei a minha decida, mesmo que percebemos que é algo totalmente idiota e estupido que não se deve fazer, depois que a decida começa não é possível voltar atrás, e isso é ruim, pois tudo que quero nesse momento é voltar para trás, abraçar minha irmã e chorar como uma criança assustada, pois é assim que me sinto, uma criança assustada, quase bato em uma árvore, e a 80km/hr isso não seria nada bom, mas por sorte, ou talvez não, bati em uma pedra que me lançou em cima do telhado do que acho ser uma casa, meu trenó improvisado continua sem freio me lançando no meio da rodovia, que por pouco conconsigo rolar para a beirada.
Me levanto rapidamente e olho para cima da montanha, e percebo tristemente que não à sinal da minha irmã. Sinto meu coração começar a martelar forte no peito com o sentimento de perda, fico tentando a voltar lá para cima, mas sei que Liah não ficaria feliz se voltasse. Olho para oeste e mesmo longe consigo sentir o calor do aceano a tocar em minha face, fico com vontade de correr ate lá e me abrigar, sei que o céu não ousaria tocar o mar, estaria seguro lá, olho para o leste, e como Lupa havia dito, uma imensa caverna está a vista, a dois guardas guardando sua entrada, um deles é grande e forte e usa um elmo que cobre todo seu rosto, usa também uma armadura romana, o outra, que tenho certeza ser uma mulher, é baixa e magra, e seus cabelos castanho caxeados caem livremente por seu ombro, olho para o lado vejo uma velhinha toda suja, com uma roupa de hippie fazer sinal para mim na beira de um amontoado de arbustos.
Olho para ela desconfiado e ela me da um sorriso amarelo com seus dentes podres, olho novamente para a montanha ainda sem sinal, me viro novamente para a velhinha, e com contracorrente empunhada vou em sua direção, quando estou bem perto ela olha assustada em direção a montanha atrás de mim, me viro para ver o que a assustou e sinto meu coração começar a bater forte no peito, de felicidade e de pavor, felicidade por minha irmã estar descendo e pavor pelo modo com que ela esta descendo, ela esta descendo dentro de um escudo, que realmente não sei de onde apareceu, o que me preocupa é que as duas górgonas estão a apenas cerca de um metro longe dela, elas descem rapidamente, aqueles pés de galinha devem ser ótimos em escaladas.
-- Olhe para mim. - ouço a voz da velhinha atrás de mim. - Você deve fazer uma escolha agora. - me olha e seus olhos faíscam.
A olho sem entender e ao mesmo tempo com medo de ela ser um monstro, ela apenas retribue o olhar sem desviar.
-- Que escolha? - pergunto e dou uma olhada rápida para trás para ver onde Liah está, fico feliz ao ver que ela esta bem perto da rodovia.
-- Você podem correr para o mar, e se abrigar lá, sei que Netuno o protegerá, ou você pode me ajudar a chegar no acampamento Júpiter, será bem vindo lá também. - Diz me olhando, olho para trás e vejo Liah no telhado da casa brigando com Esteno, enquanto Euriále vem em minha direção. - Acho que a menina deseja que você vá. - diz a velhina.
-- Ceu corre, estarei logo atrás de você, vai. - Grita Liah como se para confirmar o que a velha disse.
Com os olhos ardendo em lagrimas pego a velhinha no colo e começo a correr em direção ao túnel, os dois guardas ficam me olhando e fazendo sinal para eu correr mais, corro o mais rápido que se pode correr com uma velha que parece que não toma banho e nem escova os dentes a séculos, quando estou quase chegando ao túnel Liah se coloca ao meu lado em um salto.
-- Elas não ficam mortas nem por dez minutos. - diz estressada, mas ela parece exausta, ela franze a testa ao ver a velhinha. - Quem?
Ela pergunta mas antes que eu possa responder ela pega minha espada, fica alguns passos para trás e sei que ela esta lutando com as górgonas, derrepente a velhinha começa a cantarolar jogando o cheiro horrível de sua boca em meu rosto, Liah se coloca novamente ao meu lado, e os dois guardas abrem espaço para que possamos passar assim que chegamos na entrada.
-- Frank, leve-os para o acampamento. - fala a garota para o cara grandão, ele tenta discutir mas ela chaqualha a cabeça em tom de quem não aceita não como resposta.
-- Eu... Ajudo... Você.. - fala Liah com a voz falha, mas que não aceita discussão e gira as duas espadas na mão, vingadora e contracorrente juntas.
Só agora percebo que o escudo não esta mais com ela, e nem o colar que Athena e Poseidon deu esta em seu pescoço.
-- Não, você vai com eles. - diz a garota, Liah nega com a cabeça e ela suspira frustada, ninguém vence minha Irmã em uma discussão. - Vão. - diz apontando para nós, Liah afirma com a cabeça e eu começo a seguir o cara grande.
A cada passo que dou, quanto mais perto chego do acampamento mas pesada a velhinha fica, e o fato de ela esta cantarolando não ajuda meu estado mental.
Depois de alguns minutos em um silêncio incômodo, chegamos ao que parece um pequeno rio, o garoto olha para trás preocupado, sigo seu exemplo.
-- Eu devia estar lá. - murmuramos juntos em conhecidencia.
A velhinha rir mandando seu bafo horrível em meu rosto, ela parece pesar um 200 kilos agora, olho para ela que aponta para o outro lado do rio.
-- Vai. - diz o garoto grandão, Frank.
Obedeço sem reclamar, e derrepente uma grande explosão acontece, me viro para olhar mas não tem sinal algum das garotas, apenas uma grande quantia de poeira, derrepente, depois de alguns segundos, elas aparecem correndo saindo de meio da poeira, a garota romana está apoiando minha irmã que esta mancando ao seu lado.
Volto a caminhar, e assim que chego a beira todos os semideuses, que só agora percebi estarem aglomerados nos olhando, abrem espaço para eu passar, assim que passo vejo a garota e minha irmã etravessarem também e começarem a andar para perto dos semideuses estranhos, afastada de mim, afastada de mais, o tal Frank começa a entrar na água, mas derrepente barulhos de asas tomam conta do lugar, olho para cima e percebo com desgosto que as górgonas estão de volta, droga essas coisas tem asas?
O tal Frank começa a correr, mas ele não é rápido o bastante e as górgonas conseguem pega-lo e o lavantam no ar.
Preciso ajuda-lo. - penso e coloco a velhinha no chão.
Vou cambaleando ate a beira da água e me abaixo a tocando, imagino duas imensas mãos de água atacando as górgonas, e é o que acontece, rapidamente as mão chegam até as górgonas que de susto soltam o tal Frank, mas por sorte Liah consegue fazer com que um pequeno furacão de água apareça e pegue ele antes de se chocar com o chão, olho para as duas mulheres nojentas no céu e as esmago com as mãos de água as afogando, fazendo com que elas virem pó novamente, só espero que agora elas não retornem mais.
O pequeno furacão de água começa a vir rapidamente em direção a beira, o deixando gentilmente no chão, volto devagar ate onde estava, e percebo que todos olham Liah e eu surpresos e chocados e eu de uma maneira desconfortável, pego novamente a velhinha do chão, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, a velhinha do mal cheiro começa a brilhar e a crescer em meus braços, e de repente, a minha frente tem uma deusa de dois metros em um vestido azul, em seu ombro ha uma grande capa com o que parece ser pele de bode, ela tem na mão um cajado com uma flor de lótus na ponta, seu rosto como sempre severo, mas agora não me assusta mais. Hera em sua forma romana, Juno. Deixando os semideuses ainda mas chocados eles começam a se curvar um a um.
-- Semideuses, uma nova guerra se aproxima, e para vence-lá precisarão de ajuda. - diz sem emoção alguma.
-- Peeercy. - ouço a voz baixa da Liah fazendo com que eu desviasse o olhar da deusa.
Olho para ela e a vejo cambalear para ficar em pé, começo a andar em sua direção, sem me importar que os outros achem que sou maluco por não me curvar ou por não dar atenção a deusa, Juno se vira em minha direção para ver o que esta acontecendo mas não me importo, apenas tento ir o mais rápido possível ate minha irmã, mas estou cansado e fraco demais para andar rápido, velo Liah começar a fechar os olhos e começo a correr ignorando o cansaço e a fraqueza, mas não consigo chegar a tempo e ela cai, mas ela não toca o chão, fica apenas flutuando fazendo com que os semideuses arfem, me a próximo e toco seu rosto preocupado, ela está fria.
-- Ela está ferida, as garras das górgonas feriram sua perna. - diz Juno ainda sem emoção.
Me lembro de a ter visto mancar, e me repreendo mentalmente por não ter me tocado.
-- Ela ira ficar bem. - diz a deusa. - Não tenho muito tempo, então vou logo ao que interessa, romanos, eu lhes apresento Perceu e Liah, os filhos de Caos.
Diz isso e some deixando todos assustados, pego Liah para que ela não caia sem a magia da deusa, e quase caiu ao segurar todo seu peso, estou fraco.
-- Filhos de Caos? - pergunta um garoto que me parece um linder.
Cabelos loiros, uma armadura completa de batalha, e uma capa roxa nos ambros, sua expressão não demonstra nada, mas sei que esta curioso e preocupado.
Apenas afirmo com a cabeça e volto a atenção para Liah, estou preocupado, ela esta muito pálida, precisa de ajuda rápido, ela não vai conseguir se curar, esta tão fraca quanto eu.
-- Eu a seguro, você esta fraco e cansado. - diz o garoto loiro se colocando a minha frente.
Nego com a cabeça, ninguém toca na minha irmã.
-- Não vamos machuca-los, então não se preocupe. - diz uma garota morena que assim como o garoto loiro parece ser uma líder, e esta vestido como ele. - Mas ela não devia se curar, já que é filha do criador? - pergunta seria e ergue a perna da calca mostrando um arranhão feio, três garras das górgonas desenhadas em sua perna, um ferimento profundo.
-- Sim, mas ela esta fraca. - digo olhando seu rosto sereno e pálido. - Nós dois estamos. - termino.
Aperto mais em meus braços e tanto me manter de pé, mas é difícil.
-- Deixe-me leva-la até a enfermaria, não irei machuca-lá, você pode ir também. - diz o garoto loiro serio.
Nego e tento dar um passo, mas quase caiu, por sorte a garota me dá apoio, se não cairia por cima da minha irmã.
-- Não seja teimoso, você não consegue nem mesmo se manter em pé, ela precisa de ajuda, quer que algo ruim aconteça com ela? - fala a garota seria.
Agora ela pisou no meu calo, suspiro pesadamente e passo Liah delicadamente para o garoto.
-- Se a machucar juro que dou você de presente para o Tártaro. - digo firme. - Ele adora ter brinquedos novos. - pisco para a garota.
Ele arregala os olhos e confirma com a cabeça. Caminhamos lentamente até a tal enfermaria, estou tão cansado que não presto atenção em nada, apenas vou andando, meu corpo esta aqui mas minha alma esta no reino de Morfeu, continuo assim até chegarmos a um pequeno chalé, eles colocam Liah em uma pequena cama e chamam um garoto loiro para cuidar de seus ferimentos, me sento em uma cadeira perto da cama e fico apenas olhando.
-- Tic tac tic tac o tempo esta acabando Perceu. - diz a voz misteriosa em minha cabeça.
Fico alarmado com suas palavras, e mesmo não querendo acabo dormindo.Oiii pessoas, sei que disse que postaria no domingo, mas fiquei sem net, por isso resolvi postar um cap bem grande para compensar, e peço desculpas pelos erros.
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Os Filhos De Caos.(Percy Jackson)
FanficEssa história é uma nova versão de Percy Jackson, mesmos personagens e alguns que eu mesma criei.! A historia é totalmente diferente da original, então se não gostam de mudanças na historia original NÃO LEIAM.! Todos os direitos reservados a Rick Ri...