Queria só relembrar que qualquer tipo de plágio é CRIME.
Se descobrir uma história demasiado semelhante à minha, será imediatamente denunciada.
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Para além disso, eu sou portuguesa, não brasileira, por isso a linguagem que utilizo corresponde ao português de Portugal. Qualquer palavra ou expressão que não entendam, comentem, ficarei feliz por poder ajudar.Obrigada e boa leitura.
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Já nem me consigo lembrar de quando é que os pesadelos começaram. Acho que sempre os tive. Tentar escapar é inútil, tentar não dormir desnecessário, porque é inevitável. Todas as noites, acordo pelo menos uma vez a ofegar, suada, a tremer. Mas sou demasiado orgulhosa para admitir que tenho medo do que vejo quando estou a dormir, talvez por isso nunca tenha falado a ninguém destes monstros que me atormentam.
Sempre achei que se os tivesse de ultrapassar sozinha, ficaria mais forte e estaria preparada para qualquer desafio. Estava enganada.
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-Todos no Transporte, vamos partir! – Gritou um dos controladores que nos ia levar para o Campo. Esperem, não sou autorizada a chamar-lhes assim. Instrutores? Animadores? Bem, vai dar ao mesmo, estão aqui para impedir que nenhum miúdo tem a brilhante ideia de fugir sozinho.
Tinha acabado de entrar no Transporte quando ouvi o aviso e apressei-me a entrar no primeiro compartimento vazio que vi.
Os compartimentos são assentos com espaço para três pessoas. Sentei-me junto à janela e acenei levemente aos meus pais, que, parte desgostosos, parte satisfeitos, se despediam de mim. A minha mãe, Meg Jettling, estava bastante mais confiante que o meu pai, que envolvia os ombros de Meg com o seu grande e robusto braço.
O Transporte ainda não partira, pelo que eu, descansando o olhar nas silhuetas dos meus pais, procurava captar atentamente a sua imagem, registando cada pormenor na minha mente, qual pintor a planear uma obra.
Sempre quis saber pintar bem. Poder dar vida à minha imaginação numa tela branca. Poder deixar a tela vazia se não estivesse inspirada. Essa sensação de poder fascinava-me. Não pelo próprio poder em si, mas pelo leque de possibilidades existentes.
Fiquei feliz por ter logo descoberto um assento vazio, dava-me tempo para pensar. Podia até tentar engendrar um plano para escapar ao Campo! Talvez se me escondesse de baixo do banco do comboio ninguém notaria que faltava um participante e eu pudesse voltar a cas...
-Vou sentar-me.
Olhei e vi uma rapariga a saltitar para junto de mim. Só a conhecia de vista, era da minha Unidade. Era baixa, muito magra, esguia. Tinha os olhos castanhos, mas o cabelo, com os seus reflexos cristalinos ruivos, dava-lhe um ar interessante, misterioso. Ao mesmo tempo, o sorriso leve no rosto quase fazia parecer que queria ser minha amiga. Estranho. Os outros compartimentos deviam estar cheios para ela escolher a minha companhia. O Transporte já iniciara o seu percurso, pelo que talvez ela tivesse sido obrigada a sentar-se.
-Como queiras. – Resmunguei.
-Uau, tanta simpatia também não. – retorquiu. O seu tom sarcástico irritou-me.
-Claro, cara estranha, faz o favor de te sentares, estava ansiosa para te conhecer! – Falei a olhar directamente para ela, no tom mais irónico que consegui. Revirei os olhos e fechei o sorriso forçado que aparecera, passando a olhar a paisagem exterior ao nosso compartimento.
-Sou a Aria.
E não falou mais. Felizmente, devo acrescentar. Antes que comecem a achar que sou mesmo má pessoa, arrogante e falsa, deixem-me fazer uma pergunta: Sabem quando os vossos pais passam a vida a ser chamados à Unidade Escolar, porque vocês são considerados "mal comportados"? Sabem quando eles tomam consciência disso e vos decidem mandar para um Campo de Treino para corrigir a vossa atitude? Conhecem a sensação de os vossos pais vos quererem trocar por qualquer rapariga com um comportamento exemplar que lhes apareça à frente?
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O País sem Nome
Mystery / ThrillerImaginam o que seria se, de repente, fossem obrigados a ir para um campo de treino? Por iniciativa, não de um professor, não de qualquer funcionário da Unidade Escolar, mas pelos vossos próprios pais! Como reagiriam se tivessem de estar três meses c...