Capítulo 3

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Acordei em um susto, com um apito ensurdecedor de palhaço de circo, e uma bolha de água na cara. Por que não me surpreendo? Estou viajando com um palhaço.

- Acorda bailaline, vamos parar em um café para almoçar.

- Que horas são?- eu disse sonolenta observando Henzo sair do carro e fechar a porta.

- Hora de tomar vegonha na cara e sair logo do carro - ele disse abrindo a porta e me fazendo cair.

- Você tá louco? Eu podia ter me machucado! - eu disse me levantando e ficando um pouco histérica.

- Se acalma, está todo mundo olhando o seu escandâlo. - ele disse segurando em meu braço.

Em um momento eu parei e voltei ao meu normal.

- Me desculpe, fico assim quando me acordam. Sua sorte que eu não vi nada de vidro por perto. - eu ri sem graça e ele me soltou.

- Está na hora de comer bailaline, ou quer desmaiar no meio do seu teste?

- Bailaline? O que isso se significa? - comecei a rir enquanto entravamos no café.

- Além de desastrada e brava, é sonsa - ele começou a rir e eu bati em seu ombro rindo também. - É a junção de bailarina e Adeline.

- Criativo e Idiota.

- Engraçada e Sonsa.

E entramos no café.

Sentamos em uma mesa de frente um pro outro, naquelas mesas de banco confortável, parecendo um sofázinho.

Sentamos em uma mesa de frente um pro outro, naquelas mesas de banco confortável, parecendo um sofázinho

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- O que vai pedir? - ele me pergunta com o cardápio na mão, sem tirar os olhos dele.

- Estava querendo algo salgado que possa realmente preencher a minha fome gigantesca.

- Dá uma olhada no cardápio! - ele disse entregando-o em minhas mãos - Mas acho que já sei o que vou pedir.

- Hmm- dei uma olhada rápida no cardápio - Também acho que já sei.

- Filé, batata e molho - falamos juntos.

Começamos a rir na mesma hora.

- Oi! - ele disse acenando para o pequeno garçon - Quantos anos você tem meu jovem?

- 12, senhor - ele disse com um sorriso fofo.

- Por que está trabalhando tão pequeno assim?

- É o négócio da familia, eu só ajudo. - riu sem graça - Já sabem o que vão pedir senhores?

- Você! Quero um filho como você! - eu falei e comecei a rir, nesse momento Henzo dá um tapa na minha cabeça e ri também.

O garoto nos encarou com um ar de assustado.

- Não liga não, ela é assim mesmo garotinho, e já sabemos o que iremos pedir sim.

- E o que vai ser? - astucioso ele pegou uma caderneta e um lápis em seu bolso.

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