Prólogo

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A lua brilhava, sozinha e melancólica iluminando os nativos que se encontravam à frente ao santuário da chama sagrada; As duas maiores tribos de Fireheith, Katekyo e Kunz, famílias rivais que por anos travaram batalhas ocasionando morte e caos.

Após traição por um grupo de Katekyos, o líder do clã os condenou ao exílio. Esses exilados criaram seu próprio clã, Kunz.

Anos depois os exilados roubaram dos Katekyos à Espada forjada pelos Deuses alimentando ainda mais essa rivalidade. Agora, os dois líderes de cada clã reuniam suas famílias em uma cerimônia de paz que terminaria em sangue e morte.

– Aqui está à Espada. - Diz Malbork Kunz com a voz ríspida e vigilante.

Como de costume, Malbork usava apenas uma calça simples, no pescoço um cordão que pendia sobre o peito nu expondo a marca da fênix.

Malbork tira o cordão do pescoço e entrega-o para Hans Katekyo junto com a Espada que fora a única arma permitida na cerimônia.

Os presentes assistiam tudo em silêncio. Estavam agrupados em círculo com os líderes ao meio; olhavam uns para os outros com cautela e receio.

Hans estende as mãos e recolhe os objetos. Espada e cordão eram um só.

– Essa relíquia... - O líder Katekyo se cala de repente, empunha a arma em posição de ataque, seus olhos começando a mudar de cor, do azul ao roxo acinzentado.

– O que há? - Pergunta Malbork temendo a reação de Hans.

Ao longe se ouvia trotes de cavalos se aproximando, mas não eram cavalos.

Os aldeões fixaram seus olhos para o som. Não se via muito, apenas sombras.

De repente todos com os olhos dilatados recuam um passo; das sombras surgia um grupo de centauros liderados por um centauro colossal, Karlrazer.

Karlrazer media em torno de três metros e meio, seu torso preto se assomava a escuridão. Nas mãos um grande machado, seu elmo era de metal e tinha enormes chifres de carneiro de cor dourada adornada por detalhes brancos. Usava um peitoral de prata talhado com cenas de batalhas.

– Calma! - Grita Hans, para que não entrassem em pânico.

– Não temos condições de lutar de mãos vazias, Trevor não perca tempo, se tele transporte para nossa tribo e traga o máximo de espadas que puder. - Ordena Hans.

– Para todo o caso protejam as crianças. - Diz Malbork Kunz.

Olhando as criaturas se aproximarem os Kunz e katekyos já sabia o que estava por vir. Por serem destemidos lutariam até a morte. Pensaram, com a Espada dos Deuses e suas habilidades derrotariam facilmente o inimigo. Então ficaram calmos; até que...

– Senhor! Não consigo me tele transportar. - Diz Trevor com um tom de preocupação.

Aos poucos todos perceberam que algo anulava suas habilidades de tele transporte.

O pânico tomou conta, crianças choravam, mulheres tentavam desesperadamente acalmar os pequenos; alguns homens cochichavam e todos sentiam o sangue fervilha, seria um massacre.

O grupo de centauros conduzidos por Karlrazer pararam na linha de frente aos aldeões.

Os dois clãs não podiam se tele transportar, não tinham arma alguma, mas podiam controlar o fogo; isso seria pouco, porém era só o que tinham.

Os dois líderes encararam Karlrazer, o centauro colossal retribuiu a ação com severidade no olhar. Ambos ficaram em silêncio por alguns segundos.

Zennon: A Profecia Dos 5Onde histórias criam vida. Descubra agora