Instituto

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LUDRWICK

No céu avermelhado os últimos raios de sol davam lugar à lua que surgia timidamente, em um pequeno vilarejo no litoral de Eathland, próximo ao pântano morava Ludrwick, um jovem camponês simpático, bonito e sonhador. Era um rapaz muito querido entre seu povo, bem educado e procurava sempre ajudar a todos, seu cabelo era pintado de castanho claro e ficava um pouco acima de seus olhos azuis, sua pele era bronzeada e seu corpo bem definido.

Ludrwick cultivava e vendia alimentos da terra, em seu tempo livre gostava de treinar com sua espada, sonhava ser um cavaleiro Real.

Passava dias pensando como seria mais fácil se fosse um manipulador da terra, mas infelizmente era apenas um camponês. Quando ficou sabendo sobre o instituto Lincoln cresceu dentro de si uma chama, esperança. Sabia bem das condições de seus pais, eles nunca poderiam pagar uma formação para cavaleiro. Sua chama esfriou e a esperança se esvaiu. Certa vez quando voltava do mercado, tinha vendido todos os legumes e carvão. No meio do caminho um panfleto voando parou perto dos seus pés. Assim como muitos panfletos Ludrwick iria ignorar, mas com aquele foi diferente, ele o apanhou e leu.

"Instituto Lincoln abre vagas para as seguintes bolsas: Arte de. Combate e Arte de magia. Requisitos: ter de dezesseis a trinta anos, permissão dos pais e pagar uma pequena taxa de inscrição no valor de 40 dracmas de prata e 60 zenis."

Ludrwick se animou, tinha feito dezesseis anos a pouco tempo, sabia que seus pais iriam deixar, agora lhe faltava o dinheiro.

– Mas pai, é o sonho da minha vida. – Diz Ludrwick.

– Não temos esse dinheiro. – Resmungou seu pai.

– E se tivesse me daria? – Insistiu.

– É muito dinheiro para gastar assim, do nada.

– Do nada? É o meu sonho. Se eu passar poderia mudar nossa vida.

– Se passar se... Passar.

– Eu vou passar! – Afirmou Ludrwick

– Já disse que não! – Esbravejou seu pai.

Ludrwick baixa a cabeça e se recolhe para seu humilde quarto. Era um cômodo pequeno arredondado, um guarda roupa modesto e uma cama. Na parede ele adaptará com madeiras e pregos um suspensório para guardar sua espada, ele a tinha ganho de aniversário, assim diziam seus pais.

– Essa é a oportunidade que sempre esperei. Tenho que arrumar esse dinheiro, mas sem a permissão dos meus pais eu não posso. – Ludrwick falava sozinho dando uns poucos passos para lá e para cá no quarto apertado.

– Isso é injusto! Eu sempre fui um exemplo de filho, desde que me acidentei há quatro anos eu venho me esforçando e trabalhando para ajudar na renda, nunca peço nada, jamais reclamo e uma primeira vez que os peço, dizem não. – Ludrwick estava tão triste, via seu sonho voar para longe tão rapidamente quanto chegou.

Toc Toc, – Posso entrar? – Pergunta sua mãe. Sua voz fragilizada pela idade, agora ela passará dos cinqüenta e nove.

Sem esperar a resposta a mãe do Ludrwick abre a porta com um pequeno empurrão.

Ele estava sentado na cama com cara de aborrecido, e com que outra cara estaria?

A senhora senta ao seu lado e põe a mão em suas costas.

– Não fique assim meu pequeno. – Diz sua mãe com um sorriso aconchegante no rosto.

Ludrwick a amava de todo coração assim como amava seu pai apesar do aborrecimento.

Zennon: A Profecia Dos 5Onde histórias criam vida. Descubra agora