Capítulo III

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- Como você ficou sabendo do vovô? - Pergunto querendo arrancar alguma coisa dela.
- Seu Tio Luan, me ligou mais cedo me dando essa notícia. Quando fiquei sabendo desabei, não tinha reação. Quando encerramos a ligação, a minha ficha ainda não tinha caído, é difícil Izy, é difícil saber que alguém tão especial partiu, e que você nem se quer pode se despedir. Eu me sinto culpada por que tivemos chance de mudar isso, mas não mudamos. Eu acreditei nele, ele disse que estava bem, mas na verdade não estava. - lágrimas começaram a brotar dos seus olhos, deslizando pelas suas bochechas e morrendo nos seus lábios avermelhados.
- Ele morreu de quê? - Pergunto tentando ignorar as suas lágrimas, e querendo que as minhas não desçam.
- Morreu de CA, querida. - Ela falou sutilmente e se levantou. - Vamos, me ajuda aqui com essas malas, aliás, você está levando chumbo nelas? - Ela brinca pra descontrair e dou um sorriso amarelado.

Liguei pro táxi e dei o endereço, cerca de uns quinze minutos, ele chegou, saímos de casa com dificuldade, já que as malas estavam pesadas demais. Mamãe foi na frente e eu fiquei trancando a casa.

Mamãe entra no carro e anuncia nosso destino:
- Aerorporto, por favor!
- Ok, senhorita! - respondeu o taxista
Fomos batendo um papo descontraído até a chegada no Aerorporto, fiquei feliz por fazer D.Kate sorrir e esquecer por alguns minutos a morte do vovô.

O vôo era as 18:30, saimos de casa em um horário relativamente pontual, pontuando que uma semana havia sido o suficiente para vermos que o trânsito lá era um pouco caótico, optando assim, sair mais cedo, evitando possíveis atrasos.

Chegamos no aeroporto em um tempo consideravelmente muito bom, paguei a corrida, enquanto mamãe com a ajuda do taxista retiravam as malas.

Adentramos o aeroporto para fazermos o check-ing, tudo ocorreu em perfeita harmonia. Quando faltava uns dez minutos para a decolagem, já estávamos sentadas nas nossas devidas poltronas, 17-18.

A aeromoça passou conferindo a regulação das poltronas e checando nosso devido conforto. Depois voltou-se para o gabinete e começou a falar as regras de sempre, cintos bem postos, aparelhos eletrônicos desligados e em caso de falta de oxigênio devido à altitude, haveria sacos de oxigênio que nos auxiliaria, na parte superior da nossa cabine.

O avião então decola, e eu só penso em chegar logo, em ver que talvez isso seja só mais um dos pesadelos no qual eu não teria que enfrentar.

E por fim, que tenhamos uma boa viagem...








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