Cap 12 - A luz

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"A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso."
Martin Luther King

        Eu quero minha vida vida .- Eu fico repetindo isso para mim mesma várias vezes, eu não vou esquecer disso jamais. Tudo o que eu quero é minha luz , quero a luz do mundo , eu quero abrir meus olhos e ver todas as pessoas que me amam o meu redor.

       E quando não se é possível ouvir mais nada além do ritmo acelerado do meu coração, começo a ouvir um repentino barulho mas ele está bem distante , acho que não vou me incomodar com ele... Será que ficarei aqui nesse lugar para sempre? Ficarei sozinha? .

        O barulho fica cada vez mais alto e agora ele aparece em intervalos . Ele fica cada vez mais irritante . Tento sair de lá e por fim , consigo mexer meus olhos . Está muito difícil abri-los, era como se estivem grudados   Mas cheguei até aqui e não estou disposta a desistir tão fácil.

        Sei que passou apenas alguns minutos , mas para mim passaram cerca de horas apenas tentando abrir meus olhos. Não consigo abri-los totalmente mas foi suficiente para que eu pudesse ver uma luz, o barulho estava mais alto e podia-se ouvir uma conversa .

       - Quando ela vai acordar?- Falou uma voz feminina muito comum para mim .

        - Ela está bem , acordará rapidamente. - Essa voz eu realmente não conheço.

       -Vamos lá, Melissa , eu sei que você pode acordar!

        Edgar! Eu posso reconhecer sua voz e também posso reconhecer a da minha mãe, meu pai não fala nada , mas posso sentir as mãos de todos tocando meu braço . Saber que eles estão aqui me dá forças para abrir meus olhos e sair da escuridão que me cercava.

        -Ela acordou! -Dessa vez eu pude ouvir os três falando e rindo , pude ver seus rostos. Minha mãe e pai estavam com os rostos vermelhos , provavelmente de tanto chorar  e Edgar estava começando a chorar. E sem nenhum tipo de aviso , Edgar me abraçou mas foi de uma forma delicada como se estivesse com medo de me quebrar.

        Instintivamente eu o retribui e foi aí que eu percebi que estava com tubos em minha veias , com meu braço esquerdo e perna direita enfaixados.

      - O que aconteceu? - Perguntei com uma voz fraca.

      - Você foi atropelada por carro enquanto saía do restaurante em que estávamos, aparentemente o motorista não te viu ,por causa do vidro embaçado. - Edgar me responde com uma voz preocupada mas também carinhosa.

       -Então você não é um psicopata maluco?

        -O que? Acho que deram morfina demais à você! Hahaha- Dessa vez sua risada era doce é contagiante, que comecei a rir junto mas não por muito o tempo , pois logo médico apareceu e pediu que eles se retirassem , para que eu pudesse descansar.

       Mas fico pensando :
                                             Será que foi tudo só um sonho?
                                                      Pareceu tão real !
 

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