Capítulo 3- A escola

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As aulas começam, ou melhor a tortura começou, não sei se era a ansiedade, ou era por causa de ser dupla de matemática, depois química e para finalizar física, mas as aulas demoram uma eternidade para passar. Kathery senta na carteira da frente, entediada escrevo um bilhetinho dizendo "gosto mais do azul", ela é uma menina linda loira de cabelo enrolado e olhos verdes, e pinta californiana colorida, que agora está rosa. Mas nossa distração não dura muito, porque o professor nos pega, e agora só sobrou contar os segundo para o sinal tocar. Depois de milênios toca, Kathy e eu vamos para a cantina, e ela não para de perguntar sobre o Noah. Na fila da cantina, vem a oxigenada com argamassa na cara, mais conhecida como Drew, com seu bando piranhas postiças ao seu redor, viramos a cara para que elas não nos vissem e passarem  reto, infelizmente não foi que aconteceu:

- Oh, menina de lente!- ela fala mascando chiclete que nem vaca. Como meus são muito claros, ela insiste que é lentes de contato.

- O que foi? - disse virando- perdeu alguma coisa?

- Na verdade da verdade? Estamos com um problema!

- Não me diga que o rímel acabou!- Kathy fala com cara de espanto e as mãos no rosto

- Não! O rímel não! - diz uma das piranhas apavorada, Drew levantou a mão e ela abaixa a cabeça que nem um cachorrinho

- Estou falando do Noah - diz cruzando os braços - olha, eu acho super fofo vocês juntos e tais, mas... ele é meu, então fica longe, ok?

- Sabe Kathy, -digo olhando para ela, não sei porque que seus olhos sempre ficam vermelhos quando fica com raiva- o que é revoltante dessa história?

- Não! O que é, Mary?- pergunta fingindo de inocente

- É que a OXIGENADA, localizada na nossa frente, se acha o MÁXIMO, mas precisa roubar os namorados dos OUTROS, porque não consegue arranjar um NAMORADO para ELA- digo alternando o tom da voz

- Não diga que eu não avisei! - fala irritada, se vira e sai pisando forte

- TCHAU OXIGENDA COM REBOCO NA CARA!- gritamos juntas.

Drew só vira e mostra o dedo do meio para nós, e fazemos nosso "soco da vitória", é um soco com uma "explosão" no fim, infantil? Talvez, mas...

Compro meu adorado lanche, não é sério eu estava morrendo de fome. Vamos nos sentar no ginásio para conversar, quando uma menina ruiva de sardinhas, olhos azuis acinzentados veio em nossa direção:
 
- Mel, o que você está fazendo aqui?

- Estavam lendo contos de fadas- diz com biquinho, depois dá os ombros- e daí pedi pra ir no banheiro

- Ah! Essa é nova!- fala Kathy rindo- Que criança não gosta de contos fadas?

- Eu! - cruza os braços e fecha a cara, só arqueio as sobrancelhas e ela desmancha- é que gosto dos seus contos, Mary? 

- É que eu criei umas histórias alternativas para o os contos- explico para minha amiga- mas, não é motivo para matar a aula

- É! aproveita que ainda tem essas aulas que faz falta- fala dando uma piscadela para ela

- Está bom! Estou indo!- fala se dando por vencida

Ela volta no mesmo caminho em que veio, conversamos mais um pouco e toca o sinal, e caminhamos para a classe. Foi mais rápido dessa vez, na verdade passa voando. Toca o sinal da saída, Kathy ia para casa comigo, então vamos juntas pro carro da mamãe. Ela está nos esperando no carro entramos e ela deu a partida:

- Mãe, a Mel não vem? - falo franzino o queixo, não era comum de se acontecer principalmente sem avisar

- A Mel tem que fazer trabalho, então ela foi para a casa de uma amiga.

Não são apenas contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora