Capítulo 5- O encontro

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Estou saindo de casa, como o parque é no meu bairro, estou indo a pé. Chego lá, retiro o celular da minha bolsa, checo o horário, 15:55, olho para os lados a procura dele, mas não o vejo:

- Mary!- viro ele está saindo do parque... ufa! Que alívio! Não perdi uma hora na frente do espelho por nada! 

- Oi! - nos abraçamos

- Vamos?
 
- Sim!
 
Ele me conduz pelo o parque, que com o tempo que começa a adentrar na mata, fico desconfiada, e reluto em seguir no primeiro momento, mas depois o sigo, começo a ouvir um barulho de água correndo... Ele me leva para um riacho com uma pequena queda de água:
 
- Que lindo!
 
- Gostou? -indaga com um sorriso

- Sim!
  
Pego meu celular para tirar uma foto, e vejo mensagem da minha mãe
   
*MENSAGENS ON*

MÃE: Vc viu a Mel?                                                                                  
                                                                                                                                       EU : Ñ 

MÃE: ela te mandou msg?                                                                      
                                                                                                                                      EU : ñ                                                  
                                                                                                                                  EU : pq?

MÃE: ela ñ veio ainda é nem deu sinal de vida

    
*MENSAGENS OFF*
 
Bloqueio a tela do celular, e guardo na bolsa, desisti de tirar fotos:
  
- O que foi? - Noah fala percebendo minha atitude
 
- Nada! - tento disfarçar. Ele faz uma expressão de "pode me contar" - Mel ficou na escola, e ainda não deu notícias
 
- Vai ficar tudo bem! Logo estará em sua casa em segurança. Vai ver! - me consola com um abraço
  
Eu posso até brigar com ela, mas eu a amo, sempre foi minha irmãzinha, claro desde que nos conhecemos, me lembro como fosse ontem quando a conheci... Quando eu vim para cá, era de noite e cai na última imagem, o MASP para quem não se tocou ainda mas vamos voltar para o assunto, no dia seguinte minha fada me acordou e me mostrou uma menininha de uns 2 anos chorando, ela tinha se perdido, e eu ajudei a encontrar sua mãe, depois de longa conversa com várias perguntas, que com a ajuda da minha fada inventei uma história para explicar o porquê eu estava lá e sem a minha mãe, no fim ela ficou tocada e como queria um segundo filho, conversou com o seu marido e me adotaram. Mas sua pergunta deve ser "porque ninguém notou uma pessoa minúscula voando do seu lado e nem a escutou?", simples nesse mundo os objetos e seres vivos mágicos são raros, e muito fracos, normalmente para as pessoas verem tem que fazer muito treinamento para se sensibilizar. 

 
- Mary! - viro pro Noah voltando do meu devaneio- vamos? Eu ainda não te mostrei o que queria!
 
- Claro! - enxugo uma lágrima que escorreu no meu rosto
 
- Você está bem?
 
- Sim! - minto- vamos, então?
 
Dá um aceno de cabeça afirmativo, e continua a me conduzir mais para dentro da mata... Demora uns 5 minutos, e chegamos a um área isolada com várias pedras ao redor, uma caverna pouco mais alta do que o chão, e no chão tava estendido uma toalha de piquenique e com uma cesta em cima:
 
- Ah! Que fofo!
 
- É! Vo-vo-vo-você gostou? - gagueja, e percebo que estava suando e olhando fixo pra caverna
  
- Qual caverna é essa? - indago
 
- Caverna das luzes- sussurra
  
- A sempre quis ver a luzes! - falo animada, depois fiz uma cara de cachorro sem dono- você me leva?
 
- Não! -grita, daí abaixa a voz gaguejando- é- é- é perigoso!
 
- Noah, você tá bem?
 
- Sim! - espero, ele parece que tava confuso- desculpa! Eu te levo!
 
Começa a ir na direção a caverna, vou atrás dele, estou com medo, só eu acho que vai dar merda? Entro, e ele me guia por ela, até que para:
 
- Não! - grita desesperado- Mary, corre!
 
Ele tira uma espada, não sei da onde mas... vendo isso começo a correr... Sinto uma pancada nas costas... Caio no chão tonta... Sinto me pegarem e colocarem nos ombros como saco de farinha...

Não são apenas contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora