Não são apenas contos de fadas

Capítulo 4- A preparação

  POV : MARY

Chegamos em casa, almoçamos com minha mãe, e vamos para meu quarto, e começamos a decidir o que ia vestir no encontro:

- Usa algo que contrasta com sua pele- diz ela deitada na cama de pernas pra cima e cabeça pra fora e mexendo no celular

- Kathy, por acaso você precisa de óculos?-  digo fuçando no meu armário- Até branco contrasta com minha pele!

- Verdade!- diz gargalhando, vendo a cena bufo- menos preto. Fica parecendo gótica

- Tá, mas que roupa eu vou?- foi a vez dela bufar.

Ela levanta, e começa a fuçar no meu armário também, e pior começa jogar minhas roupas no chão:

-Kathery Castel!- digo quase gritando- quer parar com isso?

- Talvez- diz rindo, é acho que sou a mais normal daqui- Mary Almeida

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POV : MEL
 
Toca o sinal da escola, saio e vejo minha mãe a espera por minha, respiro fundo era hora de fazer a cena:
 
- Mamãe! -digo com cara de cachorrinho perdido- eu posso ficar hoje aqui? Eu preciso fazer trabalho de escola.
 
- Não sei não-  diz entortando a cara-  isso não é do seu feitio
 
- Desculpa! - digo com pavor, temendo que nosso plano ia dar errado- eu esqueci te de avisar, mesmo.
 
- Mel! Que saudade! - alguém diz, e me abraça nem tive chance de ver quem é, mas antes de soltar cochicho- você  conseguiu?
 
- Não, estou tentando- cochicho de volta, logo depois ele me solta... Ah! Quase esqueci, é o Noah que me abraçou
 
- Olha aí! A mãe mais maravilhosa do mundo e das duas meninas mais lindas dele também - fala com o corpo pra trás e as mãos levantadas na altura do peito e em forma de arminhas. 
 
- Já te disse que você tem que conquistar o pai, é não eu! - diz seca, e volta pro assunto- porque eu deveria deixar você ficar, Mel?
 
- Porque se eu não ficar irei ficar de recuperação!
 
- E quem te busca?
 
- Não querendo me entrometer, mas me entrometendo- diz ele- eu posso levar ela para sua casa quando terminar, é claro se a senhora quiser?

Eu faço cara de cachorrinho perdido, e ela me fuzila com olhar durante alguns segundos, mas se dá por vencida:
 
- Ta bom, só dessa vez!

- Eba!- abraço ela pulando

Ela começa a fuçar dentro da bolsa dela, e retira a carteira dentro dela, e dentro da carteira uma nota de 50 reais:

- Para você comer- diz me entregando,  mas quando ia pegar da mão dela, ela puxa antes de conseguir- mas só desta vez!
 
- Tá bom! Da próxima vez eu te aviso! - digo revirando os olhos, ela ergue a sobrancelha- eu prometo!
  
Ela me entrega, a gente se despede, vira pra Noah e diz:
 
- Cuida bem dela, ouviu?
 
- Ela vai ser bem cuidada!
 
Ela vira e sai, esperamos até sair de vista, sabe aquela batida de mão clássica? Então a gente fez e depois ele disse:
 
- Vamos almoçar?
 
- Sim! Vamos eu estou morrendo de fome!

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POV :MARY
  
- Não sei Kathy! - falo, olhando torto pra roupa- uma camiseta e calça jens... não é muito simples
  
- Não! Não é! Confia em mim!- ela olha o celular, e faz biquinho- eu tenho que ir a minha mãe está me xingando!
 
- Tá bom! Vou te levar até a porta!
 
Levo ela até a porta e vai a pé, pois ela mora no mesmo quarteirão, volto para o meu quarto, peguei o meu celular... Nossa senhora! Já é 15:00!  Começo a me arrumar...

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POV : MEL
  
Estávamos no parque já, e no caminho não paro de perguntar para o Noah como aconteceria o ato planejado por ele, pois finalmente ele decidiu pedir a Mary em namoro, ele estava conduzindo para o local, que é deserto com tinha muitas pedras, e ele começa a contar o plano entusiasmado:
  
- Nós vamos fazer um piquenique, mas antes de começarmos eu a levarei para aquela caverna....
 
- Tá, mas porque?
 
- Porque lá tem um lugar em que pega luz florescente!
 
-Ah! Que legal! - digo animada- e daí nos escrevermos o pedido nas paredes!

(Nota da autora: não fazem isso crianças e adultos, é muito feio estragar a natureza)
 
- Isso mesmo!
 
- Então o que estamos fazendo aqui? Vamos lá fazer!
 
Vamos em direção da caverna, ele me ajuda a subir um montinho de pedras, pois a caverna ficava no alto desse monte. Adentramos na caverna, depois de uma pequena caminhada sinto mãos no meu braços que me fazem ajoelhar e colocam um capuz em mim, apavorada começo a gritar:
  
-NOAH! SOCORRO!  NOAH!