Capítulo 21- O confronto

1 0 0
                                    

POV: KATHY


Eu tentei passar tranquilidade para Mary, mas na realidade eu estou me borrando. Olhei para ela e pedi desculpa mudo, eu achei necessário... Estou com medo do desenrolar desse encontro.... Quando ela me chamou de filha no seu tom mais sarcástico possível, tive que engolir minha raiva, eu não vou deixar ela conduzir a situação, então eu respondi firme:

- Vim interceder no julgamento....

- De uma traidora?- minha "mãe" me interrompe surpresa

- Ela não é uma traidora!- exclamo

- Como não! Ela estava contra nós quando conquistei estas terras!- diz ela com raiva

- Ela era uma criança, e ainda mais foi os pais dela que você os matou!

- E então organizou um ataque contra mim!- levanta mais a voz

- Mentira!- Grito- Não tem como ela ter feito isso!

- Como você sabe disso?

Eu ia responder, mas começou a subir uma queimação no meu peito, senti minha cabeça quase explodindo, e minhas vias respiratórias se fecharem.... Tudo em minha volta começa a girar... Minha visão começou a escurecer...

- Kathy!- ouvi a voz de Mary no fundo, e então cai.

POV: MARY

Eu vi minha melhor amiga me defendendo na frente de todo mundo, e principalmente na frente de Malévola, que acabei de descobrir que na verdade ela era a verdadeira mãe de Kathy, e que ela sabia do meu passado..... Eu acho que o melhor jeito de explicar meus sentimentos é: que merda que tá acontecendo?????... No meio da discussão o cajado da "mãe" da Kathy começou a brilhar, e claramente Kathy começou a passar mal, vi ela desabando, meu impulso foi gritar o nome dela e tentar pegá-la, por sorte eu consigo fazer com sucesso as duas tarefas. Eu peguei e coloquei ela no meu colo, pois nesse momento eu tava literalmente no chão. A rainha se levantou do trono enfurecida, na sua mão o cajado continua brilhando.... Calma lá, me deixa fazer minha teoria da conspiração aqui: E se a segunda fada seja da Kathy, isso explica ela estar tão fraca... Bem, voltando a rainha, com cajado em uma das mãos, e a outra pega a barra do vestido, e vai descendo devagar os degraus.... Acho que o medo de errar o degrau é maior, e por isso a cautela..... Voltando de novo, ela fala claramente enfurecida para mim:

- Como ousa?

- Eu? Eu não fiz nada, foi você!- digo com raiva, e tentando acordar Kathy

- Olha como você fala comigo!- ela diz, continuando a descer- Eu so......

Ela não conseguir terminar, pois quando ela alcançou o último degrau, ela foi atingida por algo vindo do mezanino, que a arremessou ela para o outro lado do salão, e seu cajado caiu no chão, e se quebrando com o impacto. Nesse momento começou a confusão, as pessoas começaram a gritar e a correr por toda parte, e os guardas começaram a entrar, mas eles não sabiam o que fazer, porque todo mundo esbarravam neles, e claramente a rainha não dava as ordens, porque ela estava desacordada.

Sinto Kathy se levantar, olho e ela está sentada na minha frente olhando ao redor, a confusão ainda continua, então eu levanto e ajuda ela ficar de pé. Ela confusa pergunta:

- O que aconteceu?

- Malévola foi atingida...

Ouço meu nome, começo a procura a pessoa que está me chamando, e vejo no meio da multidão duas pessoas correndo entre as pessoas, é o Noah e a Mel, ok... Acho que tive um pequeno infarto aqui. Quando eles chegaram até mim, me abraçaram e depois que se soltaram, eu fiz a pergunta mais óbvia:

- Que merda vocês estão fazendo aqui?

- A Kathy ia vim de salvar...- explica Mel- e a gente não ia deixar ela vim sozinha...

Eu aceito por enquanto a explicação, só porque o salão estava quase vazio, e a gente precisava ir. Mandei eles ajudarem Kathy a sair, que tinha que fazer mais uma coisa. Eu não ia permitir que a suposta mãe da Kathy fazer mal a ela, então eu fui em direção das fadas caídas no chão, elas são idênticas aos donos, e eu sabia que Kathy tinha uma pinta perto do seu umbigo, daí ficou fácil, eu peguei as pequenas criaturinhas e examinei, peguei a certa e fui embora. Por mais, que ela ainda continuaria sendo bruxa, ela seria mais fraca, e também não teria o problema da fada dela fugir, e prejudicar mais a gente, já que elas são fiéis aos seus afiliados.

Sai para o corredor e eles já estava me esperando no final dele, Kathy me olhou e fez sinal para a seguirem, e assim fiz. Ela nos guiou por vários corredores, os quais passamos correndo, eu ainda estava com a fada na mão, não havia chegado perto dela o suficiente para entregá-la, me deparo com uma grande escadaria, e a loira fala ofegante:

- Estamos quase chegando...

- Eu achei que era o caminho rápido- recrutou a ruiva quase "morrendo"

- E é...- fala a loira que está já subindo as escadas, mas agora não estava correndo- Só que eu errei um pouco o caminho....

Eu esperei o Noah chegar, e deixei ele passar, mas quando passou senti um má pressentimento como se não tivessem sozinhos, e por impulso eu guardei a fada da Kathy no meu bolso do vestido discretamente, e os segui. Alcançando o topo da escadaria, eu vejo que estávamos no topo das muralhas, e lá em baixo eu vejo o completo caos que se formou, e eu não sou a única a observar....

POV: KATHY

Eu os guiei pelos corredores do castelo, eu confesso que me perdi e errei o caminho algumas vezes, mas aos poucos fui me relembrando daquele lugar que foi o meu refúgio da minha conturbada infância. Cheguei na escadaria certa já morrendo.... Nota mental: praticar mais exercícios.... Eu esperei até que Mary chegasse até mim e comecei a subir mais tranquilamente, porque eu não tinha mais pulmão para correr subindo a escada, quando o Noah passou por mim, eu senti como se estivesse sendo observada, e olhei para trás e vi que Mary, estava na base da escada olhando para trás, mas nem eu e nem ela vimos nada, pois ela pôs a subir normalmente, mas o cagaço foi maior e apertei o passo para chegar no topo. 

Quando eu o alcancei, meu peito doeu, aquela escadaria era uma das escadarias de servidão ao muro, e pouco utilizada, mas dava visão para o pátio interno completo, e que no momento estava um caos. Já era de noite havia somente a luz do luar, porém dava pra ver a multidão correndo em direção dos portões, porém eles estavam bloqueados pelas a cavalaria da minha mãe, e que alguns estavam ainda matando aquelas pessoas inocentes, talvez para conter a multidão mas não diminuía a desumanidade do ato.... Me perguntava o por quê dessas cenas só acontecem de noite ou na chuva, só deixava isso mais macabro...

Com todos reunidos, eu tomei a iniciativa e falei com peso na consciência:

- Vamos... Vamos sair daqui...

Daí me virei para a saída secreta queríamos utilizar, que naquele momento está coberta pela penumbra da noite, porém eu não consigo alcança-lá, pois a minha passagem foi bloqueada por uma espada:

- Aonde pensa que vai, Malzinha?- falou uma voz grossa no meio da penumbra

Não são apenas contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora