Capítulo 16

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-Aonde vamos? -Eu perguntei, enquanto Dylan segurando a minha mão, me arrastava para algum lugar da academia.

-Confie em mim! -Ele pediu novamente sorrindo, um sorriso estupidamente lindo.

Eu balancei a cabeça sorrindo. Não importa que o mundo esteja desmoronando ao meu redor, ele está aqui. Depois de tanto tempo sem nos falarmos direito, agora já estamos nos tocando e prestes a ir para algum lugar sozinhos. De alguma maneira eu estou bem, sinto como se os meus problemas não importase tanto nesse momento, Dylan consegue me atrair por completa e me deixar bem sem nenhum esforço.

Quando paramos em frente à garagem da academia, ele solta a minha mão e pega uma chave no bolso do jeans para abrir o portão.

-A gente vai ser expulso se a Bonnie nos pegar. -Eu avisei. Ele riu como se o que eu havia dito fosse uma grande piada.

-Aparentemente sou sobrinho da Diretora, ela pensaria duas vezes antes de me expulsar.

Ele finalmente abriu o portão da garagem e entrou, eu o segui.

-Você vai roubar um carro, agora? -Perguntei.

Ele apenas riu e parou em frente a uma moto grande, lustrosa, prateada e aparentemente muito veloz.

-Sua? -Perguntei.

-Minha. -Ele sorriu e pegou o capacete vermelho que estava em cima da moto. -E isso é seu.

-Preciso mesmo disso? -Eu fiz careta.

-Com a sua sorte de sempre estar em uma enfermaria? -Ele riu e se aproximou de mim. -É, você precisa mesmo.

Olhei com dúvida para o capacete mas Dylan não me deu o prazer da escolha, simplesmente jogou os meus cabelos para trás e colocou o capacete em mim.

-É a escolha mais inteligente. -Ele sorriu, um sorriso torto que sempre acabava com a minha resistência.

Eu balancei a cabeça negativamente.

-Não faça essa coisa do sorriso torto. -Eu murmurei.

-Que coisa? -E ele fez novamente.

-Sinico! -Eu ri.

-Venha. -Ele subiu na moto e apontou para garupa.

-Você não vai me dizer aonde vamos? -Perguntei quando me sentei na garupa e passei os braços firmes em sua cintura.

-Nós vamos a um bar, beber alguma coisa, dançar e esquecer durante algumas horas todos esses problemas.

-Achei que você não gostasse desses lugares.

-E não gosto, mas você precisa de alguma coisa normal nessa sua vida bagunçada, sem ofensas.

Eu sorri. -Tudo bem.

-Segure-se, está bem?

Eu balancei a cabeça, um ato estúpido já que ele não estava me vendo.

Dylan ligou a moto, acelerou o motor e em segundos estávamos saindo da garagem, ele acionou o controle que abriu os portões do fundo da academia e já estávamos na rua. Escondi o meu rosto em suas costas enquanto ele acelerava pela estrada, a noite estava bonita e as ruas da Califórnia animadas, pessoas indo e vindo pelas calçadas, bares e restaurantes cheios, prédios iluminados e carros por toda parte. É até esquisito estar aqui fora novamente depois de tantos dias presos naquele colégio.

Dylan reduziu a velocidade da moto e logo parou em frente a um bar, uma pequena multidão estava na calçada esperando para entrar.

-Clayre deve estar cantando hoje. -Ele comentou quando desceu da moto.

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