Bom, para começar quero dizer: OLÁ!!!!!
Estou tão entusiasmada por estares a ler isto! Queres saber o porquê? É porque isso significa que aquilo que já viste de Pangeia te deixou interessado e isso é bom, deixa-me feliz.
Depois quero pedir desculpas... eu sei que a estreia era para ser no sábado, não o consegui fazer. Mas, tecnicamente, como ainda não me fui deitar, ainda estou no dia 21 (vamos pensar assim, sim? Por favor? Sim? Fixe!).
De seguida, quero deixar-vos uma foto da nossa protagonista, infelizmente não a consegui colocar na multimédia, por isso aqui vai, Senhoras e Senhores, meninos e meninas, apresento-vos... Sicca!
E agora... O capítulo por que vocês tanto anseiam. Quero estrelinhas e comentários!!
Não te esqueças de onde vieste...
Abro os olhos e fixo-os no teto, negro pela humidade e degradação, acima de mim. Levanto-me da cama antiga onde me deito e relanço os olhos pelo espelho sujo e rachado do meu lado esquerdo. Pouco consigo ver por entre a sujidade, não que eu me importe com isso. Sei como sou, não necessito de estar sempre a ser relembrada disso. Saio do quarto onde estou e sigo para as escadas velhas e rangentes da casa desgastada, onde por vezes me abrigo e durmo.
Ninguém entende o porquê de eu o fazer, mas eu sei e é isso que interessa.
Nem me dou ao trabalho de abrir o frigorífico. Sei que não há lá nada. Desde a Grande Devastação, a eletricidade, canalização ou água potável são coisas inexistentes aqui. Pelo menos, na superfície.
Avanço até ao centro da cozinha de azulejos pretos, que seriam brancos, se fossem limpos, e baixo-me para alcançar a argola embutida nos mosaicos do chão. Aplicando toda a minha força nos braços, levanto a porta que me dá passagem. A escuridão é a única coisa que me cumprimenta. Entro no alçapão, descendo as escadas o suficiente para voltar a fechar a portinhola.
Enquanto desço no escuro, levo o meu nariz ao meu sovaco. O que retiro de lá é uma careta no rosto. Preciso obrigatoriamente de um banho. A parede falsa no fim das escadas trava-me o caminho. Levo as mãos a ela e empurro-a. A parede move-se, afastando-se para a frente para depois ser afastada para o lado esquerdo.
Sou recebida pela luz forte do teto branco do meu quarto no subterrâneo. O quarto é todo em tons de branco e de um azul tão claro, que quase se confundia com o branco. A cama está ao lado da parede falsa por onde acabo de entrar. Olho para os pés da cama para ver o meu fato habitual, cinzento, sobre os lençóis, também eles cinzentos.
Dirijo-me para a porta entreaberta do outro lado da divisão, mesmo em frente da parede falsa. Não me dou ao trabalho de fechar qualquer uma das portas. Para além de mim, não está cá mais ninguém.
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Pangeia
Science FictionPrimeiro, a Grande Devastação aconteceu. Depois, a Terra tremeu. O Mundo que conhecemos acabou... E nunca mais voltará a ser o mesmo. Sicca vive nesse novo Mundo, um lugar desconhecido, mesmo tendo passado 150 anos após o acontecim...