Capítulo 2

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Apresento vos... Mia!

Espero que gostem e, se por acaso encontrarem algum tipo de erro, peço que me informem, por favor

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Espero que gostem e, se por acaso encontrarem algum tipo de erro, peço que me informem, por favor. E quero comentários! O que acham que acontecerá no capítulo 3????









O barulho do refeitório é ensurdecedor. Ranjo os dentes numa luta por ouvir os meus pensamentos. O espaço está apinhado de gente. Em todo o lado, miúdos ocupam as cadeiras, com os seus tabuleiros vazios à frente, a conversar com os amigos.

Chego até a uma mulher, que me entrega um tabuleiro.

– É hoje que vamos ter um pequeno-almoço especial? – Pergunto-lhe.

– Não te fies muito nisso, Sicca.

Assinto e vou procurar um lugar o mais próximo possível da porta de saída.

– Isto hoje parece mais cheio do que é normal!

Vejo, pelo canto do olho, a Mia a parar ao meu lado. Nas mãos, a jovem tem o tabuleiro, exatamente como eu. Perscruto o espaço, desconfiada até da minha própria sombra.

– Parece-te? Hoje é a Vaga. Do que é que estavas à espera? Este dia não consiste só em crianças a chegarem ao Sector. Também é o dia do Teste Primordial. – Comento.

– Achas que vai acontecer como no ano passado? – Pergunta-me a Mia quando nos sentamos nos bancos da única mesa vaga. Para minha sorte, é numa boa posição, permitindo-me ver todos sem ser vista e se, porventura, necessitar de uma fuga, só tenho de me virar e sair.

– Eles vão subir de escalão, não te preocupes. Não haverá Retirada este ano. – Asseguro-a.

– E como podes tu ter tanta certeza disso?

– Ouvi uns instrutores a comentarem que este ano os testados estavam em alta. – Informo.

Quando a Mia ia falar, as portas duplas que davam para a cozinha, no outro lado do refeitório, abrem-se de par em par e de lá sai um grande grupo de homens e mulheres com panelões enormes, com aquilo que só pode ser sopa. Cada homem ocupa uma mesa, parando junto às pessoas sentadas em completo silêncio.

Olho para o rosto severo do homem que segura o panelão ao meu lado. Este nunca olha para mim, mantendo o seu olhar fixo na parede branca e lisa à sua frente.

Uma buzina faz-se ouvir e os homens iniciam as suas tarefas, pegando nas conchas e colocando-as no interior dos panelões quentes. Ao lado dos homens há sempre uma mulher que transporta as taças num carrinho. Uma mulher de cabelos cinza ergue uma taça, de modo a possibilitar que o homem a encha e, depois, pousa-a à minha frente.

Não gosto do cheiro do caldo, mas não vou reclamar. Não é como se houvesse por onde escolher em termos de alimentos aqui. Ou comes o que te dão ou não comes de todo, e eu preciso de comer. Necessito de forças para aguentar os meus dias.

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