Capítulo 6

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Cheguei na escola, toda feliz e sentei no banco esperando o sinal tocar. Como de costume, já sabia que Mel e San não viriam hoje, por que estariam de ressaca.

Coloquei meus fones de ouvido e continuei olhando as pessoas passando pelo portão de entrada.

O sinal toca e me dirijo para a sala de aula.

Todas as aulas sem exceção fora super normais, e adoro estudar nessa escola. O termos daqui são os melhores de ensino. E a organização do calendário, horário, e etc. São super bem definidos.

Passei o dia todo sozinha mais junta ao meu inseparável melhor amigo : Meu fone de ouvido.

Estava sentada no banco, longe das muvucas, ou panelinhas e grupinhos e comi meu lanche na boa.

Até que... paz a gente nunca encontra né?

- O que uma flor está fazendo sozinha? - Chega um menino de óculos e senta ao meu lado.

- Tentando ficar longe das pessoas... - Digo não dando a mínima.

- Seu nome é...Rafaela não é? - Ele me pergunta e eu olho para ele.

- Sim, e você? - Tentei ser gentil.

- Felipe - Ele sorriu. Não é só o Tomás que tem um sorriso lindo. Esse tal de Felipe também tem.

- Prazer em conhecê-lo Felipe - Fiquei mais gentil ainda.

- O prazer e meu - Ele sorriu tanto que seus olhos se fecharam.

Fiquei conversando com ele, e aliás, é uma boa pessoa. Tem a mesma idade que eu, e gosta de estudar. E bom humorado e gosta de livros, e antes de lê-los, cheira todos primeiro.

- Me disseram que um livro é bom, não pela sinopse, e sim pelo cheiro - Ele da uma de "O Pensador" e eu começo a rir.

Quando termino de lanchar e rir muito, o sinal toca e tenho que me despedir dele.

- Vai ter aula de que? - Eu caminho até meu armário e ele me acompanha.

- Tenho aula de História - Ele ajeita o óculos - E você?

- Tenho a mesma coisa - Digo e ele sorri.

Acompanho ele até a sala e ele abre a porta para mim, no maior cavalheirismo.

Sento ao lado dele e depois de alguns instantes a aula começa. O professor da uma palestra sobre Getúlio Vargas e sobre a Era de Vargas.

Enquanto anoto no meu caderno de anotações, Felipe faz as atividades debatendo algumas idéias comigo.

Quando a aula acaba, eu e Felipe somos chamados pelo professor.

- Eu queria que vocês dois fizessem um trabalho em slide, sobre essa Era de Vargas. Não pensem que quero pouco conteúdo. Quero fotos, confirmações, gráficos e textos verídicos. Quero tudo como se fosse uma reportagem sobre. Pensem que vocês vão dar uma aula reforçada sobre Getúlio Vargas. O trabalho é para ser entregue ainda essa semana, na quinta-feira, e valerá uma média se for um slide na qual espero. Certo? - Ele abaixa o óculos nos encarando.

- Claro - Eu e Felipe dizemos em coro.

Saímos da sala contentes :

- Não vamos precisar fazer testes! Vai ser o máximo! - Felipe grita e a coordenadora olha feio pra ele.

Começo a rir - Claro, esse slide vai ser moleza.

- Então podemos fazer amanhã quando sairmos da escola? - Ele ajeita o óculos de novo.

- Sim - Respondi - Então amanhã na saída da escola, combinado? - Fechei a mão e fiz um toca aqui com ele de punho.

- Combinado, até amanhã! - Ele diz e sai. Vejo ele sair da escola então me dou conta de que estava parada no meio do pátio da escola, olhando para o nada.

Pego meu celular para ver a hora e vejo que borrei meu batom e vou para o banheiro ajeitar. Não era muito grave, mas não gosto de nada errado, principalmente quando se trata de maquiagem. Fico sentindo que tem alguma coisa errado no meu rosto.

Quando voltou para o pátio levo um choque. Vejo minha irmã entrar na escola. Ela toda saltitante indo em direção a um grupinho de meninos.

Ela toca no ombro de um menino que não consigo ver. Quando ele se vira, eu abro a boca e fecho na hora, aliás se alguém me visse daquele jeito...

A cena só ia ficando pior.

E piorou quando eles se beijaram.
Foi quando não sabia o que fazer. Se corria para casa ou ia até ela tirar satisfações.

Escolho correr para casa chorando. Estava arrasada. Não sabia o por que aquilo doía em mim.

Estava doendo como se eu tivesse quebrado algum osso. Mais o que estava quebrado era meu coração.

Entrei em casa e subi correndo as escadas. Fecho a porta do quarto, e começo a chorar.

Por que isso dói tanto?

Nunca tive nenhuma relação com ele.

Eu vi a pior cena até então.

Eu vi minha irmã com um menino que me salvou. Agora eu sei o que estou sentindo.

Vi minha irmã beijando o Tomás.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora