Dani estava chorando no meu colo e eu estava acariciando a cabeça dela. Não podia fazer nada. Eu sentia o que ela sentia, só que triplicado.
Nos duas estávamos sofrendo pelo mesmo garoto. E meu egoísmo e minha atitude de tentar proteger todo mundo acaba me deixando vulnerável. E em vez de ajudar, só piora tudo.
- Obrigada Rafa por ficar do meu lado, mas eu sei que aturar uma pessoa deprê não é muito legal - Ela limpa as lágrimas e sorri de leve.
- Pode confiar em mim - Eu coloquei minha mão no ombro dela - Aliás sou sua irmã.
Ela sorri e me abraça. Abraçá-la e tão bom. Lembro de quando éramos crianças e eu sempre quis protegê-la.
Ela subiu para o quarto dela e eu faço o mesmo. Consigui disposição para fazer os meus exercícios de Geografia e Álgebra para ficar livre no fim de semana.
Terminado os dois, decido ir à praça do condomínio, " respirar ".
O dia estava lindo. E olha que eu não sou muito de reparar nessas coisas naturais : As árvores tinham um verde que combinavam com o dia de sol. As flores dos arbustos estavam todas brotadas.
Simplesmente a praça mais linda em que já fui. Me acho até uma velha falando assim, mas, tudo bem.
Sentei em um dos bancos e não sabia o que fazer. Fiquei olhando para o nada.
Vejo Tomás, que corre em minha direção, e senta do meu lado.
- Tenho uma coisa para lhe contar - Ele diz para mim sem fôlego.
- O que? - Pergunto, calma.
- Eu terminei com a Dani - Ele disse.
- Você deu um tempo - Eu falo como se não ligasse muito.
- Mas...Eu terminei com ela - Ele admite - Sério.
- Você deve fazer isso com todas - Eu digo.
- Por que você é assim comigo? Não tem sentido. Você fica com raiva de mim, me culpa, por que eu estava namorando sua irmã e você gostava de mim. Não era mais fácil ir falar a ela isso? - Ela tava nervoso.
- Não é tão simples assim! - Eu falo para ele querendo gritar.
- Mas eu sinto muito. Não tenho culpa do que acontece com você - Ele disse.
Não falo nada e ele tenta um diálogo mais amigável.
- Me dê pelo menos uma chance. Eu mereço - Ele diz me olhando no fundo dos olhos.
- Te darei uma chance como meu amigo. Nada mais - Digo.
- Sei. Você tá namorando aquele frouxo do Felipe - Quando ela fala isso eu dou um tapa nas costas dele que ele voa para frente.
- Desculpa!! - Ele diz e é inevitável não rir.
Me levanto para ir embora e ele me segue.
- Na boa, não seria nada bom você chegar lá em casa. Dani estava muito triste por sua culpa.
- Desculpa magoar sua irmã desse jeito. Eu gosto dela e tals, mas não era para ser sério.
- Ela vai seguir em frente - Continuo a andar e ele segura a minha mão.
- Um abraço? - Olho para ele desconfiada - De amigos?
Dou um abraço nele e me lembro do dia em que ele me salvou do tarado da escola.
O cheiro dele era diferente. Não sabia dizer o que era. Porém, era tão agradável.
Quando eu tento me afastar do " abraço de amigo " ele junta nossos corpos e eu me afasto mais uma vez.
- Não força a barra - Digo seria e chateada.
Saio da praça sem olhar para trás. Sinto meu celular tocando e quando vou atender era o Felipe.
Ligação On
- Desculpa Felipe não te ligar. E que eu acordei com a mesma roupa de ontem e até minha mãe teve que me ajudar.
- Calma - Escutei uma risada e pude visualizar mentalmente seu sorriso - Eu só queria saber se você tava bem.
- Mais ou menos. Mais o problema não é comigo. É a Dani. Ela terminou com o Tomás.
- Aquele garoto nunca gostou de mim, e nem eu dele. Agora menos ainda - Ele diz.
- Okay. Você só veio saber se eu tô bem? - Falei meu sexy.
- Queria te convidar para jantar hoje aqui em casa - Ele diz.
- Eu vou ver se posso.
- Tomara que sua mãe deixe. Por que eu fiz uma surpresa para você.
- Uma surpresa?
- Sim. Tenho certeza que você vai amar.
- Tomara mesmo ( Risos ).
- Então...combinado às 20 horas?
- Claro!
- Okay então. Te amo!
- Também te amo.
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Amor Proibido
Fiksi RemajaTudo começou com um olhar. Já de início eu já sabia que seria errado. Mas como sou nova "nessa" de amar, ou simples que seja paquerar, não sabia o que fazer. Não sei se foi os olhos dele que me seduziram, ou se eu e minha inocência me levaram a louc...