Capítulo 32

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Dani estava chorando no meu colo e eu estava acariciando a cabeça dela. Não podia fazer nada. Eu sentia o que ela sentia, só que triplicado.

Nos duas estávamos sofrendo pelo mesmo garoto. E meu egoísmo e minha atitude de tentar proteger todo mundo acaba me deixando vulnerável. E em vez de ajudar, só piora tudo.

- Obrigada Rafa por ficar do meu lado, mas eu sei que aturar uma pessoa deprê não é muito legal - Ela limpa as lágrimas e sorri de leve.

- Pode confiar em mim - Eu coloquei minha mão no ombro dela - Aliás sou sua irmã.

Ela sorri e me abraça. Abraçá-la e tão bom. Lembro de quando éramos crianças e eu sempre quis protegê-la.

Ela subiu para o quarto dela e eu faço o mesmo. Consigui disposição para fazer os meus exercícios de Geografia e Álgebra para ficar livre no fim de semana.

Terminado os dois, decido ir à praça do condomínio, " respirar ".

O dia estava lindo. E olha que eu não sou muito de reparar nessas coisas naturais : As árvores tinham um verde que combinavam com o dia de sol. As flores dos arbustos estavam todas brotadas.

Simplesmente a praça mais linda em que já fui. Me acho até uma velha falando assim, mas, tudo bem.

Sentei em um dos bancos e não sabia o que fazer. Fiquei olhando para o nada.

Vejo Tomás, que corre em minha direção, e senta do meu lado.

- Tenho uma coisa para lhe contar - Ele diz para mim sem fôlego.

- O que? - Pergunto, calma.

- Eu terminei com a Dani - Ele disse.

- Você deu um tempo - Eu falo como se não ligasse muito.

- Mas...Eu terminei com ela - Ele admite - Sério.

- Você deve fazer isso com todas - Eu digo.

- Por que você é assim comigo? Não tem sentido. Você fica com raiva de mim, me culpa, por que eu estava namorando sua irmã e você gostava de mim. Não era mais fácil ir falar a ela isso? - Ela tava nervoso.

- Não é tão simples assim! - Eu falo para ele querendo gritar.

- Mas eu sinto muito. Não tenho culpa do que acontece com você - Ele disse.

Não falo nada e ele tenta um diálogo mais amigável.

- Me dê pelo menos uma chance. Eu mereço - Ele diz me olhando no fundo dos olhos.

- Te darei uma chance como meu amigo. Nada mais - Digo.

- Sei. Você tá namorando aquele frouxo do Felipe - Quando ela fala isso eu dou um tapa nas costas dele que ele voa para frente.

- Desculpa!! - Ele diz e é inevitável não rir.

Me levanto para ir embora e ele me segue.

- Na boa, não seria nada bom você chegar lá em casa. Dani estava muito triste por sua culpa.

- Desculpa magoar sua irmã desse jeito. Eu gosto dela e tals, mas não era para ser sério.

- Ela vai seguir em frente - Continuo a andar e ele segura a minha mão.

- Um abraço? - Olho para ele desconfiada - De amigos?

Dou um abraço nele e me lembro do dia em que ele me salvou do tarado da escola.

O cheiro dele era diferente. Não sabia dizer o que era. Porém, era tão agradável.

Quando eu tento me afastar do " abraço de amigo " ele junta nossos corpos e eu me afasto mais uma vez.

- Não força a barra - Digo seria e chateada.

Saio da praça sem olhar para trás. Sinto meu celular tocando e quando vou atender era o Felipe.

Ligação On

- Desculpa Felipe não te ligar. E que eu acordei com a mesma roupa de ontem e até minha mãe teve que me ajudar.

- Calma - Escutei uma risada e pude visualizar mentalmente seu sorriso - Eu só queria saber se você tava bem.

- Mais ou menos. Mais o problema não é comigo. É a Dani. Ela terminou com o Tomás.

- Aquele garoto nunca gostou de mim, e nem eu dele. Agora menos ainda - Ele diz.

- Okay. Você só veio saber se eu tô bem? - Falei meu sexy.

- Queria te convidar para jantar hoje aqui em casa - Ele diz.

- Eu vou ver se posso.

- Tomara que sua mãe deixe. Por que eu fiz uma surpresa para você.

- Uma surpresa?

- Sim. Tenho certeza que você vai amar.

- Tomara mesmo ( Risos ).

- Então...combinado às 20 horas?

- Claro!

- Okay então. Te amo!

- Também te amo.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora