Eu vi o estado da Mel. Desacordada. Com um ferimento bastante feio em sua cabeça e arranhões pelo corpo.
Eu comecei a chorar junto a San, mesmo me falando que tudo ia ficar bem.
Quando chegamos lá, os enfermeiros levaram ela de maca, e deixaram a gente na sala de espera.
Eu esperei paciente, mas queria saber logo o que havia acontecido com a minha melhor amiga.
Enquanto San se recuperava do choro, e começava a dormir, eu fiquei voando pensando em tudo.
Eu havia me aberto para o Tomás. Tudo o que eu desejava fazer. Mas como sempre, não foi a ocasião certa nem minhas palavras as melhores.
Porém, eu não recebi a resposta que eu queria receber. Ele me perguntou se ele tinha culpa. Na verdade, em vez de fazê-lo pensar nos atos dele, ele me fez pensar nos meus.
Por que eu estou de mal dele? Por que eu não deveria seguir em frente? E esquecer ele?
Um médico me chamou a atenção enquanto eu viajava nos meus pensamentos.
- Vocês são amigas da Sr...- Ele olhou uma ficha - Melissa Queiroz?
- Sim - Eu empurrei San para ela acordar, e quando ela olha para o médico se levanta. Eu me levanto junto com ela.
- O caso dela e delicado. Teve vários arranhões pelo corpo, quebrou uma perna, deve ter sido um impacto muito grande. Ela teve sorte de estar viva - San me olha preocupada - Ela vai ficar aqui no hospital por uma semana em observação. Agora ela está dormindo - O médico abriu um sorriso simpático.
- Pode ver ela doutor? - Eu perguntei e San assentiu.
- Bom, como o caso dela é de não ter os pais por perto, e vocês são as amigas dela, eu irei deixar sim. Caso ela acorde nos chame imediatamente - O médico saiu e eu comecei a segui-lo juntamente com a San.
Quando entramos na sala, San correu para perto da Mel assim como eu fiz, sendo uma de cada lado da cama.
- Amiga, e tão bom saber que você está bem - San disse segurando a mão dela.
- Desculpe falar isso mas, eu pensei em tanta coisa ruim que poderia ter acontecido com você - Eu disse e San assentiu.
- Eu também - Ela pegou uma cadeira e sentou perto dela.
Eu decidir ligar para minha mãe e contar o acontecido. Por que eu tinha pego o carro dela sem dar nenhuma razão.
Voltei para a sala e sentei perto da San.
- Amiga, já se passaram muitas horas, se você quiser ir embora eu posso te dar uma carona - Eu disse.
- Mas e quando ela acordar? - San perguntou.
- Eles vão nos avisar e eu já dei meu e o seu número de contato. Qualquer coisa eles vão nos ligar - Eu disse.
- Okay - Ela se levantou e saiu da sala comigo.
Entramos no carro, e durante o caminho San ficou meio quieta.
- Rafa, quando os enfermeiros ajudavam a Mel, eu vi você brigando com o Tomás. O que aconteceu? - Ela perguntou.
- Eu disse tudo pra ele - Eu desabafei - Contei que eu estava gostando dele, e quando iria tomar rumo nisso, vi ele com a minha irmã - Eu parei no semáforo que estava vermelho - E ele me perguntou por que eu culpava ele por isso.
San tampou a boca com as mãos.
- Desculpa em dizer isso, mas ele tem razão Rafa. Você culpou ele por algo que você sentia. E ele nem sabia da existência dessa sua paixão e raiva - San disse.
- Eu sei San. Só me senti com raiva dele - Eu disse, falando mais para mim mesma do que tenta o explicar a San.
Continuei dirigindo até a casa da San e que na mesma rua que a minha.
- Obrigada Rafa. Se cuida! - Ele piscou - Qualquer coisa me liga - Saiu e entrou em casa.
Dirigi por uns 70 metros, e logo cheguei em casa. Estacionei na garagem e entrei pela porta da mesma.
Minha mãe estava na cozinha e minha irmã estava no quarto. Subi e deitei na cama exausta.
O que aconteceu comigo?
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Amor Proibido
Teen FictionTudo começou com um olhar. Já de início eu já sabia que seria errado. Mas como sou nova "nessa" de amar, ou simples que seja paquerar, não sabia o que fazer. Não sei se foi os olhos dele que me seduziram, ou se eu e minha inocência me levaram a louc...