Capítulo 24

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Eu vi o estado da Mel. Desacordada. Com um ferimento bastante feio em sua cabeça e arranhões pelo corpo.

Eu comecei a chorar junto a San, mesmo me falando que tudo ia ficar bem.

Quando chegamos lá, os enfermeiros levaram ela de maca, e deixaram a gente na sala de espera.

Eu esperei paciente, mas queria saber logo o que havia acontecido com a minha melhor amiga.

Enquanto San se recuperava do choro, e começava a dormir, eu fiquei voando pensando em tudo.

Eu havia me aberto para o Tomás. Tudo o que eu desejava fazer. Mas como sempre, não foi a ocasião certa nem minhas palavras as melhores.

Porém, eu não recebi a resposta que eu queria receber. Ele me perguntou se ele tinha culpa. Na verdade, em vez de fazê-lo pensar nos atos dele, ele me fez pensar nos meus.

Por que eu estou de mal dele? Por que eu não deveria seguir em frente? E esquecer ele?

Um médico me chamou a atenção enquanto eu viajava nos meus pensamentos.

- Vocês são amigas da Sr...- Ele olhou uma ficha - Melissa Queiroz?

- Sim - Eu empurrei San para ela acordar, e quando ela olha para o médico se levanta. Eu me levanto junto com ela.

- O caso dela e delicado. Teve vários arranhões pelo corpo, quebrou uma perna, deve ter sido um impacto muito grande. Ela teve sorte de estar viva - San me olha preocupada - Ela vai ficar aqui no hospital por uma semana em observação. Agora ela está dormindo - O médico abriu um sorriso simpático.

- Pode ver ela doutor? - Eu perguntei e San assentiu.

- Bom, como o caso dela é de não ter os pais por perto, e vocês são as amigas dela, eu irei deixar sim. Caso ela acorde nos chame imediatamente - O médico saiu e eu comecei a segui-lo juntamente com a San.

Quando entramos na sala, San correu para perto da Mel assim como eu fiz, sendo uma de cada lado da cama.

- Amiga, e tão bom saber que você está bem - San disse segurando a mão dela.

- Desculpe falar isso mas, eu pensei em tanta coisa ruim que poderia ter acontecido com você - Eu disse e San assentiu.

- Eu também - Ela pegou uma cadeira e sentou perto dela.

Eu decidir ligar para minha mãe e contar o acontecido. Por que eu tinha pego o carro dela sem dar nenhuma razão.

Voltei para a sala e sentei perto da San.

- Amiga, já se passaram muitas horas, se você quiser ir embora eu posso te dar uma carona - Eu disse.

- Mas e quando ela acordar? - San perguntou.

- Eles vão nos avisar e eu já dei meu e o seu número de contato. Qualquer coisa eles vão nos ligar - Eu disse.

- Okay - Ela se levantou e saiu da sala comigo.

Entramos no carro, e durante o caminho San ficou meio quieta.

- Rafa, quando os enfermeiros ajudavam a Mel, eu vi você brigando com o Tomás. O que aconteceu? - Ela perguntou.

- Eu disse tudo pra ele - Eu desabafei - Contei que eu estava gostando dele, e quando iria tomar rumo nisso, vi ele com a minha irmã - Eu parei no semáforo que estava vermelho - E ele me perguntou por que eu culpava ele por isso.

San tampou a boca com as mãos.

- Desculpa em dizer isso, mas ele tem razão Rafa. Você culpou ele por algo que você sentia. E ele nem sabia da existência dessa sua paixão e raiva - San disse.

- Eu sei San. Só me senti com raiva dele - Eu disse, falando mais para mim mesma do que tenta o explicar a San.

Continuei dirigindo até a casa da San e que na mesma rua que a minha.

- Obrigada Rafa. Se cuida! - Ele piscou - Qualquer coisa me liga - Saiu e entrou em casa.

Dirigi por uns 70 metros, e logo cheguei em casa. Estacionei na garagem e entrei pela porta da mesma.

Minha mãe estava na cozinha e minha irmã estava no quarto. Subi e deitei na cama exausta.

O que aconteceu comigo?

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora