Talvez apenas tenhamos lutado por perdoar o imperdoável pelo peso da solidão nas nossas mentes. Não. O amor não seria assim tão forte para perdoar algo tão macabro como o que guardámos. Acho que não.
Quando entrei no elevador não desabei, estranhamente mantive-me calma exteriormente e começava a acreditar que a situação se tornava igual no meu interior. As portas abriram-se, só aí dei conta do meu primeiro verdadeiro respirar desde que saí do piso superior. A mágoa no meu peito parecia finalmente ganhar a vida que queria matar. O egoísmo que me pesava na consciência. Então quando finalmente cheguei ao canto onde me habituei a chorar, quando relembrei como no fim volto sempre ao mesmo ponto, os soluços de choro arranharam a minha garganta e chorei tanto como pensei já não ser possível.
Mas tudo mudou drasticamente.
A distância e o tempo correram em paralelo desde aí, numa velocidade estonteante. E ainda parece surreal acreditar que consegui recomeçar numa outra ponta do globo, para lá do oceano. Que já passaram cinco anos e eu consigo não apenas sobreviver, mas começar a viver.
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The Shadow 3 - ForEver
FanfictionNa tentativa de que a distância possa ajudá-la a esquecer o seu passado perverso, Blair cria uma vida baseada na mudança, no mais desejado longe do contacto com as memórias. Harry culpa-se pelo definido fim que pensa ter chegado, não deixando de...