Nobody Compares - Find a way. (2º Temporada)

Capítulo 38 (Parte II)

- Você têm certeza de que vai mesmo para Nova Iorque sem falar com Tyler?

Ashley Benson estava decidida a viajar com sua família que até mesmo já havia reservado sua passagem, então, era como se tudo tivesse sido destinado para acontecer: um tempo para pensar sobre seu relacionamento com o homem que saíra de sua casa há horas e até aquele instante, quase madrugada, nem mesmo ligara, se dado o trabalho de lhe dizer qualquer bobagem.

Até mesmo, uma bobagem que mascare a falta que sabe que ele sente, embora, esteja tomado pelo ciúmes e a raiva que sempre o deixavam cego nos piores momentos. Nos momentos que mais o quer por perto.

- O que você quer que eu faça? Vá atrás dele e o faça me escutar a força?

Izak estava parado de braços cruzados no meio do quarto de uma mulher que já estava com as malas prontas – aparentemente, a fizera antes de toda a casa cair sobre sua cabeça, e, ao vê-la terminando de se arrumar, não sabia mais o que lhe dizer para a fazer desistir daquela fuga que, sim, era uma forma de ignorar todos os problemas ao invés de enfrenta-los de frente como é o mais certo a se fazer.

- Ashley, você sabe que ir embora não é a melhor escolha.

- Eu não estou indo embora. Estou indo fazer uma viagem com minha família.

- E aproveitando para deixar seus problemas sem solução.

- Você realmente acha que posso resolver tudo isso agora, Izak? Me diz.

O amigo torceu a boca para o lado em sinal de quem estava realmente pensando que sim, se eles quisessem, poderiam resolver toda a situação, então, tudo o que Ashley fez foi negar com a cabeça e marchar para fora do quarto, indo na direção do bar onde serviu-se de uma dose de uísque, surpreendendo até mesmo o rapaz que estava logo atrás dela, ouvindo-o perguntar:

- Alguma vez já te disseram que você é meio bipolar?

- Estou cansada de ouvir as pessoas dizerem o que sou ou não.

- Até pouco tempo atrás, estava sofrendo, agora, inesperadamente, resolveu aparecer com uma armadura anti resolução de problemas e a desculpa de que pode muito bem viajar sem deixar tudo as claras?

- Não estou dando desculpa alguma.

- E agora está bebendo. Bebendo uísque.

Assistia a mesma tomar um gole do álcool, fazendo uma careta que lhe causou diversão pois Izak não pôde se conter, rindo, vendo-a levantar o dedo do meio e caminhar até o sofá onde se sentou, nem um pouco feminina para aquela mulher que estava belíssima em uma campanha de lingerie que, bom, já estava em todo o mundo.

- Preciso de algo que me dê coragem para ir embora e você não está ajudando, me questionando todo o tempo.

- Deve ser porquê te conheço muito bem.

- Conhece. Conhece tanto que sabe que não posso ir até ele.

- Também não acho que deva, mas...

- Decida-se. – Virou para ele, séria. – Uma hora, diz que preciso ficar e encarar os problemas de frente, outra hora, diz que preciso deixar tudo como está e dar tempo ao tempo porque acha que essa droga vai se resolver por conta própria ou quando o senhor machista, decidir que é a hora dele falar. Não estou entendendo.

- Pra falar a verdade, nem mesmo eu estou entendendo essa confusão toda.

- Nem precisa.

- Claro que precisa. Eu sou seu amigo e quero te ajudar.