( Foto da mídia é para representar mais ou menos como seria o quarto de Tarik com Mikhael, com algumas diferenças.)
Abro os olhos com dificuldade pela claridade chegar em cheio e fazer minha cabeça latejar de dor, desisto e fico alguns minutos ainda de olhos fechados apesar de já esta acordado.Nada mais que flashes sobre a noite de ontem vinham e iam rápido, me fazendo questionar o que de fato aconteceu. Ainda de olhos fechados tento esvaziar a mente para depois tentar organizar os poucos acontecimentos que tinha lembrança.
Lembro-me de chegar na maldita festa com Rafa, do maldito beijo e... da maldita bebida. Lembro de virar o primeiro e segundo copo, mas daí por diante só vinham algumas lembranças rápidas e escuridão. Dentre elas, foi como se tivesse visto aquele cara na festa e isso me embrulhava o estômago só de pensar na possibilidade de ter sido real. Definitivamente era a última coisa que precisava ter agora na minha vida, aquele cara que destruiu parte dela.
Então lembro de estar no corredor, alguém chega e falar comigo, mas não sei quem poderia ser. Talvez Rafa tivesse me ajudado a chegar no meu quarto? Sinceramente, não faço a mínima ideia, mas espero que tenha sido o loiro.
Continuo com os olhos fechados tentando agora não pensar demais para não queimar minha cabeça como o inferno. Fico ainda mais quieto quando ouço a porta do quarto de abrir e fechar.
— Davi, pelo amor de Deus, eu tô enlouquecendo, cara. — Identifico a voz grave do meu colega de quarto. Detalhe: pela manhã sua voz fica ainda mais rouca e sexy, mas eu nunca admitiria isso em voz alta. — Eu sei... Eu sei!
Ele parecia falar no celular enquanto mexia em alguma coisa, posso advinhar que estava bastante nervoso só pela forma que fazia barulhos e xingava baixo quando deixava algo cair que fizesse sons mais altos.
— Eu não sei o que tem de errado comigo, mas tenho certeza que devo mudar isso antes que seja tarde de mais, entende? — Sua voz parecia também um pouco cansada e frustrada. — Não, não é que nem da outra vez! É diferente, ele... — Então um grande suspiro. — É diferente.
Em outro momento me sentiria mal sobre estar escutando a conversa alheia, mas tudo relacionado a esse homem fazia despertar o pior de mim no quesito curiosidade. O que vai falar ou fazer sempre é uma incógnita, por isso devo aproveitar cada momento.
— Tá, vou precisar desligar agora. Mais tarde a gente se fala, se cuida... Relaxa que não vou ser nenhum babaca. Tchau. — E desligou.
Não sei se sabia que eu já não dormia mais, mas só fiquei um tanto que triste pelo mesmo desligar e acabar a conversa. Agora posso anotar um nome na memória: Davi. Quem seria essa pessoa e o que era para Linnyker? Pelo pouco que ouvir, posso chutar que seja alguém importante no qual ele confie e conte seus segredos. Talvez seja o tal amigo que Rafa contou antes?
São tantas perguntas!
Dou um tempo antes de fingir que estava acordando pela primeira vez, sabia que o moreno ainda estava no quarto apesar do silêncio repentino. Vou abrindo meus olhos devagar mais uma vez, a luz ainda incomodava mas forço mesmo assim até me acostumar. Me sentar foi uma péssima ideia quando sinto como se uma espada atravessasse meu crânio de tanta dor.
— Puta que pariu! — Seguro minha cabeça com as mãos e faço uma leve massagem na área das têmporas para aliviar a dor.
— Seria pior se não tivesse tomado o remédio. — Ouvir sua voz só piora a situação, mas não deixa de chamar minha atenção.
— O que...? Que remédio?
— É, pelo visto não se lembra mesmo. — Talvez eu tivesse identificado uma frustração na sua voz, mas só talvez.
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Sweet Revenge || MITW
FanfictionEssa é uma história de amor, mas não uma qualquer como qualquer outro clichê que se ver por aí, apesar de tudo parecer que vai se encaminhar para acharmos que sim. Mas aqui é a história de um adolescente que só tinha uma vida comum, com seus próprio...