Capítulo 2 - Conhecendo Minha Nova Vida

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Depois de 20 minutos percorridos de carro, chegamos ao terminal rodoviário para pegar o ônibus que me levaria direto para o internato.

Umas das coisas que não mencionei foi que o colégio interno era em um lugar mais afastado de tudo, talvez 1 hora e meia do centro, não tenho 100% de certeza, apenas que Rafa disse que seria tão rápido que não notaria o tempo passar.

Pela descrição de Rafa, o lugar é no meio de um campo aberto e um pouco mais distante tem uma floresta não muito densa. Ele também disse que tem uma praia depois da floresta, dando para apreciar uma vista linda do pôr-do-sol, porém os muros que delimitavam as fronteiras do colégio infelizmente não deixava os estudantes apreciarem essa paisagem, além de claro o fato de entrar numa floresta desconhecida ser um tanto idiota.

Rafa queria se aventurar do seu jeito, passando pelos muros e indo até a tal praia, e não sou idiota para não imaginar que o mesmo irá querer me levar e mesmo relutante eu sei que seria idiota o suficiente para ceder aos seus desejos.

Ao longe avisto o ônibus e ao redor dele tinha vários adolescentes, incluindo uma pessoa que eu conhecia muito bem pelos lindos cabelos loiros, essa que estava em um grupo conversando e rindo do seu jeito único. Admito que estou com muita saudades daquela risada.

Rafa tinha voltado pra casa por causa das férias, mas infelizmente teve que viajar com a família o mês inteiro e não pude vê-lo. Só conversamos por mensagens ou por vídeo chamada, já estávamos meio que acostumando com isso. Apesar que durante o ano, o loiro pode ir para casa alguns finais de semana, mas por incrível que pareça, a gente só se encontrou umas quarto vezes quando os dois não tinham compromissos. Parece que o universo conspirou contra gente.

Antes de seguir para o ônibus, precisávamos resolver algumas burocracias e colocar as malas no lugar de despacho, onde haviam homens colocando-as no porta bagagem do ônibus.

— E aqui nós nos despedimos. — Minha mãe fala e me viro para ela.

— Mãe... não é um adeus. — Eu a abraço forte.

— Ei sei. — Ela logo me solta, me encarando. Um olhar triste e preocupado, me doeu ver seus olhos lacrimejando. Ela estava sendo forte, sei que estava. — Só estou preocupada com você. Sabe... sem você lá em casa vai ser tudo estranho. Você vai ficar bem?

— Vou ficar. — E lhe dou um último abraço antes de me afastar. — Não se preocupe, mãe.

— Se cuida. — Disse minha mãe enquanto eu caminhava em direção ao ônibus, me viro e abro um sorriso.

Eu não queria fazer disso uma despedida pior do que já estava sendo, se ficasse mais um pouco, sinto que ela não me deixaria ir. Faço isso pelo bem de todos, apesar de doer muito pensar que vou deixar as duas mulheres da minha vida mesmo que seja temporariamente. Mas, infelizmente, não dependeu de mim.

Volto a seguir meu caminho até o ônibus, respirando fundo e com passos firmes. Pprecisava ser forte ou pelo menos parecer ser.

Não foi um caminho muito grande até o loiro, mas o mesmo continuava de costas para mim e as pessoas ao seu redor não me conheciam então não havia ninguém pra anunciar minha chegada, apenas vai ser uma grande surpresa. A ansiedade tomava conta do meu peito a cada passo mais perto dele.

— Com licença. Vocês conhecem um tal de Rafael Lange e onde eu posso encontrá-lo? — Pergunto ao chegar perto suficiente dele para me ouvir, todo mundo me olhou confusos. Percebo que o loiro deixou de rir aos poucos e ficou estático por uns segundos.

— Não acredito... — Ele fala se virando e quando me vê, abre um enorme sorriso. — Não acredito! — Praticamente se joga em mim. — Cara, você tá... Sério que é você?! — Ele começa a tocar meu rosto e em seguida meu braço, como se quisesse saber se sou real. Começo a ri e assentir com a cabeça. — Que saudades!

Sweet Revenge || MITWOnde histórias criam vida. Descubra agora