Kiss...

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Eu correnspondi ao beijo, é claro. Não é todo dia que tenho oportunidade de beijar Kellin Quinn. Ele me beijou por um minuto, mas ao que parecia uma eternidade, eu aproveitei.

- Kellin... Você... - eu disse, sorrindo sem graça, e mais vermelha que tudo.

- Desculpa... Eu... - então eu o interrompi, o beijando novamente, eu me senti confortável ao perceber que ele estava correspondendo, então paramos, e todo pessoal da loja estava nos olhando, eu peguei meu carrinho com livros, e fui para o caixa.

-Belo ca... - ela disse, e eu interrompi.

- Obrigada. - puxei Kellin, e fomos para o carro.

Era a noite, coloquei as sacolas no banco de trás, fizemos a viagem em silêncio. Ao chegar em casa, Kellin estacionou, porém, travou as portas, eu olhei para ele, e haviam lágrimas em seus olhos.

- Kellin? - eu disse, virando o rosto dele para mim.

- O que eu vou fazer Lunna? O que vou fazer com Copeland? Kathe não pode tirar tudo que tenho de mim... - ele dizia, mordendo os lábios.

- A Copeland vai entender, ela é uma criança, não sabe o que está acontecendo - eu disse, enquanto tirava a touca, limpando as lágrimas de Kellin, ele sorrio, e olhou para baixo.

- Só espero que ela não tenha feito nada perto da minha filha...

- Calma... Olha, eu vou estar aqui, sempre que precisar, pode ir no meu quarto, podemos sair, tomar um café, qualquer coisa. E não se culpe por Copeland, ela vai se adap...

O telefone de Kellin começa a tocar...

- Kathe... - Kellin disse, olhou pro celular por alguns segundos, e eu resolvi o deixar sozinho.

- Vou pegar as sacolas, te vejo lá dentro.

- Ok Lunna...

Eu saio do carro e pego as sacolas. Abro a porta, Gabe está no sofá.

- Gabe, me ajuda com isso? - eu disse, deixando as sacolas no chão.

- Comprou o shopping? - Gabe disse, rindo.

- Muito engraçado.

- Vocês estão na tv, parabéns Lunna, que beijão ein?

- O quê?

Eu me sentei no sofá, e apareceu uma foto minha e de Kellin nos beijando no meio da loja de livros.

- Ai meu Deus...

Kellin entrou na sala.

- Lunna? - ele disse.

- Eu sei.

Kellin deixou o resto das sacolas na sala e subiu correndo para seu quarto.

- Lunna - meu pai disse, me chamando em seu escritório.

- Boa sorte - disse Gabe.

- Cala a boca e me ajude com isso.

Gabe e eu subimos com as sacolas, eu me sentei na minha cama, tirei meus tênis, e fui andando para o escritório, hesitante, sabia que iria levar uma bronca, meu pai não gosta de chamar atenção em relação a isso.

- Pai, eu... - eu disse, ele estava na estante, procurando algum livro.

- Lunna, não quero brigar com você - eu ouvi aquilo, e fiquei rapidamente brava.

- Brigar comigo? Você não tem direito nenhum de brigar comigo! - eu gritei.

- Lunna - ele tentou me interromper.

- Você veio pra cá à 5 anos, e eu e minha mãe vivendo naquela merda daquela casa - eu chorava, mas não dava a mínima naquela altura do campeonato - ela gastava todo dinheiro que você mandava com bebidas, e eu não podia contar por que senão eu perdia o meu único jeito de falar contigo, e você vivia me prometendo de me trazer pra cá, e agora que minha mãe ta morta, você trouxe, e eu, beijo o Kellin, e você quer brigar comigo?

- Lunna, calma...

- Toda semana ela vomitava sangue de tanto beber, mas, ela escondia de mim. Eu tentava levar ela a médicos, ela não aceitava, e agora, ela... ela... - eu disse, soluçando - ela ta morta.

Ficamos em silêncio, eu limpei os olhos, e sai do quarto, batendo a porta. Subi as escadas chorando, entrei no meu quarto, e me deitei na cama, chorando.

- Lunna? - Kellin bateu no vidro da varanda.

Eu me levantei e abri a porta, e fui para o banheiro lavar o rosto.

- Eu ouvi a discussão... - ele disse enquanto se sentava na minha cama.

- O bairro inteiro ouviu - eu disse, e ele riu sem graça.

- O que Kathe disse?

- Nada, só '' O que você está fazendo no jornal de fofocas beijando uma garota? '' - ele disse, imitando uma voz histérica.

Eu ri, e sai do banheiro, amarrei o cabelo em um coque.

- Poderia se virar? - eu disse.

- Okay... - Kellin se virou, e eu vesti um pijama.

- Pronto? - ele disse.

- Sim.

- Olha me chama de Kell, ou Kells, me dá nos nervos você me chamando de Kellin, por que não chama de senhor logo?

- Tá bom Kell, me chama de Lu, ou Lunna mesmo.

- Ok Lu.

Eu peguei meu violão e comecei a tocar Stomach Tied in Knots de propósito, e Kell começou a cantarolar algumas partes...

I only have myself to blame
But do you think we can start again...

Acabei caindo no sono... acordei no outro dia deitada no peito de Kellin, que ainda estava dormindo quando eu acordei. Me levantei devagar, tomei um banho, quando sai do banheiro, estava chovendo, e Kellin ainda estava na cama, dormindo, eu sorri, peguei umas roupas e me vesti* no banheiro. Quando sai do banheiro ele estava acordado, perto da porta da sacada. Eu me aproximei e o abracei por trás, ele sorriu.

- Dia frio, vamos fazer uma maratona de filmes e tomar chocolate quente? - eu perguntei.

- Vamos - ele disse, eu ri, e fui em direção a porta. Mas ele segurou no meu braço, e me puxou para perto.

- Me desculpa por ontem... - ele disse.

- Não foi bom? - eu perguntei, hesitante, ele sorriu.

- Foi... - então eu aproximei minha boca na dele... e o beijei novamente.

Ele sorriu.

- Você é... Linda. - ele disse.

Eu sorri, e o beijei novamente. Ele me pegou no colo, e me encostou a parede, eu puxava seu cabelo levemente enquanto ele apertava minha bunda. Então ele me colocou no chão devagar enquanto beijava meu pescoço. Eu sorri, e fiquei vermelha.

- Você é muito tímida. - ele disse, e riu.

E eu o beijei novamente, ele sorriu.

- Mas... É bem soltinha. - ele continuou.

- Cala boca.

Ele riu.

- Te encontro na sala, daqui 10 minutos,vou tomar um banho. Quero meu chocolate quente.

- Vou estar lá.

Ele me deu um selinho, e foi andando pra porta. No momento que ele fechou a porta, eu me encostei na parede, e fui descendo devagar.

- Meu... Deus... Que homem.

Sometimes You Gotta Fall Before You Fly...Onde histórias criam vida. Descubra agora