Por Mercedes:
Não podia ser, não podia tá acontecendo isso comigo! Era impossível que eu, na flor da juventude estivesse grávida. É quase como achar que, um unicórnio engravidou de uma capivara e nasceu um jegue. Marcela estava tão preocupada quanto eu, além do mais, nossas mães são conservadoras ( comenteram o mesmo erro que a gente e vem com essa historinha de França). Derick já estava sabendo da minha sisituação e prometeu me ajudar. Mas, essa ajuda ta demorando muito e eu tou ficando desesperada, é como se fossem me descobri a qualquer instante.
- Terra chamando Val! - Amanda estalou os dedos na frente do meu rosto e despertei.
- Oque foi? - perguntei aturdida.
- Nada, só que você ta toda morta.
- Eu preciso falar com o senhor Walker! - sussurrei.
Sim, eu precisava falar com ele, explicar que não poderíamos mais ficar juntos. Precisava ir embora daqui, esconder o besourinho da minha mãe e de todas as pessoas que possam machucar a mim e à ele. Sim, vão me julgar por ter feito isso. Eu preciso fugir! Senti meus olhos arderem quando olhei para Michael. Eu havia prometido que não o deixaria. Mas eu preciso! Estou indo, pra cuidar do nosso bebê, quero deixar ele seguro. Uma única e solitária lágrima desceu pelo os meus olhos e eu tratei logo de enxugá-la. O sinal tocou, avisando a todos que aula havia acabado. Esperei sairem então me aproximei dele.
- Oi! - murmurei, soltei um sorriso amarelo.
- Oi querida! - ele sorrio radiante me levou para um canto da sala e depositou um beijo apaixonado e eu correspondi na mesma intensidade. Iria ser muito difícil esquecê-lo. O ar nos faltou e então nos largamos. Ele sorrindo, e eu tentando sorri.
- Eu te amo tanto! Minha princesa! Minha tudo! - ele deu um abraço apertado, e eu então não me aguentei e soltei todas as lágrimas que eu estava segurando com tanto empenho.
- Ah Michael! - soluçei nos seus braços. Eu não quero ir!
- O que aconteceu meu amor? - ele falou me olhando com atenção. E eu voltei a abraça-lo forte.
- Nada. Só me abrace! Não me deixe ir... -sussurrei a última frase mais para mim do que para ele.
- Por que está chorando meu amor? - ele perguntou, enquanto acaraciava meus cabelos. Eu saí de seu abraço fui até a porta tranquei-a e então eu me aproximei dele e disse:
- Faça amor comigo!
- O que você está dizendo? -ele perguntou perplexo.
- Quero que você faça amor comigo, como nunca antes. Quero que você me use como nunca.
- Por que?
- Por que eu quero! - e com isso, nós nos beijamos. Não era mais apaixonado como antes, agora era de puro desejo. Minha libido despertando. Ele me pós em cima da mesa, e eu puxei seu rosto mais pra mim. Eu precisava dele, eu necessitava dele. Michael foi desabotuando minha camisa muito devagar. Ele então parou.
- Por que você parou? - perguntei meio rouca.
- Eu não quero fazer isso. - disse por sua vez. - Não agora e não aqui. - ele então me abraçou.
- Não quero que ninguém nos pegue.
- Você tem certeza? - olhei para ele em expectativa. Eu. quero pela a última vez amá-lo.
- Tenho! - ele sorriu. E então delicadamente depositou um beijo em meu seio esquerdo, e onde seu lábios tocou, eu senti uma dor que não teria remédio nenhum que daria alívio. Eu continuei a chorar, e ele a abotoar minha camisa.
- Oque você tem, amorzinho? - ele me olhou e eu estava chorando desconsalada.
- Está doendo! - soluçei.
- Aonde?
- Aqui! - apontei pro meu coração. E ele me abraçou forte.
Após um tempo, ele me soltou e nos beijamos. Um cálido e triste beijo de despedida que ele nem sabia. Então peguei minha mochila destranquei a porta e sai do colégio. Não tinha mais ninguém na rua. Ela era tão vazia, quanto meu coração. O meu amor está lá naquela sala, com o homem da minha vida. Não pude deixar de me sentir pior com isso. Quando menos percebi eu já estava em casa. Entrei e subi pro meu quarto. Em cima da cama estava um evelope. Quando abri, lá estava uma passagem para Tokyo e uns telefones. Eu fechei a passagem, fui no banheiro, tomei banho, me arrumei, puxei minhas malas de cima do closet. Da minha mochila tirei alguns livros, e então coloquei alguns livros da minha patreleira. E meu MacBook, fechei tudo. Botei a mochila nas costas, peguei meu celular e a passagem. Sai do quarto e então tranquei.
Desci devagar me apegando a tudo que tinha naquela casa, soltei um suspiro e então saí. Rumei para a casa da Ma. Chegando lá ela já estava a minha espera, com os olhos inchados. Parecia ter chorado o dia todo.
- Então Derick lhe mandou a passagem?
- Sim! Vamos logo! - ela fungou. E quando menos esperamos estávamos as duas nos abraçando ao choro.
- Eu vou sentir falta de tudo aqui! - soluçei.
- Eu também! - ela fungou. - Tem um táxi bem ali. - falando isso entramos.
Levamos uns vinte minutos para chegar no aeroporto. Ao chegarmos pagamos o táxi e fomos para o voo que saía às duas horas da tarde, daqui do Brasil para Tokyo. De mãos dadas eu e Ma, entramos. Dando adeus a vida que tivemos aqui. Demos início à uma longa caminhada.
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O Misterioso Professor (Em Revisão)
RomanceMercedes Valensa é uma das meninas mais quentes do colégio. Elas e suas amigas tem fama de popular, e de nunca se apaixonar por ninguém. Porém, isso tudo muda quando ela conhece o seu novo professor de Matemática. Muitas coisas podem acontecer com...