Love Story

Um pedido de namoro

POV's Andrew

     As aulas estavam cada vez mais difíceis e eu estava cada vez mais lutando pra focar no professor, mas estava difícil também.
     Em tão pouco tempo, me apeguei tanto à aquela garota. Anne não pode ser real, deve ser por isso. O último sábado, com certeza, foi um dos melhores até agora.

     Depois que almoçamos todos juntos, sequestrei ela pra mim.
     — Vem cá! – a puxei pra mim pelo cós da calça, colando nossos corpos.
     Ela sorriu e colocou as mãos nos meus ombros.
     — O que foi? – perguntou.
     — Minha vez de ficar com você. – disse e a beijei, levando minhas mãos pra sua cintura.
     Assim que toquei meus lábios nos seus, ela me deu passagem e nossas línguas entraram em sincronia. Logo, o ar fez falta.
     — Isso tudo é saudade? – ela perguntou e eu concordei.
     Fiquei a olhando por um tempo. Cada detalhe, quis guardar na minha cabeça.
     — Você é linda, sabia? – disse enquanto colocava uma mexa de seu cabelo atrás da orelha.
     Ela sorriu tímida e desviou o olhar, com seu rosto corando. Estampei um sorriso bobo com sua reação e o sinal para o período da tarde, tocou.
     — Droga. – eu resmunguei e ouvi uma risadinha de resposta.
     — A gente se vê depois, tá? – ela disse e eu concordei, me afastando dela.
     — Calma, são só duas aulinhas! – disse ela e me deu um selinho.
     Eu sorri e a acompanhei até sua sala. Nos despedimos com um beijo e fui pra sala.

     Aquelas duas aulas pareceram mais uma eternidade.

POV's Justin

     Eu gosto muito da Helen, decidi que não vou perdê-la.
     Assim que acabou todo o período de aulas, fui determinado. Depois de alguns minutos já estava na frente do quarto dela. Ouvi alguém dentro e a coragem foi embora, então fiquei parado não sei por quanto tempo.
     Algumas garotas passavam e me olhavam com questionamento, mas não liguei se estava parecendo estranho um garoto, olhando pra uma porta, sem mal se mexer.
     — Justin? O que você está fazendo aqui? – Helen disse chegando no quarto.
     Estava aqui igual tonto e ela nem estava no quarto.
     — Eu só preciso te dizer algo, então, por favor, só escute. – digo e ela consente.
     Respirei fundo e as palavras saíram.
     — Eu gosto de você, muito, e sinto que estou te perdendo, mas eu quero ficar com você. Helen, aceita namorar comigo e, mesmo eu não sendo o cara mais romântico, tentar te fazer feliz?
     Enquanto ela não respondia, meu coração acelerava cada vez mais.
     — Olha Justin, eu gosto de você, mas saiba que eu não sou o tipo de garota romântica que vai ficar sendo meiga com você, se você quiser assim... Claro que eu aceito! – ela diz e meu coração bate mais devagar pelo alívio.
     — Obrigada, por você ser assim! – digo aliviado por não pagar mico.
     Ela dá uma risadinha, que me faz sorrir que nem idiota.
     — Quer ir tomar um café? – Helen pergunto e eu aceito.
     Saímos em direção a cafeteria e eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo.

POV's Leo

     Encontrei com a Mary assim que, finalmente, acabou todas as aulas do dia e fomos pro seu dormitório, caminhando tranquilamente.
     — Eu estou cansada, mas tem uma pilha de lição de casa! Preciso da sua ajuda. – ela disse sentando na cama.
     — Ah, podemos fazer uma coisa bem mais legal. – disse a beijando.
     Com o beijo cada vez se intensificando mais, ela o partiu.
     — Tá, depois! – ela disse rindo.
     Essa garota vai me enlouquecer! O fato dela... Ser virgem, não facilita as coisas. Não que eu ligue pra isso, mas estou ficando cansado de fazer as coisas sozinho, se é que me entende.
     — Depois a gente faz a lição? Gostei da sua ideia! – disse e ela riu.
     Eu a beijei de novo, mas dessa vez, continuamos até perder o ar. Quando percebemos, não estávamos mais sentados e sim deitados na cama, eu por cima dela, mas simplesmente voltamos a nos beijar intensamente. Até a porta abrir.
     Endireitei o corpo rapidamente e vi Mary fazer o mesmo, passando a mão na boca.
     — Nossa, acho que interrompemos algo! – Raphaela disse assim que entrou com Helen e Anne.
     — Está certa. - respondi e ela sorriu maliciosamente.
     Helen fechou a porta, jogou a mochila em qualquer canto e sentou na sua cama.
     — Bom, aproveitando que estão todas aqui... E o Leo, fazer o quê – dei uma risada irônica – Vou contar a novidade!
     As garotas olharam pra ela ansiosamente e eu só escutei mesmo.
     — Estou namorando!
     — O QUÊ?
     Até eu fiquei surpreso e me juntei ao coro das outras três.
     — Você? – disse Rapha apontando pra ela, que concordou.
     — O Justin me pediu hoje, na verdade, agora pouco. Voltei da cafeteria com ele.
     — Nossa, pensei que você seria a última a dizer isso, mas foi a primeira, quem diria, hein? Helen namorando antes de qualquer uma aqui! – Mary disse ao meu lado, sorrindo pra Helen.
     Isso foi uma indireta? Acho que não, né? Ela quer muito que eu faça um pedido de namoro? Não sei se estou pronto para isso.
     — Pois é, você que falava que é tudo besteira! – disse Anne abraçando a amiga de lado.
     — Eu sei gente, mas... Decidi ouvir o que a Mary disse sobre o Justin... Eu gosto dele e nada vai mudar isso. – ela disse sorrindo, mais pra ela mesmo do que pra gente.
     — Então acho que vou deixar as senhoritas conversarem e vou indo. – eu disse me levantando e Mary se levantou junto.
     Me despedi das garotas e sai do quarto acompanhado.
     — Depois a gente se vê e faz a lição dessa vez, okay? – Mary disse enroscando os braços ao redor do meu pescoço.
     — Claro, vamos "fazer a lição". Prometo! – disse e depois depositei um beijinho em seus lábios.
     Ela sorriu e me beijou.
     — Até mais. – ela disse assim que partimos o beijo e segurou a maçaneta da porta.
     — Até mais. – respondi a vendo entrar no quarto de novo.

POV's Matthew

     — VAMOS TODOS SAIR!
     Eu disse isso quando todos nos reunimos no corredor nesta manhã de terça-feira.
     — Claro, Matthew, qual sua ideia brilhante dessa vez? – Helen disse.
     Percebi o braço de Justin envolto da sua cintura e lembrei de ontem. Acho que ele a pediu em namoro.
     — Na sexta, vamos sair por aí como se não houvesse amanhã, entenderam? – perguntei e olhei um de cada vez.
     Depois de todos concordarem, comecei a pensar no que fazer na sexta-feira. Tem que ser alguma coisa incrível.

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