O acidente

193 29 0
                                    

Estamos todos nos divertindo, o dia está sendo perfeito. Saímos todos da piscina e fomos até a lanchonete para comer algo. Luk e eu fomos até o balcão pegar os lanches enquanto os meninos ficaram na mesa esperando.

- você está linda.
- ah, assim, toda molhada e esse coque todo mal feito?!
- não. Digo com esse cabelo preto.
- hmm, legal. E você só reparou no meu cabelo preto agora?
- não. Reparei assim que saiu da sua casa.
- legal. - digo pegando a bandeja com os lanche e me virando.
- espera. Porque você está agindo assim?
- agindo como?
- eu não sei. Está diferente, fria.
- impressão sua, vem, vamos comer.

"Sim, eu realmente estava diferente com Luk, sei lá, eu.. só achei desnecessário esse seu comentário agora, logo agora?! Era melhor nem ter comentado."
Depois que todos nós lanchamos resolvemos ir embora, já estava começando a escurecer. No caminho coloco um CD de músicas variadas do Luk e começamos todos a cantar ao som de Link Park, no banco de trás Meg está sentada no meio no colo de Krist, Jaden atrás de Luk e Dj atrás de mim. Estamos curtindo, quando de repente um carro perde o controle na contra mão e bate de frente com a gente, nosso carro capotou e parou no meio da pista.

***

Acordo no hospital, estou ligada a máquinas, sinto uma dor horrível por todo corpo e não consigo me mexer. Começo a entrar em desespero então um médico entra em meu quarto e pede pra que eu me acalme. Não consigo me acalmar, estou desesperada, quero saber como está Luk, Krist, Jaden, Dj e principalmente Meg, eu prometi a minha mãe que cuidaria dela, se algo aconteceu a ela eu nunca vou me perdoar. Tenho muitas perguntas a fazer mas não consigo dizer nada, parece que algo me prende, me sinto cansada e caio no sono, tenho um sonho onde estou no parque com Meg, ela está brincando no parquinho enquanto estou conversando com Luk, e enquanto nos beijamos Meg some. Começo a gritar desesperada por ela quando a vejo atravessando a rua correndo e um carro em alta velocidade vem em sua direção, não tive outra reação a não ser gritar pelo seu nome, então ela para no meio da rua pra olhar pra mim e o carro vem e a atropela. Nisso saio correndo em sua direção, chorando horrores e pegando o celular pra ligar pro SAMU. Quando chego até Meg ela está desmaiada um corte na testa pouco acima sobrancelha e sua cabeça sangra. Do nada já estou no hospital, conversando com o médico, ele diz que ela vai precisar de transfusão de sangue, por algum membro da família , eu digo que faria e ele diz que eu não poderia pois não tinha nenhum grau de parentesco com ela, eu digo que sou irmã dela e ele disse que não (isso tá mais pra pesadelo, e sem sentindo nenhum).
Acordei. Dessa vez estou em um quarto, não estou ligada a tubos e consigo me mexer. Vejo alguém deitado no sofá do quarto, é Dj. Ele está dormindo, sinto um alívio em vê-lo ali, é sinal que estava bem, mas ainda tem o resto, e Meg, meu Deus eu preciso saber de Meg. Então acordo Dj pra saber das coisas.

- Dj. Acorda Dj. - pego um travesseiro e taco nele. - Dj! - grito enquanto ele acorda.
- Maah!!! - diz espantado. - Finalmente vou acordou. Como está?
- Bem. Eu acho. Quanto tempo fiquei apagada? Onde está todo mundo? Estão bem? E Meg? Ela tá bem? Se machucou?
- Calma. Uma pergunta de cada vez. Você ficou desacordada por quatro semanas e passou por uma cirurgia, precisou de transfusão de sangue.
- Que? Porque? Quatro semanas?
- Você estava na frente, e sem cinto de segurança Maah. Tem sorte de estar viva, foi por pouco que a gente perde você.
- E como está todo mundo?
- Eu tive só alguns arranhões porque estava do lado oposto da batida e com cinto. Jaden quebrou o braço, mas foi só, está bem também. Luk passou por uma cirurgia pois teve hemorragia interna, ficou internado por uma duas semanas e ja tá bem. Krist saiu com apenas dores, além de estar de cinto eu e Jaden amortecemos as coisas pra ela e Meg.
- E Meg????
- Meg saiu ilesa, sem nenhum arranhão. Krist tinha passado o cinto pelas duas e no momento da batida Krist a abraçou.
- Tenho muito que agradecer ela por isso.
- Sua mãe estava uma fera quando chegou no hospital. Acredito que ela só não te bateu só porque estava prestes a entrar para a cirurgia.
- E onde ela está? Porque você está aqui e não ela ou meu pai? Não que eu não goste que esteja aqui, mas ela é minha mãe. - digo com a voz trêmula porque seguro o choro.
- Ela não veio hoje.
- Ela esteve aqui algum dia?
- Na verdade, não.
- Quem fez a doação de sangue pra minha cirurgia?
- tiveram que procurar alguém.
- E porque meus pais não fizeram? Sei que nossos sangues são compatíveis.
- Escutei a enfermeira dizer que não são compatíveis não.
- Como?

RejeitadaOnde histórias criam vida. Descubra agora