02 - Hospital

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Fecho meus olhos esperando pelo pior, quando ouço a sirene da polícia e com um chute um dos polícias abre a porta, ele vem até mim dizendo palavras como "Agora está tudo bem, mantenha a calma" Após me desamarrar, ele me pega no colo e me coloca numa ambulância, após me deitar na maca eu pergunto:

- O-onde está minha irmã? - Pergunto com dificuldade pois ainda estou assustada.

-Ela já foi levada para o hospital! Mantenha a calma garota. - Diz um dos médicos na ambulância.

Me irrita o fato de ter tido minha mãe e meu padrasto mortos, e minha meia-irmã gravemente ferida, e a merda dessas pessoas dizendo para mim manter a calma. Eu começaria a chorar se não estivesse dominada por um forte sentimento de ódio e algo estranho que não posso definir com simples palavras. Os médicos me dão um sedativo poderoso e antes dormir penso "Quem era aquele desgraçado?".
Não sei por quanto tempo eu dormi, nem o que aconteceu com Asheley. Me esforço para me por sentada, e uma enfermeira vem correndo em minha direção para me ajudar a levantar.

-Você está bem?

-Eu vou matar seus pais, feri gravemente sua irmã, tentar por fogo em você e depois perguntar se você está bem!

-Desculpe - Ela diz meio assustada com minhas ameaças. -Vou trazer algo para você comer.

Ela sai do quarto e em seguida entra o médico, ele entra junto de dois homens que eu acredito ser investigadores.

-Como se sente senhorita Queen?

-EU ESTOU BEM, TIRANDO O FATO DE TER TODA A MINHA VIDA SE TRANSFORMOU EM UM INFERNO!

-Deve ser muito difícil, perdão. Bem senhorita Queen esses dois homens são da polícia eles querem lhe fazer umas perguntas.

Um dos homens pega uma cadeira e se senta perto de mim o outro permanece em pé e em alerta.

-Meu nome é Richard, sou investigador da polícia e gostaria de te fazer umas perguntas. - Após dizer isso ele pega de se bolso um bloco de notas e começa a anotar o que eu digo.

-O que você quer saber? -Pergunto

-Primeiro conte-me a sua versão dos fatos.
 
Meus olhos se enchem de lágrimas que ameaçam cair, lembro da imagem da minha mãe morta. Não mamãe, por favor Deus me faça acordar desse pesadelo. Mãe não me deixe por favor!
Pisco várias vezes para tentar afastar as lágrimas e os pensamentos, olho o policial nos olhos, respiro fundo e conto o que aconteceu. Após terminar os homens parecem não acreditar muito em minha história.

-Entendo... Você ou sua família tem algum inimigo? - Pergunta Richard.

-Não, não temos!

-Senhorita Queen, no quarto onde seus pais estavam mortos, tinha uma mensagem escrita na parece com sangue ela dizia "Vá dormir".

Meus olhos se arregalaram comecei a suar frio e a tremer, essa foi a mesma frase que eu ouvi em meu quarto, o mesmo que me acariciou naquela noite foi quem à matou, FOI QUEM MATOU MINHA MÃE! Mas quem poderia ser? Será que...

-Senhorita Queen?!

-Que?

-Eu perguntei se sabe quem poderia ter escrito isso?

-Não sei.

-Entendo... - A enfermeira entra com uma bandeja com alguns alimentos e o policial vai embora na porta ele diz - Tome cuidado, senhorita Queen.

Depois de comer me levanto e vou até o banheiro, a enfermeira tenta me ajudar mas eu a empurro e digo que não preciso. Depois de entrar eu tranco a porta e começo a chorar, choro como se eu fosse uma criança, em meio aos meus soluços eu falo implorando a Deus para que devolvesse minha mãe.
Então sinto um arrepio percorrer por todo meu corpo, vejo a sombra de alguém, lentamente eu me viro e ao olha para trás ali está ele, Jeff The Killer, Jeff O Assassino. Ele avança um passo em minha direção ao mesmo tempo que eu recuo um passo, vejo que ele está com uma faca em uma de suas mãos enquanto na outra uma caixa do mesmo tamanho de sua faça,  a caixa e preta com um laço vermelho. Sem perceber eu começo a tremer, recuo mais dois passos e ele avança mais dois, continuamos assim até que cheguei na parede, não tinha forças para grita ou tentar fugir por isso a única coisa que fiz foi ficar imóvel.

-É tão engraçado vê-la assim Karen.

-V-você não é real... - Minha voz sai tremula.

-Você me ver? Então sou real. - Ele continua a se aproximar lentamente e quando chega perto de mim ele solta uma risada e diz - Você ama sua irmã?

-Asheley? O que você fez com ela? Seu monstro. - Desta fez estou dominada pelo ódio e a vontade de mata-lo que até esqueci meu medo.

-Talvez eu a ponha para dormir - Diz ele caindo na gargalhada.

 Ele me entrega a caixa e hesitante eu a pego, quando eu a abro vejo que dentro dela tem uma faca afiada, pego a faca com minha mão, de certa forma ela é bem bonita. Quando levanto minha cabeça para olhar Jeff ele simplesmente não está mais lá, novamente um pressentimento ruim me domina, meu coração acelera de uma forma que faz meu peito doer, eu decido sair do banheiro mas antes me olho no espelho.

 Meus cabelos loiros e lisos estão bem bagunçados, meu olhos verdes parecem estar menos brilhantes como se minha alma estivesse se esvaindo, eu estava pálida e parecia que eu tinha perdido peso. Após me analisar eu saio do banheiro, encontro com a enfermeira que estava me esperando ela me acompanha até meu quarto, mas eu continuo com essa sensação ruim. Quando eu abri a porta vi os dois polícias que antes vieram me investigar os dois estavam mortos, seus olhos foram arrancados, sua barrigas abertas e seus órgãos espalhados pelo chão, os dois estavam pendurados por cordas em seus pescoços. A enfermeira deu um grito e saiu correndo, eu fiquei ali parada, estava completamente inexpressiva e por incrível que pareça não estava com medo. Entrei no quarto e quando virei minha cabeça para esquerda eu vi ali escrito com sangue "Vá dormir".

Meu Pai é o Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora