09 -Doces sonhos são feitos de gritos

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Por Kate Queen

Receosa eu pego o "presente" e abro. Olho o conteúdo da caixa e fico parada encarando o que tem ali, não sei como reagi, e pela primeira vez e um anos e alguns meses as lágrimas caem dos meus olhos, os médicos que me vigiavam percebem meu comportamento e correm em minha direção o médico chefe quase da um grito ao ver o "presente"

-LEVEM ELA PARA O QUARTO AGORA! DE-LHE UM SETATIVO E DEPOIS... a convençam de que tudo foi um pesadelo.

-ME SOLTEM! -Dou um grito. Imediatemente eles me soltam.

-Chefe? Karen? MAS O QUE DIABOS TEM NESSA CAIXA? - Grita um dos médicos auxiliares.

Eu chego perto da caixa e puxo meu amado presente, o médico e os enfeirmeiros quase que instantaneamente vomitam e gritam. Pois aquele era meu presente... A cabeça degolada e seus lábios cortados em forma de um sorriso macabro.

Algumas horas depois

Continuo a chorar incosolavelmente, as enfermeiras me deixam chorando em meu quarto, algum tempo depois.
As memórias vem a tona de forma violenta, fazendo minha cabeça explodir de dor. Solto um alto gemido, de alguma maneira mesmo sentada na cama eu me jogo no chão.

"vejo minha mãe com seu rosto mutilado, com sua boca cortada em forma de sorriso. O mesmo acontece com meu padrasto a única diferença é que suas entranhas estão para fora. Minha meia irmã está viva mas sangrando muito."

-AH! - Dou um grito.

"Quando eu abri a porta vi os dois polícias que antes vieram me investigar os dois estavam mortos, seus olhos foram arrancados, suas barrigas abertas e seus órgãos espalhados pelo chão, os dois estavam pendurados por cordas em seus pescoços."

Solto outro grito dessa vez bem alto.

"Abro brutamente a porta da sala, porém fico chocada com a cena que vejo.
Carla não está aqui, mas aquelas quatro meninas que eu agredi à algum tempo atrás estavam mortas, suas víceras e seus sangues espalhados e misturados."

-CHEGA!

"-A imaginação não machuca."

-O quanto mais ele vai me fazer sofrer? -Digo em voz alta.

-O quanto mais você permitir.

Não consigo enxergar bem quem está ali, por causa da dor incessante minha visão fica turva, também não consigo discernir a voz. Tudo o que vejo é uma mão entregando para mim minha faça, pego minha faca dou um último grito.Os médicos entram no meu quarto por causa da gritaria. Mas é tarde demais eu já tinha escapado pela janela.
Ando pelas ruas cambaleando por causa da dor, não sei bem para onde estou indo deixo que meu corpo me guie. Quando percebo eu já estou dentro do quarto de Maik, que acorda olha para trás e me vê ali em pé o olhando. Ele dá um grito e cai da cama apavorado.

-Por que? Por que me traiu? -Pergunto com fortes arfadas. Quase não respiro direito.

-E - eu não queria! Ele me obrigou, seu pai! Disse que se não fizéssemos isso ele mataria nossas familias" -Mais diz desesperado.

-Vocês me traíram! Não são meus amigos!

-Karen por favor entenda... T-talvez não seja o melhor momento para dizer mas... eu te amo.

As várias vozes em minha cabeça quase não me deixam ouvir o que Maik diz, porém pude entender sua última frase "Eu te amo" sua voz se mistura com as outras o que me faz gritar. Os pais de Maik repentinamente entram no quarto para ajudar o filho, mas eu fui mais rápida sai quase no mesmo momento.
Continuo com grandes dificuldades para andar, em meio a tropeços sigo para outro lugar, respiro com dificuldade e segura firme minha faca, seguro com tanta força que faz as minhas mãos sangrarem. Ao me dar conta eu estava no quarto da Carla. Essa se levanta rapidamente, não grita mas mantém o olhos assustados em mim.

-Você também não é minha amiga!

-Karen... Jeff me ameaçou ele disse para mim levar você até à escol. Naquela noite.

-ISSO NÃO JUSTIFICA SUA TRAIÇÃO!

Era como seu eu não tivesse mais o controle do meu próprio corpo, pulei em cima de Carla para tentar acerta-la mas ela consegue me segurar, estou muito fraca por causa da dores de cabeça e por causa das vozes desorganizadas em minha mente. Carla puxa minha faca e me empurra, depois pula em cima de mim. Sinto uma dor no meu peito, Carla sai e ei vejo sangue, foi quando percebi que ela havia me atingido no peito. Ela saiu de seu quarto para chamar ajuda, me levantei com uma enorme dificuldade, meu corpo queria cair ali mesmo e eu apenas queria dormir. Mas uma vontade surpreendente de viver me fazia continua, caminhei e cheguei num cemitério corri o mais rápido que podia naquelas condições cheguei perto de um túmulo, minha visão estava muito ruim por isso não sabia de quem era aquele túmulo mas me sentia bem estando ali. As vozes e minha cabeça estavão mais desorganizadas do que nunca, caída no chão e com as pálpebras quase se fechando vejo Jeff The Keller ele fica ali me vendo morrer então diz:

-Vá dormir

Fecho meus olhos e as vozes cessão, a única coisa que o ouço e uma voz familiar dizendo "Me salve...Karen"

Meu Pai é o Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora