Acordei com o meu despertador irritante. Mais um dia de trabalho. Yupi... Eu trabalho no Starbucks e até gosto bastante de lá estar. Já lá trabalho há quase dois anos. Só não gosto muito de acordar cedo. Nunca fui madrugadora. Eu bem que podia aceitar o turno da tarde, mas como já tenho os meus clientes favoritos, fico-me pela manhã. A Dona Maria e o Senhor Manuel têm este “título” se assim o quiserem chamar. E é por eles que eu tenho e peço sempre para ficar com o turno da manhã e por vezes também venho à noite dar os meus pequenos concertos. Eles devem ser o casal de velhotes mais queridos do mundo. Estão lá sentados todos os dias às oito da manhãzinha. Eles são tão fofos um com o outro. Pelo que sei, já estão casados há quase cinquenta anos. Uau! Muito tempo, não é? E mesmo assim, ainda dá para ver o amor entre eles. Aquela chama quando se olham nos olhos. Quem me dera a mim chegar aquela idade e ainda ter o homem que amo ao meu lado, amando-me como no primeiro dia. Como no primeiro beijo. Como no primeiro abraço. Como no momento em que ambos dizem “sim” na igreja. E por falar em clientes favoritos, também tenho empregados, claro. Mais especificamente um que se chama Harry. Harry Styles. Só de dizer o nome dele, fico com borboletas na barriga. Ele é lindo de morrer. O seu cabelo castanho encaracolado é simplesmente de tirar a respiração. Aquele sorriso que faz com que todas as raparigas caiam aos seus pés por ser tão verdadeiro e magnífico. Os seus olhos verdes brilham tal e qual diamantes à luz do sol. São quase hipnotizantes. Bem, não são quase. São mesmo. Todas as vezes que ele fala comigo, perco-me no quão profundos eles são. Tão puros. Tão perfeitos. Ele é perfeito. É super simpático. É um querido, e preocupa-se com tudo e todos. Desde o 10º ano, quando eramos da mesma turma, que o achava perfeito. Era o rapaz mais desejado da escola, como é óbvio. Um rapaz daqueles não é todos os dias que se encontra. E mesmo assim, já se passaram 5 anos desde o primeiro dia de aulas do 10º ano. O dia em que me mudei para uma escola nova sem conhecer ninguém. O dia em que o conheci. O dia em que ele foi a primeira pessoa daquela escola inteira que falou comigo. Que se aproximou de mim no corredor quando estava perdida a ir para a sala. E ele continua igual. Os mesmos caracóis de à cinco anos atrás. O mesmo sorriso parvo mas que me derrete o coração de à cinco anos atrás. Os mesmos olhos que me fazem desligar do mundo de á cinco anos atrás. Levantei-me da cama com o maior custo, fui-me preparar para ir para o Starbucks, porque hoje era o meu dia de abrir o café. Vesti-me, a minha roupa normal de trabalho, calças de ganga pretas, top branco, casaco de malha verde, que acabo sempre por tirar, e vans da mesma cor que o casaco (as cores do café). Quando olho para o relógio do meu pequeno quarto, vejo que ainda era cedo, então decidi sentar-me no sofá e ir um pouco ao PC. Ligo o PC e quando olho para o relógio de lá, vejo que já estava quase na hora de abrir. Sim, estava atrasada. Que treta. Desliguei o PC à pressa, peguei nas chaves do apartamento e na minha mala e sai de casa. Eu morava num prédio, que ficava no centro de Londres, no 5º andar. Que por acaso era o mesmo prédio para que o Harry se mudou há uns meses atrás. Cheguei ao elevador e carreguei no botão várias vezes, e nada. Como sabia que aquela porcaria ia demorar e só tinha cerca de dois minutos para abrir a porta aos clientes, fui quase voando pelas escadas. Corri o mais depressa que podia, mas não cheguei a tempo. Quando cheguei à porta do Starbucks, vi que estava entreaberta. Só queria dizer uma coisa. O patrão. Sim, esse homem que me podia despedir por chegar atrasada. Podia deixar de fazer uma coisa que adorava por ver mal as horas, por ser preguiçosa e deixar-me dormir. Senti-me tão parva, mas lá entrei de cabeça baixa, à espera de ouvir alguém a gritar comigo. Fechei a porta tentando fazer o mínimo barulho possível. Olhei em volta e não havia sinal do patrão. Vou até à cozinha para pousar as minhas coisas e por o meu pequeno avental preto. Do nada, ouvi um barulho vir do outro lado do café. Afinal não estava sozinha no pequeno e acolhedor estabelecimento. Continuei a ouvir barulhos. Mas quem podia ser àquela hora. Fui muito devagar para não fazer qualquer som. Aproximei-me mais do barulho. Quando olho, vejo alguém de costas a organizar qualquer coisa. Um rapaz de cabelo encaracolado, vestido também com umas calças pretas e uma t-shirt branca. Mas eu conhecia aquele rapaz. Eu conhecia aqueles caracóis perfeitos. Harry. Claro, só ele é que tem aqueles cabelos tão belos.
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