O prédio da revista era um grande arranha céu. Pelo que entendi a revista ocupava dois ou três andares dos quinze totais. Mas tudo pertencia ao mesmo grupo empresarial. Eles eram donos de varias das revistas impressas ou não mais importantes do pais. Só de pensar nisso minhas pernas bambearam.
Me despedi de Adriano. Combinamos de que se eu precisa-se dele, eu ligaria.
Caminhei ate a entrada. Muitas pessoas andavam pelo saguão do prédio. Muitas iam e vinham. A porta de vidro não para de se abrir e fechar. Entrei quando um cara de terno azul marinho berrando ao telefone saiu do prédio.
Fui ate uma das recepcionistas. Haviam no mínimo três.
- Oi, eu tenho uma entrevista as nove.
Ainda eram oito e quarenta. A mulher de meia idade, uniforme preto e vermelho me olhou por detrás de seus óculos roxos e me indicou uma cadeira atrás de mim.
-Aguarde ali.
Fui para a fileira de cadeiras e me sentei na ponta. Do meu lado havia mais três mulheres. Jovens e todas com muito estilo. Eu me senti básica demais nesse momento.
- Cintia Alves. - A mulher de meia idade com quem conversei chamou. - Sala 100, terceiro andar.
A moça que estava do meu lado se levantou.
Passaram- se mais alguns minutos.
- Valeria Gonçalves. - A mulher outra vez. - Sala 100, terceiro andar.
A outra moça que estava na cadeira depois da vazia se foi e sumiu pelo elevador.
Eu odiava elevadores. Me davam frio na barriga.
Aproveitei os minutos seguintes para dar uma olhada em volta. O saguão era grande. Com a recepção a minha frente. Uma grande porta a minha direita pela qual entrei. Do outro lado ficava uma espécie de sala de espera mais completa, tinha café da manha, cadeiras confortáveis, e uma grande tv de led.
- Amanda Silva. - A recepcionista chama. - Sala 100, terceiro andar.
Vejo as duas moças que foram primeiro descerem do elevador. Não estão com a cara muito boa. Saem do prédio. A terceira moça vai para o elevador. Já passa das nove, mas creio que a recepcionista sabe o que esta fazendo.
Pego meu livro na bolça e começo a ler. Nada melhor que um mistério para relaxar.
- Beatriz Lopes. - A mulher finalmente me chama. - Sala 100, terceiro andar.
Guardo meu livro na bolsa e vou para o temido elevador. Aperto o botão do terceiro andar. Toco instintivamente o colar. Desde que peguei ele da gaveta da cômoda da minha mãe e passei a usa-lo, não me sinto tão sozinha. É tolice, mas é como se ela ainda estivesse aqui.
O elevador para e eu caminho até a sala 100, é a segunda porta a minha frente depois que saio do elevador. Olho para os dois lados naquele corredor enorme e bato a porta.
- Só um minuto. - Uma voz feminina sai lá de dentro.
A ultima menina que entrou sai sorridente pela porta. Deixo que ela passe por mim. E olho para dentro da sala ampla e iluminada.
- Entre. - A voz me diz.
E eu entro.
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Tudo ficará bem.
RomanceBia, uma jornalista passará por maus bocados quando é despedida do emprego e vai para a cidade grande e encontar muita confusão, um emprego e um grande amor. Divirta-se e se emocione com ela.