Capítulo 18 - O Começo

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Não consegui ler o restante, pois a folha estava rasgada e muito manchada,mesmo assim resolvo continuar lendo os próximos capítulos do diário, um após o outro parecia que eu fazia coisas mais absurdas, entre elas estavam o abuso de Seline, a morte do garoto no parque sem motivos aparentes, descobri que fui preso por homicídio (supostamente matei minha madrasta) ,porém não passei muito tempo preso. Termino de ler e continuo confuso, pois não entendo a ligação do diário comigo, eu seria incapaz de cometer tanta barbaridade. E nada do que acontece no diário explica esse inferno ou aquele maldito homem de preto que não quer me devolver Seline. Sei que ele disse que ela nunca esteve aqui, mas eu não acredito nele, eu tenho certeza que vim com ela e eu só saio daqui com ela. Perdido nos meus pensamentos começo a sentir uma forte dor de cabeça e logo o lugar começa a se distorcer ......


Quando o ambiente enfim fica claro pra mim, percebo que estou no quarto de Seline e a mesma estava deitada, parecia ser noite e ela me encarava com medo, de imediato não entendo, mas depois percebo um espelho atrás de mim, antes  que pudesse ver m...

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Quando o ambiente enfim fica claro pra mim, percebo que estou no quarto de Seline e a mesma estava deitada, parecia ser noite e ela me encarava com medo, de imediato não entendo, mas depois percebo um espelho atrás de mim, antes que pudesse ver meu reflexo nele o cobri com um lençol, ao fazer isso Seline corre em minha direção e me abraça com força.

-Que bom maninho! Achei que ele ia me machucar de novo, pensei que fosse cortar minha boneca ao meio ou cortar meu cabelo, estava com tanto medo! -Seline me fala tudo rapidamente e chorando muito e nesse momento percebo que estava com uma tesoura na mão, arregalo os olhos e a jogo longe e depois retribuo o abraço de Seline.

- Não se preocupe Seline, eu não vou deixar ele te machucar nunca mais .....


Tudo começou a mudar novamente, desta vez estava novamente no lugar em que reencontrei Lucy, o lugar das roupas brancas, mas desta vez estávamos em uma fila, todos pareciam receber algo no início da fila e depois eram acompanhados por uma das pessoas de branco para uma porta e la entravam e não saiam mais.

Logo chegou a minha vez e finalmente descubro o que era. A mulher dava um comprimido enorme e um copo com água e dizia: Engula! Arrogantemente ela dizia.

Eu recebi o comprimido e encaro a mulher que já parecia inquieta por não ter tomado imediatamente. Neste momento percebo uma pequena movimentação no corredor à frente. Uma garota de cabelos longos e negros brigava com alguns homens e corria rapidamente pelo corredor, em um momento rápido em que pude ver o seu rosto, achei semelhante ao de Seline, não pensei nem duas vezes. Imediatamente lancei o comprimido para longe e empurrei a mulher a minha frente. Saí em disparada na mesma direção da garota, também tive que driblar os homens de branco, não foi difícil, mais tive que ser muito rápido. Os longos corredores totalmente limpos e vazios não deixavam eu perder o rastro da garota, que a cada passo dado o som de seus pés ecoavam no ambiente e assim pude seguí-la, não demora muito e vejo quando os cabelos da garota adentro em uma porta. Chego na porta e vejo que é o banheiro feminino, não me importo com isso e entro no lugar.

A garota se vira assustada e estava com uma pequena faca, vi que estava transtornada, mais pude ver perfeitamente que era Seline, porém estava tão diferente, agora tinha corpo não mais de uma garotinha, não a garota de quinze anos que eu me lembrava, mas uma mulher e muito bonita.


Perdido nos meus pensamentos não percebo quando ela salta pra cima de mim, caímos no chão e começamos a lutar, apesar de ser magra, Seline tinha bastante força.

Depois de alguns minutos de luta, consigo imobilizá-la e ela grita estridentemente.

-O que você quer, seu monstro? ! Me deixa em paz! Devolva meu irmão, por favor. ....!
Eu preciso dele! Sozinha eu não estou mais aguentando! !!!-Seline gritava oscilando a voz entre estridente e as vezes suave, demostrando muita dor e sofrimento.

- Calma minha irmã! Ele não esta aqui, sou eu o seu irmão! - Ao dizer isso ela começa a se acalmar e me olha

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- Calma minha irmã! Ele não esta aqui, sou eu o seu irmão! - Ao dizer isso ela começa a se acalmar e me olha.

- É você mesmo ,Adrian? ..- Antes que pudesse responder somos surpreendidos com um batalhão entrando no banheiro, junto também estava a Dra. Sullivan.

-Adrian, afaste-se de sua irmã! Ela esta em um tratamento e sua compania não a fará bem.

-Mais doutora que tratamento? !-Pergunto surpreso com a notícia.

- Olha ,Adrian, as vezes eu tenho que concordar com a Lucy, você mais parece sofrer de amnésia do que o que realmente tem. -Ela da uma risada e eu apenas a encaro ainda confuso, enquanto Seline abraçava uma de minhas pernas ainda em estado de choque,mais logo ela continua a falar.

-Tudo bem ,eu lhe direi, tendo em vista que parece estar em um bom dia hoje, rsrsrsrs. ....sua irmã sofre de um distúrbio leve de alteração de humor e mudança de personalidade, além de uma depressão muito forte, que começou ainda na infância e piorou depois dos abusos do pai, da morte da mãe e da separação entre vocês. Será que o Adrian vai querer conversar comigo hoje? -Ela fala e fala e eu ainda fico perplexo sem acreditar em tudo aquilo e quase não prestei atenção na pergunta que ela me fez, apenas acenti.

Neste momento homens ajudam Seline se levantar e já ia levando ela, mas antes de sair ela se vira e fala.

- Não deixa ele voltar maninho, não deixa! Eu preciso de você pra sair daqui, eu preciso! - dito isso os homens a tiraram de lá ficando apenas a Dra. Sullivan e eu no banheiro.

-Vai querer conversar comigo aqui? -pergunto surpreso.

-Sim, pois é muito difícil encontrar você , meu bem.-Ela responde com aquele belo sorriso.

-Esta bem, sobre o que quer conversar? -Pergunto a encarando e me recostando na pia atrás de mim.

- Quando foi seu primeiro contato com ele?

-Ele? Ele quem? -Pergunto sem entender do que ela falava.

-Vamos, meu bem, faça um esforço pra se lembrar! Você sabe muito bem de quem falo, eu falo daquele que te faz tanto mal, que faz você ferir os outros e dele que falo!

-Mais doutora, eu realmente não me lembro, eu sei que ele é real ,não nego, já não posso negar diante de tudo que vi, mas não sei quando o conheci e nem como ele me faz fazer essas coisas.

- Eu vou te dar uma coisa que talvez te ajude . Nesses três anos em que esteve aqui, você adorava escrever histórias e tinha uma em que você contava tudo sobre ele, em que você contava o lado dele, espere só um momento. ...-Eu apenas fiquei encarando a doutora que agora saía apressadamente pra pegar o que ela tinha falado. E nesse meio tempo resolvo me virar e lavar um pouco o rosto, pois sentia que não estava muito bem.

Puxa. ..três anos. ...mais que lugar é esse? E quem será esse ser que tornou minha vida um inferno? - Me pego a pensar a medida que molhava o rosto, depois começo a encarar o meu reflexo no espelho e percebo que aquele era o mundo dele ,podia vê-lo à minha frente sorrindo diabolicamente ,me desperto dos pensamentos ao ser tocado no ombro, me viro bruscamente com o susto e para meu azar me arrependo de ter me virado.





Galerinha esse capítulo é apenas pra refrescar a memória de vocês, espero que gostem. Eu gostei e estou super curiosa pelo final. E você estão curiosos? ! Então não percam a mega maratona.

Bjus e boa leitura♥♥♥♥♥♥

Internato #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora