Capítulo 21 - Identidade

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Flash Back on:

Era uma manhã linda. Podia sentir a brisa suave tocar meu rosto e ouvir o canto dos pássaros. O sol brilhava com tanta energia e de uma forma tão bela que sentia vontade de tocá-lo. Seline ajudava minha mãe a estender algumas roupas. Ela parecia feliz,o papo entre as duas demostrava ser agradável e divertido, pois entre uma palavra e outra ambas sorriam. Eu estava sentado na escada da varanda da minha casa e como sempre estava com o meu caderno de desenho. Queria registrar cada momento daquela manhã.
- Ai! - Olho bruscamente sentindo dor do tapa que Aidan me dera quando chegou por trás de mim. Ele trazia nas mãos um sanduíche e um copo de suco- Acho que era de laranja- Pensei, ainda com os olhos de raiva cravados nele. - Ele apenas mostrava total indiferença, naquele momento sabia que minha indignação não ia levar a nada se tratando dele.- Decidi que ele não estragaria aquela manhã- Respirei fundo e voltei a rabiscar, fingindo que nada tinha acontecido, mas pude ver seu sorriso debochado, como se dissese: "Que idiota"-Aquilo me dava raiva , mas me controlei.- Ele se sentou ao meu lado.
- Você devia partir, Adrian!- Ele falou calmamente, como se aquilo fosse algo que eu quisesse fazer, mas ao mesmo tempo parecia uma ameaça dele contra mim. - O encaro firmemente- Nunca! Essa casa é minha! - Respondo já irritado.
- Abaixe o tom quando falar comigo, Adrian! Ninguém aqui deve se machucar! Ou você quer que isso aconteça?!- Ele fala segurando meu queixo com força- Por um instante achei que ele fosse quebrar meu maxilar- Dessa vez ele realmente estava me ameaçando,e ele não costumava ameaçar em vão. -Pisco algumas vezes, me acalmo e apenas confirmo com a cabeça- devagar ele começa a soltar meu queixo.
- Eu não vou embora, mas se você quiser partir....- pausei por um instante para encará-lo e passar o convicção de minhas palavras- as portas estão abertas!
-rsrsrsrsr- ele gargalhou tanto que seu corpo se inclinava pra trás- " Por acaso ele pensa que estou brincando?!- Pensei enquanto olhava indignado com sua reação.
- Ai, Adrian, você devia ser comediante!- Ele fala ainda gargalhando e debochando de mim- Bufei e cerrei os punhos. Estava pronto pra socar seu rosto, quando...
- Meninos! Vamos tomar banho, logo estarei servindo o almoço e quero todos limpos à mesa.- Tive meu plano frustado com o toque da mão de minha mãe em meu ombro.- Seu sorriso era doce e sereno.-Eu amava o jeito calmo dela, mas odiava o fato dela o amar tanto.- Apenas sorri de um jeito bobo e assenti, quando procurei Aidan, pude ver ele subir as escadas de mãos dadas com Seline, que saltitava alegremente como se estivesse sendo conduzida por um anjo.- Me apressei juntando meu material e corri pra tomar banho.
Tomei um bom banho de chuveiro. Vesti a calça e a camisa. Parei em frente ao espelho para secar o cabelo com a toalha, mas algo como uma fúria incontrolável tomou conta de mim ao ver meu reflexo, por algum motivo odiava aquilo, quando vi , minha mão estava sangrando.- Havia quebrado o espelho com o golpe que dei, tinha muitos estilhaços de vidro no chão, senti dor ao perceber que um pedaço do espelho estava ccravado na minha mão. - Tratei de puxar imediatamente- Gritei.
- Quando olhei pra porta estava minha mãe, Seline e Aidan com os olhos arregalados e confusos com exceção de Aidan que sorria maliciosamente, como se entendesse o ocorrido. - E quer saber?! Eu não duvidaria se ele soubesse, apesar de sermos tão diferentes, ainda temos uma ligação, as vezes consigo saber exatamente o que ele pensa e isso me assusta, pois ele nunca tem pensamentos agradáveis. - Pensei enquanto tentava achar uma explicação para aquilo. Minha mãe já estava com um kit de primeiros socorros ao seu lado e limpava meu ferimento.
-Mãe. .- Shhhh! - Ela me calou.
-Mais mãe..- Cale-se Adrian!-Ela grita.Suas mãos tremiam. Ela estava nervosa e contia as lágrimas. - Me senti mau por vê-la naquele estado. Não era minha intenção. - Apenas baixei a cabeça e deixei ela terminar o curativo.
- Pronto! Agora desça pra almoçar! - Ordenou friamente. - Apenas assenti já me colocando de pé. - Eu queria tanto explicar à ela, dizer o que estava sentido, mas não podia, ela não entenderia. Pude sentir uma lágrima escorrer em meu rosto.- A limpei rapidamente, respirei fundo e em pisadas firmes desci.

Aidan e Seline já comiam. Minha mãe também.- Eles nunca me esperavam. - Quando notaram a minha presença levantaram o olhar.- Seline, me olhava confusa. Aidan ria com uma expressão que realmente me irritava. Minha mãe. ..essa foi a que mais doeu, ela me olhou com desprezo, como se eu fosse a sua ovelha negra, mas eu não era.- Eu queria muito dizer isso à ela, mas nunca tínhamos diálogos, ela só se dirigia à mim pra perguntar o "por quê" disso ou daquilo, ela só me conhecia através das conversas com a Dra. Sullivan.- Ahhh! Ela sim me dava afeto, afeto como de uma mãe, mas não conseguia odiar minha mãe, pelo contrário, eu a amava muito.
- Eu queria era me livrar da minha identidade ruim! Aidan tornava tudo ruim na minha vida e de todos à sua volta! Mas não podia matar ele, isso me tornaria uma assassino e me colocaria na cadeia e minha mãe e Seline iriam me odiar para sempre,fazendo isso só deixaria ele conquistar o que sempre quis mesmo depois de morto.- Pensava enquanto beliscava a comida.
Levantei a cabeça e não vi mais ninguém na mesa. Minha mãe lavava a louça, enquanto Seline e Aidan estavam na sala provavelmente vendo tv.
Senti o puxar do meu prato. - Pelo visto não vai mais comer, me dê logo isso e vá pro seu quarto.- Minha mãe demostrava tanto ódio em suas palavras, que diante daquilo apenas me levantei e segui para meu quarto, mas antes olhei rapidamente para a sala ....Seline estava só. - Onde ele estava ? - Pensei.
Subo as escadas e logo chego no meu quarto.
- Você é um idiota!- Mau entro no quarto e já sou recebido com as ofensas de Aidan, que estava deitado na minha cama, ele fitava o teto enquanto lançava uma pequena bola de beisebol. - Tremi de raiva. - Sai já do meu quarto!- esbravejei. - Não adiantou, ele permaneceu do mesmo jeito, parecia não ter me ouvido, mas sei que não, tenho certeza de que ele me ouviu. - Eu disse pra sair!- Me aproximei já bufando e agarrei o braço dele.- Ele me lançou um olhar frio e num movimento rápido já tinha colocado uma faca de cozinha contra a minha garganta.- engoli em seco e soltei devagar o seu braço.- Como estava dizendo....- ele continuou a conversa,mas agora se ajeitando na cama. Agora ele estava sentado e eu de joelhos diante dele, imóvel. - Você é um completo idiota!- ele fala pausadamente dando ênfase em suas palavras.-Por quê? -Arrisquei perguntar mesmo sabendo que ele poderia me ferir.-
Por quê? !Você ainda pergunta?!- ele debocha. -Apenas continuei a encará- lo. - Sentir raiva, ou quebrar espelhos com as mãos não vai mudar quem eu sou ou quem você é, muito menos vai apagar a sua imagem- Ele diz com palavras firmes e eu apenas as digeria, infelizmente ele estava certo.- Baixo a cabeça me sentindo ainda pior.- Acha que fazendo isso, ela vai te amar? - Olho pra ele com raiva. - Seline sente medo de você e ela. ...ela apenas não sabe mais o que fazer! -Pare!- Tentei já quase chorando.-Não, você vai me ouvir. Vou tornar sua vida um inferno, farei você ser eu, mas farei algo por ela também. -Arregalei os olhos,sabia que ele falava de minha mãe. - Irei matá-la acidentalmente- ele continuou- Eu não vou deixar!- gritei.- Você nunca saberá quando, depois sumirei....- o interrompo ao atingir com um tapa- nao surtiu efeito, ele me agarrou pelo cabelo com força e pressionou a faca em meu rosto, podia sentir o sangue queimar minha face.- Escute! - ele ordenou-O encarei com repulsa.- Direi o que vai acontecer.- Ele parou por alguns instantes como se organizasse as ideias em sua mente perversa. - Aquele a quem chame de pai, vai se casar com a nossa babá- arregalei os olhos, não podia acreditar- Ele vai continuar abusando de Seline e ela provavelmente vai se apaixonar por você. -Ficava impressionado como cabia maldade na cabeça dele- A madrasta vai te procurar, porque eu não estarei mais aqui-O quê? -pensei-Seja forte!-ele me encorajou.- Olha , Adrian, não sei porque sou assim, mas sou e isso não vai mudar, eu sempre farei parte de você, nunca se esqueça disso.- eu já tremia tentando peocessar tudo o que ele me dissera, nem vi quando ele saiu.

Flash Back off.



Finalmente cheguei ao refeitório e logo avistei Lucy acenando pra mim.Corri em sua direção. Ela me comprimentou com um beijo que retribuí e logo me sentei ao seu lado.
-Após o jantar ia continuar lendo o diário, queria saber mais sobre ele, eu precisava. Sinto como se ele realmente existisse, que não é algo da minha mente ou das pessoas que sofrem nesse lugar assim como eu-Pensava enquanto Lucy já tinha feito meu prato.- Agradeci e comecei a comer.- Lucy fez o mesmo, mas antes retribuiu meu agradecimento com um sorriso doce.















NOTAS DA AUTORA:
E AI FOFUXOS E FOFUXAS?!
CURIOSOS?!
ESPERO QUE SIM, KKKKK

OS CAPITULOS ESTÃO FICANDO MAIS E MAIS MISTERIOSOS, EU SEI, MAS APESAR DISSO, ACREDITO QUE NOVAS TEORIAS SURGEM EM SUAS CABECINHAS, ACHO QUE CONSEGUI CLAREAR ALGUMA COISA, PELO MENOS EU ESPERO QUE SIM, BJUS E ATÉ A PRÓXIMA!

😍😍😍😍😝😝😝

Internato #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora