capítulo 7

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Preparem-se pra odiar o Chris...


Na manhã seguinte, Rafa acordou e quando olhou para o lado viu a cama vazia, como sempre.

Em todos aqueles dias dormindo no mesmo quarto,
Bocejando, a ruiva sentou-se na cama.
Prendeu atrás da orelha os cachos ruivos, para tirá-los do rosto, e se levantou para abrir as janelas e fazer a claridade entrar naquele quarto escuro.

-Bom dia, senhora. - Adelaide adentrou no quarto, trazendo uma bandeja.

-Bom dia. O café da manhã hoje vai ser aqui?
-O doutor saiu cedo, e pediu para eu trazer a bandeja de café para a senhora.
Adelaide explicou, depositando a bandeja reforçada sobre a cama.
-Que bom que ele saiu.- Rafa murmurou, voltando a olhar pela janela.

A claridade e os raios do sol lhe iluminavam, fazendo sua pele ficar mais dourada, os olhos mais claros e os cabelos mais vermelhos do que nunca.

-Senhora, têm que ser mais paciente com o doutor Uckermann.

Adelaide murmurou, bondosa, se aproximando.

-Não consigo ser paciente com esse homem.
Eu nunca quis, nem quero esse casamento, eu não o amo.- Rafa respondeu.
Adelaide suspirou e balançou a cabeça.
-É uma pena que as coisas estejam assim. Mas a senhora dormiu bem? Ontem não foi se deitar muito bem...

Lembrando-se da briga feia que tivera com Christopher no dia anterior, e de como tinha ido dormir cedo e quase aos prantos, Rafa suspirou.

-Consegui descansar bem.-Respondeu simplesmente.- Trabalha aqui nesta casa há muito tempo, Adelaide?

-Desde que o doutor era menino. Conheci os pais dele, uma pena terem morrido tão jovens.
Rafa apertou os olhos, encarando a mulher.
-E os pais eram a única família dele? Christopher não teve irmãos?
Adelaide se afastou, abrindo as tampas das comidas na bandeja de Rafa.

-O senhor é o único Uckermann vivo agora.- Respondeu simplesmente.-Venha comer, tenho que descer agora
Rafa franziu o cenho e se aproximou da cama.
-Tudo bem.
-Qualquer coisa me chame, ou chame algum dos empregados.- Adelaide sorriu e saiu do quarto.
A ruiva respirou fundo e sentou-se na cama, enquanto pegava algumas uvas da bandeja.

Hoje à noite iremos à uma festa. Foi a primeira coisa que Christopher disse, à tarde, quando Rafa desceu e o encontrou na biblioteca, lendo uma folha muito concentradamente.

-Festa aonde?-Rafa perguntou. Christopher ainda lia a folha, sem ao menos olhar para Rafa enquanto falava.
-É aniversário de um amigo, e ele fará uma reunião para comemorar. Quero você bem vestida hoje, e com um sorriso no rosto.
Está bem?

A que horas tenho que estar pronta?
A ruiva o observava com os grandes olhos esverdeados.
Christopher finalmente ergueu os olhos para ele.

-Sete hora sairemos daqui.
-Ok.-Rafa assentiu, tirando uma mexa ruiva dos olhos e piscando.
Christopher levantou-se e se aproximou.

-As coisas funcionam muito mais agradavelmente quando você não discute, percebeu?
Rafa se afastou, franzindo o cenho.
-Não faça essa cara, parece uma criancinha emburrada.- Ele brincou, passando o dedo pelo queixo dela.

-Se você fosse menos estúpido, eu não discutiria tanto.- Rafa murmurou.
-A questão não é minha estupidez, e sim sua teimosia.- Ele disse, sério, tirando a mão do queixo da ruiva.

-Eu só teimo com as coisas que me interessam.

Ela se defendeu.

- E você, é grosseiro com todos, mesmo quando as pessoas não te fazem nada!

Só Minha      #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora