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Knightsbrige, Londres. Inglaterra- 2010
O trânsito está horrível aqui em Londres, saí do trabalho tem meia hora, tenho que chegar em casa antes das nove. Suzana é bastante obediente com os horários, e não quero me atrasar.
Está bastante frio nas ruas, eu temo pelas pessoas que estão sem ter aonde morar, eu sei o que é não ter aonde dormir. Quando eu tinha 15 anos fugi de casa, mesmo eu tendo voltado três dias depois, eu voltei porquê não aguentei ficar no frio.
Saio da avenida indo para uma rua deserta, vejo uma pessoa tossindo com apenas um short e uma blusa. Chegando mais perto vejo que é uma menina, pelo seu corpo mal desenvolvido, deduzo que tenha apenas 11 anos. Saio do carro e vou até ela, quando seu olhar encontra os meus sinto uma pequena eletricidade no meu corpo. Ela está pálida seus olhos castanhos arregalados e fundos, em seus braços tem marcas de espancamentos, manchas roxas por todas partes descobertas de seu corpo.
Olho com horror para sua situação, quem faria isso com essa garota?
Ela olhava em minha direção, seus olhos azuis estavam cheios de lágrimas, assim que ela abaixa o olhar, seu pequeno corpo caí ao chão.
Chego perto dela e afago o seu cabelo, que está todo desgrenhado e duro pelo frio, passo às mãos pelos seus braços. Ouço um gemido de dor, essas feridas estão em carne viva...
Quem fez isso a ela?
Rapidamente retiro o meu casaco, e a cubro, pego ela no colo e caminho com ela em meus braços até o meu carro. Abro as portas de trás e a coloco deitada, ligo o aquecedor assim que entro no mesmo. Pego meu celular e ligo para Suzana não demora muito e ela atende.
— Alô — grita no outro lado da linha.
— Suzana, está com algum problema? Quer ser castigada de novo? — indago com os olhos fixos no retrovisor.
— Não, senhor! Me desculpa eu não vi que foi o senhor quem ligou, perdão eu não quero ser castigada de novo. — respondeu em um tom baixo, totalmente subestimada a mim.
— Bom, que seja. Estou ligando para desmarcar o nosso encontro. Ocorreu um imprevisto, terei que resolver. Amanhã nos encontramos, ok?
— Tudo bem, Senhor!
Desligo o telefone sem me despedir, na verdade não devo nada a ela para isso. Preciso arranjar outra submissa essa já está me enchendo, não quero mais Suzana, eu quero lapidar uma para mim.
Saio de meus pensamentos, quando ouço um gemido de dor.
— Ei, como se chama? — pergunto virando para ela antes de ligar o carro.
— Quem é você? Aonde estou? Não... Você veio me buscar por que Dimitri mandou? Por favor, não me leve de volta. — ela suplica, se encolhendo no banco do carro.
Olhei em seus olhos sem entender, suas palavras eram ditas em meio às lágrimas.
Levei ela para minha casa, uma criança não pode ficar por aí zanzando neste frio. Depois resolvo o que eu faço com ela, mesmo que eu não queira eu tenho que fazer o certo, mesmo que ás vezes ele pareça errado.
Só quero saber quem é Dimitri, e porque ela sente tanto medo dele assim.
Meus queridos leitores estou repostando está obra maravilhosa😍
