Cap 1- Rede de lembranças

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  Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, o vento que veio da janela o bagunçou

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  Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, o vento que veio da janela o bagunçou. Gosto de sentir a briza gelada contra o meu rosto, dá a entender que eu sou livre, que estou livre, mesmo que eu não esteja.

  Às vezes não consigo ficar de frente para a janela por causa de Dimitri, do medo que eu tenho que ele me encontre e me tire daqui de casa, e da única pessoa que se importou comigo.

 Ganhei casa, comida e um nome, hoje eu me chamo Blue Ive Connor graças à ele. Damon, é como um irmão mais velho, me protege de tudo e todos, e cuida de mim como ninguém jamais fez

   Eu sei que ele faz às mesmas coisas que Dimitri pois já ouvi os gritos das mulheres, mas ele não o maldito... Ele é diferente. Os gritos delas não são como eram os meus, são pedindo mais... eu nunca pedi mais.

  Levanto da cama pois o vento frio ficou mais intenso, bem mais gelado... eu não consigo mais ficar tanto tempo exposta ao frio, me faz lembrar quando eu era criança. E eu não gosto de lembrar de nada, que me leve às lembranças de minha infância.

— Blue! — ouço a voz de Helena, e logo depois o som da porta se abrindo.

  Como em todas às manhãs, ela veio me acordar para ir à escola. Ela vê que estou acordada abre um lindo sorriso, eu retribuo na mesma alegria. Helena é uma bela mulher, desde quando eu vim pra cá ela cuida de mim, como mamãe nunca fez... ela se importa comigo.

— Você está bem? — pergunta assim que fecho os olhos contendo algumas lágrimas.

— Sim, Damon já foi para empresa? — forço um sorriso.

  Eu faço 17 anos hoje, sendo este o dia que começou o meu pesadelo... O dia em que eu nasci.

— Não, o Sr. está com sua namorada, no porão Senhorita! — diz caminhando até minha cama, e recolhe o meu lençol com às mãos para os dobrar.

  Damon está no porão o lugar que eu nunca fui, mas pelo meu sexto sentido eu sei que lá ele faz o que Dimitri fazia comigo. Minha mamãe via tudo... ela não me ajudava só olhava para mim. Como uma mãe pode ser tão perversa?

— Ah, entendo! Vou tomar um banho e já desço para o café. — murmuro alongando o meu corpo, caminhando até o meu guarda roupa.

  Pego uma calça e um casaco moletom, bem grosso, que hoje está nevando. Caminho até a janela com às pessas de roupa na mão, esquio o meu corpo para fora do quarto, fechando os meus olhos. Logo entro novamente fechando a janela e, soltando um longo suspiro.

— Senhorita, o Sr. Connor não não quer que saia do quarto hoje. — sinto meu rosto ficar vermelho, pelo sangue que subia pela minha cabeça.

— Heleninha essa semana é a segunda vez, que ele faz isso. Eu tenho prova na escola, eu não posso faltar. — digo olhando em seus olhos, ela nega com a cabeça.

(CONCLUÍDO) Rendidos - Duologia Zeloso Dominador Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora