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Estou exausta, parece até que eu estou semanas sem dormir, Damon me levou ao banheiro e tomamos banho juntos, ele parecia calmo, e confiante. Ajeito meu corpo ao lado do dele, fecho os olhos ao mesmo tempo que deito minha cabeça em seu ombro.
— Blue, precisamos conversar! — ele diz, eu assinto levantando o olhar e encarando seu rosto. — Tenho que deixar uma coisa clara!
—Pode falar! — falo, levanto e dobro os meus joelhos e o observo.
— Blue eu vou te mostrar um mundo novo, eu não quero saber mais de você usando roupas vulgares. Nem falando com garotos na escola, e muito menos me olhar nos olhos quando eu não te mandar não olhar. Está me entendendo? Quando voltarmos para casa as coisas irão mudar, uma ordem minha que você desrespeitar, você terá que ser castigada.
Suas palavras estão entrando na minha cabeça, me fazendo lembrar de mais coisas do meu passado. No entanto, não entendo o que Damon quer fazer.
— Ela não é melhor do que eu! — gritou minha mãe, enquanto discutia com Dimitri.
Ele me mandou não olhar para ele, e eu obedeço não o olho, só ouço a discussão dos dois, prefiro não ver.
— Ela não é melhor que você, com certeza. Ela é ótima, você não é nada comparada a ela. Blue é uma ótima submissa obedece todos às minhas ordens. — diz com raiva.
— Dimitri... — me corrijo antes que ele me bata, ou pense nisso. — Mestre.
— Estou com fome. — resmungo sentindo meu estômago doer, olhando nos olhos dele.
Ele sorri, e passa as mãos no meu corpo e sorri mais ainda, dando um beijo na minha testa. Ele retira às correntes do meu braço, e me pega no colo eu o abracei com frio e medo. Não quero que isso me aconteça de novo.
— O que foi princesa, está se sentindo bem? — pergunta me colocando na bancada.
— Estou com frio, eu quero me agasalhar posso Mestre? — pergunto me rendendo a sua vontade.
— Gosto quando você está assim, mansa Blue! Vou buscar uma roupa quentinha pra você, e hoje você vai comer pizza, o que acha?
Esse era o seu lado que me dava mais medo, pois depois disso ele sempre me batia, minha mãe inventava algo que me fazia ficar com novas dores dos chicotes no meu corpo.
— Tudo bem! — digo me deitando e indo para sua frente. — Mas, isso é quando voltarmos para Londres, né? — perguntei.
Ele me puxou pela cintura, e sussurrou no meu ouvido: — Uhum.
— Então, vamos esquecer isso, por favor! Vamos aproveitar o momento que eu posso tocar em você, que eu posso olhar para você, que eu posso ter uma conversa com você, melhor ainda que eu posso te chamar pelo nome. — digo sorrindo.
Eu sei o que é ser uma submissa, tendo que me submeter aos comandos de um dominador. Infelizmente passei a minha infância inteira, sendo uma.
— Ok, pequena! Vamos descansar que amanhã nós dois vamos para casa da minha mãe, ou daqui a pouco mesmo. — sorrio envergonhada.
— Mas, eu pensei que seria daqui a cinco dias. — murmuro.
— Sim, como você mesma disse seria. Nós iríamos somente do dia 25, mas minha mãe quer te conhecer. Faz tempo, já. — fala sorrindo, como se fosse normal.
— Ah... Ok, então. — digo me alinhando debaixo da coberta, me sentindo realizada e dormindo nos braços do homem da minha vida.
Acordo sentindo o peso dos seus braços sobre a minha barriga, abro meus olhos e resmungo algo que eu mesma não entendi. Levanto sem que ele perceba, e saio pela porta a que liga o nosso quarto eu fui tomar um banho. Mesmo com todos os meus medos e temores, eu o quero, mesmo que eu precise me entregar a ele como sua submissa, eu farei isso.
Ninguém escolhe por quem se apaixona, e eu sempre pratiquei isso, mesmo que na época eu fosse uma criança e fizessem sem a minha autorização. Hoje não, eu me entreguei a ele por que eu quis, permiti que ele me amarrasse.
Prazer, foi isso que eu senti. Tudo diferente, do que eu já vi. Diferente do mundo que eu conheço, eu nunca senti prazer. Sempre sentiam com o meu corpo. Eu tenho motivos de sobra para não permitir que ninguém me amarre, e me bata com o chicote, mas eu simplesmente não quero. Eu o amo, e me entreguei para ele, da forma mais pura que eu já fiz algo na vida.
Talvez eu esteja parecendo uma louca, sofri minha infância toda, que me resultou em síndrome de medo, tenho medo de qualquer coisa, mas quando eu estou com ele eu me sinto segura. Há única coisa que me deixa mal, é saber que se ele me machucar ele sentirá prazer nisso. Eu não quero ser machucada, então serei obediente, e não vou questionar às suas ordens. Eu tenho medo que ele me troque por outra, e se isso acontecer eu não terei mais encaixe na sua vida, e voltarei a morar na rua.
E se ele te encontrar? Meu subconsciente me pergunta, ele não vai me encontrar. Já se passaram sete anos ele nem deve lembrar da minha existência.
Isso é você que pensa, ele era obsecado por você. Ela insiste.
Mas é verdade, suas palavras fazem eu me lembrar de um dia que ele bateu na minha mãe na minha frente só porque ela disse que eu estava pronta para dar para outros homens. Ele nunca bateu nela, não na minha frente, eu fiquei apavorada e ele só parou quando eu implorei para ele parar. E ele parou e me levou com ele, e eu fiquei com ele para manter ele longe da mamãe, mesmo ela não me amando eu me importava com ela.
Passando aqui, para deixar mais um capítulo para vocês.