Nota do autor: Oi leitores. Eu estou adorando o feedback que essa fiction está recebendo. Fiquei um tempo sem escrever por culpa de alguns problemas pessoais e bloqueio criativo. Gostaria que comentassem e criticassem construtivamente essa história, pois eu quero melhora - lá cada vez mais. Me sinto tão próximo de Karen e Rose, e espero que também sintam isso, é maravilhoso ser uma delas. Nós mostra como ver a vida de muitos ângulos, e que problemas podem ser resolvidos se você permitir que alguém lhe ajude. Novidades e verdades virão à tona.
É isso aí, boa leitura! Allons-y!
POV Karen
Permanecemos quietas por alguns minutos. Eu peguei em sua mão, a olhei e mantive nossas mãos juntas. Rose mais uma vez, derrubava lágrimas. Eu não me contive, eu queria muito abraça-la. Então sai do banco do passageiro e subi no seu colo, olhei nos olhos e lhe dei um abraço. Parecia pouco pra mim, mais enquanto ela chorava, sua cabeça em meu peito parecia confirmar que aquilo havia conformado ela. Eu a beijei na testa e pedi para sairmos do carro. Ficamos mais alguns minutos abraçadas dentro do carro.
- Acho melhor sairmos, nossos país vão pensar coisa da gente. - eu disse.
Rose parecia não me ouvir e me apertava mais forte. Aquilo era muito bom, não queria me desgarrar dela. Aos poucos ela parava de chorar em meu peito. Se eu pudesse, não sairia de seu abraço quente. Então eu abri a porta do motorista para sair e dei um beijo em sua testa, daqueles bem demorados. Quando já estava com metade do corpo para fora, Rose me puxou pelo braço e beijou minha testa e nariz. Nossos olhos pareciam conectados e o tempo havia parado novamente. Decidi sair de perto para não acabar beijando ela. Dei a mão a ela para que ela saísse do carro. Ela travou as portas e voltamos pra dentro da casa. Quando abrimos a porta, vimos nossos pais jogando dominó em silencio. Papai parecia levar o jogo a sério. Até que enfim Beth parou de rir. Rose estava segurando minha mão com força, e eu me sentia segura com aquele aperto. Sentamos no sofá branco e começamos a ver TV. Estava passando "Cidades de Papel." Rose estava sonolenta e parecia dormir em meu ombro direito. Fiquei com pena de balançar o ombro para acorda - lá. Ela ainda apertava minha mão enquanto o sono tomava conta dela aos poucos. Olhei para papai esperando que ele falasse que estava tarde e tínhamos que ir embora. Olhei para o relógio de pendulo próximo ao sofá. Ia dar meia-noite. Então quando papai me olhou, franzi as sobrancelhas tentando alerta - lo do horário. Rose cochilou em meu ombro sem se preocupar. Papai todo sem graça, soltou aquele "Então, já está tarde e temos que ir" a Beth. Beth olhou em minha direção e viu Rose deitada em meu ombro, está mesma que escorregou a cabeça e caiu no meu colo. Fiquei vermelha com aquele momento, pois quando Rose encontrou meu colo, sorriu e se acomodou. Eu passei a mão em seus cabelos enquanto papai e Beth nos encaravam. Naquele momento minha fase de criança e adolescência passou em meus olhos, e me lembrei de cada momento, abraço forte e colo que eu recebia de Rose quando me sentia mal. Beth encheu os olhos de lágrimas e perguntou:
- Não querem dormir aqui?
Papai olhou para mim esperando a resposta, e eu disse:
- Não Beth, obrigado de coração. Rose tem trabalho amanhã e não quero ser inconveniente.
Papai e Beth se encararam por alguns segundo e ela respondeu:
- Tudo bem então, obrigado por terem vindo.
Papai me olhava levemente assustado enquanto eu arrumava Rose cuidadosamente no sofá para não acorda - lá. Papai guardava os dominós com Beth enquanto eu esperava por ele na porta, com a cara séria. Então ele veio até mim, me encarou por alguns segundos e riu internamente. Saímos pela porta e ao chegar ao meio fio da calçada papai disse:
- O que aconteceu com a minha Karen? Em momento algum vi você empolgada por rever Rose.
- Sabe papai, ver Rose foi legal. Mas parece que ela amadureceu mais que eu. - Indaguei.
- Você não deve pensar assim Karen, vocês tiveram uma infância boa e trilharam caminhos diferentes da adolescência em diante. - Papai respondeu.
- Porem papai, Rose não é a mesma. E doí só de pensar no que ela fez enquanto eu não estive aqui. - Respondi.
Atravessamos a rua em silêncio e ao chegar do outro lado, papai continuou:
- Ela não te esconderia nada, Karen. Vocês duas sempre formaram um elo. Pareciam irmãs até.
- Espero que esteja certo papai, não quero ter que descobrir os podres que Rose fez enquanto estive fora. - Respondi enquanto respirava fundo.
- Rose teve uma boa criação, assim como você teve. - Papai respondeu enquanto sorria e uma lágrima saia de seus olhos.
Me bateu um arrependimento por papai não saber o que fazíamos quanto saiamos. E quando chegamos a porta, eu o abracei forte. Ele ficou sem reação por alguns segundos e me envolveu em seus braços. Entramos em casa, e eu estava cada vez mais confortável com aquele visual elegante que deixei para trás quando viajei. Corri até meu quarto e me joguei no colchão de molas que fazia barulho quando eu pulava. Olhava para o teto e sorria sem motivo. Todos os maus pensamentos sobre o que Rose tivesse feito invadiram a minha mente, e eu não conseguia chorar. Apenas sorrir automaticamente. Papai ligou o chuveiro e foi tomar banho enquanto eu sentia meus olhos encherem de agua, mais meu choro se manter preso. Eu olhava para todos os lados tentando distrair a mente que pensava somente em Rose. Sentei na cama, olhei para a minha cômoda branca do meu lado esquerdo esperando uma resposta. Corri até a ultima gaveta da cômoda, onde guardava meus pequenos bichos de pelúcia. Havia um Tigrinho com um zíper onde eu escondia o que quisesse. Quando o abri, havia um cigarro velho partido ao meio e duas giletes enferrujadas. Peguei as Giletes e dei a volta na cama até a Janela. Olhava as estrelas, a lua cheia, as casas todas iguais. Meus olhos estavam transbordando e eu precisava chorar, mas nada manifestava minha tristeza além de um sorriso besta. Que vontade de quebrar tudo, xingar o mundo inteiro e me perguntar...
"Por que te abandonei aqui, por que não estive presente com você em todos esses momentos? "
"Aonde eu estava quando você queria apoio, um colo, um carinho, um abraço?"
"Por que eu não estava aqui quando você mais precisou de mim? Por que você fez tudo o que fez sem se arrepender?"
"E por que não me diz o que fez? Por que me faz se sentir assim?"
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Esqueça- Me
RomanceKaren e Rose sempre foram melhores amigas desde crianças. Karen tinha um sentimento forte não assumido por Rose. Rose sempre via Karen como seu objeto sádico por causa de suas experiências juntas. Porém, com algumas situações repentinas, elas se sep...