Agora eu sei.

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Nota do autor: Oi pessoas do meu Brasil varonil!

Há muito tempo que eu não venho pra cá, e devo deixar claro para vocês que estive ocupado durante alguns meses. Eu me alistei no exército e fui chamado pra ingressar. Foi 1 mês de formação e eu não tinha tempo nenhum para me dedicar a vocês. Peço desculpas...

Para compensar vocês meu leitores maravilhosos, escreverei durante essa semana três capitulos recheados de verdades sobre Karen e Rose que precisam ficar expostas. Ja segurei tempo demais algumas coisas. Espero que entendam meus motivos e um beijão em cada um de vocês. VIVA A LEITURA E..

Allows-Y!

POV Karen

Estava deitada querendo apenas que a minha mente parasse de falar. O teto parecia ser a coisa mais engraçada do mundo. Eu não consigo parar de sorrir. Não pensei que seria tão facil convencer rose com aquela carinha. Beth foi muito legal de me dar atenção aquela hora da manhã. Fui pedir o número de Rose para ela, já que estávamos ali. Ela regando seu jardim, e eu sorridente por ter visto Rose. Corri, peguei meu celular e joguei o número dela nos meu contatos.

"Rose <\3" - e a indentifiquei. Mandei uma mensagem e fiquei no aguardo, como se fosse receber a resposta imediata.

"Será que a Rose vai me responder?"

"Aquela vadia sorridente não tem tempo para as amizades" - dizia mentalmente.

Mas ao mesmo tempo eu me sentia vazia. Parecia que a qualquer momento mamãe me chamaria para tomar chá e assistirmos ao noticiário juntas. Peguei meu canivete e acendi a tela do celular diversas vezes enquanto olhava para a hora de fundo e o meu papel de parede. Aquele quadro de girassóis de Van Gogh me animava.

"Quer saber de uma coisa? Eu vou levantar logo e ver alguma besteira na TV!"

Pulei da cama e fui em direção as escadas. Papai gritou lá de baixo:

- Soltaram cavalos ai em cima, Karen?

- Sim papai, seus irmãos queriam lhe fazer uma supresa! - gritei enquanto ria.

- Menina, não me faça subir essas escadas e te lacear! - indagou papai.

E eu desci para abraçar o tal cowboy. Choramos de rir. Ele como sempre me mostrou aonde o café estava, sempre pronto, e já ia saindo sem me dar um beijo.

- Volta aqui Woody, você não vai se despedir não? - gritei

- Só você mesmo, Karen! - papai respondeu.

E me beijou como sempre na testa. Eu me sentia com 10 anos todas as vezes que ele fazia isso. E então ele saiu. Como eu ainda estava animada, e me sentindo criança de novo, eu fui mexer nas coisas dos meus pais no quarto. Sentir a nostalgia em alguns objetos era a única forma de manter meu dia alegre, do jeito que havia começado. Entao eu calcei meus chinelinhos rosa, e prometi mentalmente queima- los depois, pois não gosto mais de rosa. Quando cheguei na porta, senti uma nostalgia tomar conta do meu corpo, anceiando por um abraço, pois mamãe sempre deixava a porta meio aberta, e de longe me via quando eu achava que podia assusta -lá.

"Eu queria o seu abraço agora mamãe..."

Entrei e comecei a reparar em cada canto daquele quarto. Acho incrível o quando os meus pais conservavam as coisas no mesmo lugar, sem tirar nem colocar nada novo. As paredes em um tom amareladinho, os armarios pomposos de madeira das antigas, com pequenas maçanetas de ferro, dois criados mudos em cada lado da cama para as suas respectivas coisas, uma janela com uma das vistas mais bonitas lá pra fora e o piso feito de madeira, bloquinho por bloquinho. Era só entrar pra sentir ser atingida por um tiro de saudades. Me joguei no chão, pulei na cama, joguei a roupa no chão, desarrumei a cama, e corri para as gavetas. No criado mudo do papai eu só encontrei aparatos para se usar no sapato social. Graxa, meias sociais, escovão, o de sempre. Então decidi mexer no criado mudo da mamãe. Como sempre, pedindo mentalmente para ela, como sempre fazia na infância.

" Me desculpa mamãe, mas agora você sabe que eu mexia nas suas coisas escondido."

Encontrei suas meia- calças, sapatilhas de sua infância de bailarina, seus grampos de cabelo, fotos minhas de cabelo cacheadinho, e diversos remédios pesados, tarjas pretas e um bilhete dobrado. Mas uma vez pedi desculpas mentalmente para mamãe e peguei o bilhete para ler. Antes de abrir o bilhete, decidi ir tomar logo meu café e arrumar a bagunça que havia feito. Sai do quarto com tudo arrumado, pelo menos eu achava que estava pois nunca irei alcançar a perfeição da familia Williams. Eles conseguem manter tudo em perfeito estado, como se nada se desgastasse. Aquele pão integral feito na torradeira, com o café preto que eu aprendi a gostar desde os 15 anos era praticamente o que me animava pelas manhãs. Aquele bilhete ainda me encomodava, ardendo em meu bolso. Tomei o meu café as pressas e corri novamente para o quarto. Abri a porta e corri em direção ao criado mudo. A má sorte que dei foi de ter tropeçado batendo a o dedo mindinho do pé na cama.

"Dói e da uma vontade de morrer ao mesmo tempo" - pensei.

Mas o tempo que fiquei caida no chão me fez perceber que havia algo embaixo da cama. Algo presso no foro. Puxava mas parecia não soltar. Saquei meu canivete do bolso, e consegui recortar a costura que havia em volta. Era um celular daqueles Motorola antigos, que abria a telinha. Quando eu abri, ele estava com umas 50 mensagens e várias ligações intituladas com o nome  "Richard". Levantei as pressas e ali meu dia e humor ja haviam mudado. Me levantei e comecei a arrumar a bagunca que tinha feito. E só então, depois de manter o quarto arrumado e totalmente sem vestijos, eu sai e corri para sentar no degrau da escada, não sabendo como reagir. Então desdobrei devagar o papel, pois ele era amarelo, fino e parecia que iria rasgar com um simples movimento. Neles estavam as seguintes palavras:

" Daniel, não sei como irá contar a Karen, mas espero que seja o tão forte quanto eu estou sendo agora. Estamos passando por uma situação difícil, não só você como eu também não estou tendo motivos pra sorrir. Tentamos o quanto podíamos para que tudo desse certo. E deu, até os dias atuais. Descobriram que a doença se alastrou, e eu simplismente não tenho mais chance. Caso esteja lendo isso, talvez essas possam ser as minhas ultimas palavras, ou não. E se conseguir contar a Karen, mostre esse bilhete a ela. Ela merece mais do que ninguém saber como parti. Esperei cartas suas, mas se ela não enviou, foi por que deve ter acontecido algo. Espero que ela tenho lido as cartas que a enviei, entreguei para Richard, o carteiro do bairro. Caso não consiga ler o resto Karen, me perdoe. Acabei molhando o bilhete com minhas lágrimas. Manda um beijo para Rose, e espero que ela, você e seu pai se comportem muito bem aqui. Vou indo tá?

...                                         Beijos, Donna."

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