Anne
- Martin! - Exclamei. - Estás vivo!
E num ato inconsequente que provavelmente eu me arrependeria depois, abracei-o.
Eu abracei o Conde Drácula.
Senti um arrepio imediato. Martin estava gelado, porém era um frio confortante.
- Claro que eu estou vivo! - Exclamou ele tirando os meus braços do seu pescoço.
Senti-me um pouco embaraçada, abracei-me a mim mesma e desviei o olhar de Martin.
- Desculpa. - Disse eu. - Eu tive um...
Hesitei em dizer-lhe que tinha tido um pesadelo. O que é que isso lhe interessava? Contudo, o que é que ele estava a fazer sentado na minha cama?
- Tiveste um quê? - Ele incentivou-me a continuar e eu acabei por lhe dizer.
- Eu tive um pesadelo. Foi horrível! Inglaterra estava destruída, os rios eram sangue e um homem bonito matou-te. Arrancou-te o coração e mordeu-me. Foi tão doloroso... Parecia que ele me estava a matar...
Quando disse isto, levei a minha mão até ao sítio do seu coração. Pela primeira vez vi o Conde Drácula um pouco atrapalhado. Aquele momento podia ter sido bom, mas algo estava errado. O coração não batia. Ele não respirava. Algo estava mesmo muito mal!
- O que... - Comecei gaguejando. - O que é que se passa?
Eu estava assustada. O que raio se estava a passar?
Martin olhou para mim e a sua expressão de atrapalhado passou a furiosa. Ele agarrou na minha mão e tirou-a do seu peito.
- Vai dormir, Anne. Mantém-te fora deste mundo. - Disse ele furioso. Martin levantou-se da cama e saiu do quarto fechando a porta com força.
- Ele está morto! - Exclamei para mim mesma. - Mas como?
Martin
Saí do quarto de Anne batendo com a porta. O que é que me estava a acontecer? Baixava a guarda por um segundo e acontecia isto. Eu tinha de me concentrar no que realmente era importante.
Quando cheguei à sala, Henry estava lá. Entrei na divisão furioso comigo mesmo e sentei-me na minha poltrona.
- Está tudo bem, senhor? - Perguntou-me ele.
- Não. - Respondi.
- O que aconteceu, meu senhor? O que é que o deixou assim? - Inquiriu Henry.
- Tantos anos a construir esta muralha de gelo à minha volta para a ver desmoronar-se num dia. - Disse eu.
- Não estou a compreender, senhor.
- Anne. Anne, foi o que me aconteceu. - Expliquei.
- Aconteceu alguma coisa com a menina? - Perguntou Henry.
- Não, mas ela sabe que eu estou morto. Ou se não sabe, está desconfiada. - Contei.
- O que é que tenciona fazer, meu senhor?
- Vou deixá-la encontrar as suas respostas. Mas neste momento, vou ter de sair. Vou fazer uma visita a Marishia. - Disse eu a Henry. Ele abriu muito os olhos e olhou para mim.
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A Rainha do Drácula (Imortais #1)
FantasiaNo nosso mundo existe luz e escuridão. E entre a luz e a escuridão existe uma linha muito tênue. Qualquer erro pode mudar a tua vida para sempre... Anne era apenas uma garota desesperada que queria salvar a sua mãe quando tentou pedir ajuda ao própr...