Indo Para NY

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Após trancar a porta peguei minhas duas malas e coloquei no meu Audi, vi que as coisas do Jhon também estavam lá. Como meu Audi só suporta duas pessoas eu iria no meu mais novo brinquedo que estava na garagem.

- Nico - ele me olhou e eu joguei as chaves - Leve as coisas pro aeroporto. Encontro vocês lá.

- Onde você pensa que vai? - Stark perguntou me olhando

- Preciso ir à um lugar - falei e abri a garagem mostrando um carro coberto por uma capa

- Quando foi que isso apareceu aí? - Jhon perguntou surpreso

- Lembra quando fui pegar o Audi? - ele assentiu - Comprei esse daqui. Ele chegou dois dias depois de irmos a Nova York. Pedi a um funcionário do Buffet pra trazer pra casa

Falei e entrei na garagem, tirei a capa do carro revelando o Acura RDX cinza escuro. Peguei as chaves e entrei no carro ligando-o em seguida.

- Seu gosto pra carros é muito parecido com o do Stark - Natasha falou olhando o carro - Não é à toa que sejam parentes

- Onde você vai? - Stark perguntou novamente

- Preciso ir à um lugar - respondi simplesmente enquanto colocava o cinto

- Se você pensa que vai conseguir fugir, você... - eu o interrompi

- Vocês estão com minhas coisas, meus documentos, mesmo que eu quisesse não conseguiria fugir - falei olhando-o - Eu vou ir para o aeroporto em 20 minutos

- Vinte minutos - ele concordou e deu um passo para trás

Acelerei o a carro e fui em direção ao cemitério da cidade que era caminho do aeroporto. Fui acima do limite de velocidade permitido, mas dane-se, eu precisava ir lá. Estacionei o carro, desci e caminhei alguns minutos até o túmulo da minha mãe. Tinha uma foto dela, na lápide havia escrito. Bianca Agostini, exemplo de filha, amiga, mulher e mãe. Meus olhos lacrimejaram ao ler as palavras na lápide que há muitos anos eu não visitava

- Oi mãe! - falei me sentando em frente à lápide - Desculpe ter sumido por tanto tempo, mas eu não tinha força e nem coragem pra vir aqui.

Falei e comecei a tirar algumas folhas secas que estavam na base da lápide.

- Eu me sentia mal em vir aqui, eu me sentia culpada pela sua morte. Diversas vezes pensei que teria sido melhor você ter se escolhido, que eu deveria ter morrido no seu lugar. Mas você escolheu a mim, então... obrigada. Se estou aqui hoje é porque você me amou de tal maneira que se sacrificou por mim e eu só tenho a agradecer. Obrigada por ter me deixado aos cuidados da tia Sam, obrigada por me mostrar o quanto você me amou antes mesmo de me conhecer, mas porque pediu pra que ele cuidasse de mim? Porque não deixou as coisas como estavam? Porque... - não consegui controlar o soluço em meio ao choro - Eu estou com medo, mãe. Sei as coisas pelas quais ele já passou, sei a dor de perder as pessoas que se ama. Não quero ser mais um nome na lista de sofrimentos dele.

Fiquei sentada em silêncio controlando o choro por alguns minutos perdida em pensamentos, olhei para as palavras escritas na lápide e sem que eu pudesse controlar uma frase saiu.

- Queria ter conhecido você - falei olhando a foto dela

- Não seria a mesma coisa, mas posso falar dela pra você - logo em seguida vi um vaso com lírios brancos ser colocado a minha frente, olhei para o lado pra saber quem era a pessoa e vi o meu pai, agora ele usava óculos escuros

- O que faz aqui? - perguntei com frieza enquanto secava o rosto

- Flor de lírio - ele ignorou minha pergunta - Esse é o significado do seu nome, a Bianca amava lírios, principalmente os brancos.

Susan, A Filha De Um Vingador (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora