Capítulo 7

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Vejo todos aqueles vândalos no chão e alguns correndo. Quando procuro quem me salvou, vejo um garoto lindo, olhos claros, mas tudo parece escurecer e apago.

Acordo num quarto branco e com uma dor de cabeça insuportável. Sento na cama e começo a analisar o lugar, parece o quarto de um homem.

A porta se abriu a as lembranças de ontem começaram a vir à tona, aqueles homem querendo abusar de mim, não vou chorar, mas preciso agradecer quem quer que seja que me salvou. O mesmo garoto que me salvou entrou no quarto.

Xxxx: ei, bom dia Jade - como ele sabe meu nome?

Jade: como você sabe meu nome, quem é você e onde eu estou?

Xxxx: eu sei porque o math me contou - ele conhece o math? E porque ele falou meu nome?- eu me chamo Ian, sou o irmão mais velho dele. Você tá na minha casa e o math já ta chegando, foi comprar o café da manhã.

Jade: ah, entendi. - agora tudo começou a se esclarecer- muito obrigada, você sabe... por ter me salvado daqueles vândalos - eu abaixo a cabeça e ela dói mais ainda

Ian: tudo bem, eu fui buscar o math e vi você lá, tive que ajudar, e como não sabia nada de você te trouxe pra cá.

Jade: ah. Obrigada- paro e penso - mais se o math é seu irmão e você mora aqui, porque ele é meu vizinho, quer dizer, porque não mora com você?- ele parece pensar

Ian: porque ele e a minha mãe..- ele para - não se dão muito bem

Jade: ah- alguém entra no quarto

Math: baixinha!- ele diz e encara o Ian, acho que eles não se dão muito bem

Jade: já mandei você parar de me chamar de baixinha seu idiota - eu digo voltando ao meu ''normal'' - alguém me dá um remédio pra dor de cabeça por favor? - o math rapidamente me entrega um comprimido - alguém pode me ajudar a achar um táxi pra voltar?

Math: eu te levo, eu tenho que ir embora também

Jade: não! - ele faz cara feia e começa a se aproximar

Math: tem certeza que não quer ir? - ele põe a mão na minha cintura e eu já sei o que ele vai fazer

Jade: não faça isso!

Math: você vai?

Jade: idiota!- digo e me dirijo ao Ian - obrigada mesmo, e até qualquer hora - dou um abraço nele e math o encara, tem alguma coisa entre eles.

Math: vamos baixinha

Jade: idiota! Para de me chamar de baixinha que você vai ver o que a baixinha faz - ele apenas sorri. Porque ele sorri? Tem hora que dá vontade de socar esse sorriso ridículo dele. A gente desceu a casa que estava vazia e fomos o caminho todo em silêncio. Subimos o elevador e ele está muito pensativo.- ei - ele me olha - eu disse que você não ia me ouvir dizendo obrigada pra você novamente, mas valeu viu? Até - escuto um ''denada baixinha'' bem baixo e solto um '' idiota '' que tenho certeza que ele escutou.

Quando eu entrei, fui direto pra cozinha procurar alguma coisa pra comer. Como quase um pacote inteiro de bolacha nikito e vou tomar um banho bem longo. Quando saio, pego meu celular que não para de apitar, vejo que tem 27 ligações perdidas e 38 mensagens, as mensagens são da Luiza perguntando de mim e dizendo que estava com o Tayler. Ela não perdeu tempo e algumas da Matilde, ligo para ela que logo atende

Matilde: pequena, porque não me ligou antes?

Jade: eu tinha esquecido Matilde, desculpa - faço uma pausa - estou com saudades, como você está?

Matilde: ah minha pequena, eu também. Tudo bem sim e você?

Jade: sim, já fiz até uma amiga! Como tá a minha mãe?- digo e ela não responde - Matilde, o que aconteceu? - eu posso até não me dar muto bem com a minha mãe, mas eu gosto dela.

Matilde: ela está com um homem

Jade: QUE?!!- ela não pode fazer isso, fazem apenas 2 anos que meu pai se foi e ela já tá com outro?

Matilde: eu tenho que desligar pequena, até mais

Jade: mas Matil..- ela desligou o telefone. Maravilha.

Eu não acredito que ela fez isso, ela colocou outro homem naquela casa, eu não acredito. Eu preciso me acalmar. Vou até o rádio e coloco um rock mais pesado possível e no volume mais alto, e canto junto, mas como sou a pessoa mais afinada, canto tudo errado.

Quem ela pensa que é pra simplesmente substituir meu pai de uma hora pra outra? Essa mulher é louca. Eu odeio ela!!

Eu to cantando e dançando que nem louca, sem me importar que posso ficar surda rapidamente. Mas alguém está esmurrando a porta.

Math: QUAL O SEU PROBLEMA GAROTA? PORQUE ESSA MERDA TA DESSE JEITO? - eu não estou no meu melhor estado, e foi ele quem pediu.

Jade: QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA VIR ATÉ AQUI GRITAR COMIGO, SEM NEM SABER O QUE ACONTECEU. ESSA MERDA DESSE SOM TA ALTO PORQUE EU QUERO E VAI FICAR ASSIM, EU NÃO SOU OBRIGADA A NADA E...- ele me beijou, mesmo não querendo, eu correspondi, ele é tudo de bom, mas vi que é errado, isso não é certo, me separo dele e ia voltar a gritar.

Math: você fala demais baixinha, só abaixa um pouco esse som.

Jade: não. EU NÃO VOU ABAIXAR ESSA MERDA, PORQUE ISSO -aponto para o som - É O CARALHO QUE ESTA ME MANTENDO BEM, VOCÊ NÃO SABE O QUE EU PASSEI ENTÃO CALA A SUA BOCA, E NUNCA MAIS FAÇA ISSO. - ele vem em direção a mim pra me beijar, eu dei um tapa na sua cara, não muito forte, mas parece que doeu. - eu disse pra nao fazer mais isso.

Math: você é muito marrenta baixinha, e isso doeu.

Jade: tá tá, agora me deixa sozinha que eu to estressada e preciso pensar.- digo com meu semblante triste, ele parece perceber.

Math: ei o que foi baixinha? Quer conversar?

Jade: não Matheus, vai embora - eu digo, mas por um minuto queria que ele ficasse, falar com alguém as vezes parece realmente bom, e o math, por mais que não seja a pessoa mais indicada pra isso, mas ele é o único, a Luiza está ocupada, ou estava não sei.

Math: tem certeza? - eu vou me arrepender disso, tenho certeza.

Jade: entra vai - dou espaço pra ele passar e desligo o som. Pego nutela e morango na geladeira e vou para o sofá, ele me acompanha. Ligo a televisão num canal qualquer e sentamos.

Math: eu quero

Jade: vai pegar, não sou sua empregada

Math: gracinha - ele diz e vai buscar. Sentando-se do meu lado. Ficamos um momento assistindo sem nos falar. Estava tão bom, acabei me sentindo em casa.

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