Capítulo 38

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Matheus POV's

Lucas tinha razão, não podia me desesperar, mas o que eu também não posso fazer é deixar ela ir embora.

Jade POV'S

Deixei a carta no apartamento do math, pois sabia que todos leriam, chamei um táxi e fui ao hospital, pois fiquei com medo de ser algo grave.

Chegando lá, após esperar um longo tempo na fila de espera, o doutor me chamou e logo após eu iria embora.

[...]

Matheus POV's

Os meninos foram embora e eu fui para o aeroporto, o mais rápido que eu pude, pegando um engarrafamento enorme, que me atrasou mais de uma hora.

Chegando lá eu entro correndo, as pessoas me olham torto, subo as escadas e ouço a moça do alto falante ''ultima chamada para o vôo 235-07 com destino ao Brasil''

Nessa hora meu coração parou, eu entrei em pânico, não sabia se corria, se chorava, fui em direção aos portões, mas um segurança me parou

Segurança: passaporte por favor

Math: não moço, eu preciso ver uma pessoa que está aí dentro, preciso me despedir e....

Segurança: é, todos dizem a mesma coisa, vamos voltando, pode ir

Math: você não tá entendendo né? Basicamente o amor da minha vida está prestes a voar para um oceano de distância de mim, provavelmente para sempre, e você quer me impedir?

Segurança: acho que quem não está entendendo é você, o senhor não pode passar por aqui sem um passaporte, então queira por favor se retirar

Math: você vai ter que me tirar a força

Segurança: então vamos - ele me pega pelo braço, afrouxando um pouco para chamar outros guardas pelo rádio - reforço na ala 9 reforço, repito, reforço na ala 9 - aproveito de seu momento de distração e saio correndo por ele, corro até lá e vejo o avião subir. Agora já era tarde demais, tarde demais para fazer qualquer mudança, tarde demais! Eu ajoelho no chão e me ponho a chorar.

Momentos ao lado dela começam a vir à minha mente, suas birras, suas manhas, seus bicos, quem diria que aquela figura de 1.59m faia todo esse estrago na minha vida, me tornou o homem mais feliz desse mundo ao dizer sim, e acabou com ele, ao partir. Eu não sei se vou aguentar. Não sei se posso. Mas como poderia?

Viver sem seus xingamentos, sem seus berros, ou até mesmo sem suas músicas altas fora de hora. Como poderia? Isso não seria possível nem em mil anos.

Alguns seguranças vem para me buscar, mas eu me levanto e vou em direção ao balcão para comprar passagens, eu vou buscar o amor da minha vida.

A recepcionista me fornece a passagem meio receosa, mas o vôo só vai sair amanhã, o que me dá tempo de ir em casa, saio rumo ao portão, caminho rápido, quero que o tempo passe o mais rápido possível, quero a mulher da minha vida ao meu lado, logo.

Caminho com um pouco depressa rumo à saída e por um instante posso ouvi-la me chamando - ouvindo vozes agora, que beleza - o som parece se aproximar, me viro e abro o maior sorriso de toda a minha vida. Aquela figura de 1.59 correndo em minha direção, provavelmente me xingando. Corro em sua direção da mesma forma, em busca de felicidade, e quando ela está perto de mim pula nos meus braços quase nos derrubando, e eu  seguro em suas pernas, ela me abraça quase me esmagando.

Math: nunca mais faça isso meu amor - dou um beijo nela, um beijo de saudade, amor, carinho, o beijo que eu tanto precisava para ficar bem! - você não pode fazer isso comigo pequena, como achou que eu viveria sem você? Isso mesmo, não viveria, você me fez me acostumar com essa sua carinha Maravilhosa e... - ela põe um dedo na minha boca carinhosamente pedindo silêncio

Jade: cala a boca.. meu amor - então nos beijamos novamente, poderia fazer isso por horas, que não me cansaria, nunca. - eu ia embora mesmo, estava dentro do avião já, então eu olhei para a janela e vi você armando o barraco, e foi a gota d'água. Eu não poderia ir embora. Não agora. - a olho confuso e ela sorri, a solto no chão, mas ainda a abraçando

Math: você voltou pela minha ilustre presença então? - sorrio

Jade: idiota - ela me dá um selinho - também

Math: como assim também? Ah, tem os meninos também né - dou um sorriso fraco, ainda confuso

Jade: também - ela sorri e morde o lábio

Math: então porque mais?

Jade: quanto é 1+1?

Math: 2 ué, mas porque a pergunta?

Jade: não meu amor, tecnicamente são 4 - ela põe a mão na barriga

Math: espera... Você..

Jade: sim, vou ficar uma barriguda chata e rabugenta

Math: eu não acredito - a pego pela cintura e giro - eu sou o homem mais feliz do mundo eu te amo meu amor - a aperto de tanta felicidade

Jade: eu também te amo meu amor, mas cuidado com os bebês

Math: os?

Jade: é que são gêmeos - ela sorri ainda Maravilhada - ainda não dá pra ver o sexo porque tô de poucas semanas mas..

Math: eu te amo demais - a aperto em meus braços, beijando carinhosamente, da forma mais especial possível, expressando todo o meu amor, que é um pouco impossível, por tudo que sinto por ela - vamos contar para os meninos, tenho certeza que eles vão ficar muito felizes - ela baixa a cabeça

Jade: math, eu não tenho certeza se eles vão gostar... Até você, você sabe o que aconteceu

Math: ei- pego em seu queixo levantando seu rosto - esquece isso, todo mundo chorou com aquela sua carta e estão muito chateados com você por não ter sequer se despedindo, agora vamos, porque seremos papais - a abraço mais ainda - eu não consigo acreditar - a beijo e sorrimos, numa felicidade nunca vista antes.

Narradora POV

Eles vão para o apartamento do math para encontrar o restante do pessoal, que ainda não haviam ido embora, esperando o Matheus chegar. Quando chegam, o mais novo papai chega todo alegre, com um sorriso nunca visto antes e diz, da forma mais carinhosa possível:

Math: vamos ser papais - jade aparece atrás dele, toda acanhada e Matheus a puxa para seu lado

Luíza: jade, sua biscate, como você cogitou a ideia de fazer isso comigo - a morena abraça a nova mamãe com saudade uma da outra - é verdade? - ela diz se referindo às crianças

Jade: é sim, e ainda são dois

Luiza: gêmeos? Não brinca - a morena diz toda contente - eu já sou madrinha e não quero nem saber - jade apenas sorri, e é interrompida por Edu, que chega todo cauteloso

Edu: fala gorda, vou ser mais carinhoso, eu posso ser.... Tio? - ele pergunta com toda a cautela do mundo ao tocar a barriga da moça

Jade: gorda nada, pelo menos ainda não - ela faz careta

Lucas: fala baixinha - ele diz mais descontraído que Dudu - ainda tô bravo, mas tô feliz, tô bem feliz - ele dá um sorriso acolhedor e a abraça.

O grupo passou o restante da noite a brincar e zuar, depois foram todos para seus cantinhos, pois sabiam que a partir dali seria um caminho Maravilhoso, repleto de carinho, felicidade, brincadeiras, e principalmente de amor. Pois, por mais clichê que seja;

O que Deus uniu ninguém separa.

***************FIM***************

De Repente!Onde histórias criam vida. Descubra agora