Capítulo 30

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Acordo com beijos no meu rosto

Jade: poxa Matheus, qual seu problema, ainda tá cedo - me viro e ele me abraça

Math: não tá não, hora de ir pra escola

Jade: não quero ir hoje, pode ir você - digo voltando a dormir e sinto ele levantar. Rapidamente durmo denovo, mas ele me acorda novamente com um beijo na testa, ainda meio sonolenta apenas sorrio

Math: eu volto daqui a pouco viu pequena?

Então eu durmo. Novidade. Cala a boca! Acordo e já são 10 horas, com alguém batendo à porta, quem deve ser? E por que tá me acordado?

Vou até lá, só com a blusa do math mesmo

Jade: o math não esta, então - digo abrindo a porta e vendo quem eu menos queria ver na minha vida inteira, 7 bilhões de pessoas no mundo, e justo ela, a mulher que de uma forma ou de outra, acabou com a minha vida. - Pâmela?

Pâmela: oi filha, posso entrar?

Jade: não. Essa não é a minha casa, é do meu namorado, que inclusive não está. Agora pode voltar pro inferno- digo fechando a porta pois eu sei que não aguentaria segurar minhas lágrimas por muito tempo.

Mando uma mensagem pro math

Mensagem On

Jade: math, tem como você vir pra casa?

Math: tem, aconteceu alguma coisa?

Jade: na verdade aconteceu sim, e traz comida?  :X

Math: okay, to chegando

Mensagem Off

Ela continua a bater na porta, dizendo qualquer coisa que nao presto atenção, pois estou muito ocupada, lembrando de tudo, de como aconteceu, o acidente, e depois de meros meses, ela coloca um homem qualquer dentro de casa, dentro da casa dele.

O math entra para dentro de casa

Math: tem uma mulher ali na porta, você viu? - ele me olha no chão chorando e vem ao meu encontro - ei, o que houve? Você é a última pessoa que imaginei chorando, me conta

Jade: ela Matheus, a minha mãe - digo chorando e ele me abraça

Math: você sabe que vai precisar falar com ela né pequena?

Jade: eu sei, mas eu não quero, nao sei se consigo fazer isso, mas por favor - tento secar um pouco as lágrimas - só me abraça por um minuto

Ele não se manifesta e me abraça, um abraço caloroso, quente e que me traz paz. Só preciso disso pra viver, mais nada. Eu sei que tenho que falar com ela, e como ela conseguiu aparecer aqui? Mas não dá, ou ao menos eu acho.
Não devo nada à ela. Ela que me deve.
Explicações.

Me levanto recompondo-me

Jade: eu vou lá falar com ela

Math: eu ia me oferecer para ir com você, mas é assunto de mãe e filha. - ele me dá uma olhada sorrindo - você não deveria colocar uma roupa, e não estar só com a minha blusa pequena?

Jade: você tá adorando né, bom, eu posso tirar - eu tiro a blusa ficando só de lingerie - e sair por aí, desfilando meu corpinho maravilhoso

Math: mas você também pode colocar a minha blusa porque ninguém tem que ver a minha namorada semi nua por aí - ele me entrega a blusa

Jade: coisa linda - digo vestindo a blusa e sorrindo, mas me lembro do que estou prestes a fazer e meu sorriso some na hora

Math: ei ei ei - ele pega minha bochecha - não vai chorar, você vai botar seu sorriso mais lindo - ele me dá um selinho - e vai arrasar, dar um fim nesses problemas de vocês - outro selinho - e me contar tudo enquanto eu vou fazer algo bem gostoso pra você comer.

Jade: só você mesmo - vou saindo pela porta, mas ele me puxa para um beijo quente e morde meu lábio inferior. Apenas sorrio e abro a porta, vendo ela com algumas malas e toda a maquiagem borrada por causa do choro.

Ela vem na minha direção para me abraçar, mas eu me esquivo e abro a porta do meu apartamento, que está em perfeita ordem, como o deixei. Olho para trás e ela está parada.

Jade: você não quer entrar? - ela me olha meio indecisa e entra, trazendo suas malas.

Pâmela: jade, meu amor, me perdoa..

Jade: não. Não quero saber de desculpas. Eu quero saber por quê. Porque depois de tudo, você colocou alguém na casa do MEU pai? Porque Pâmela? Eu não entendo. - lágrimas ameaçam cair, mas eu não deixo.

Pâmela: você não entende...

Jade: realmente, eu não entendo, porque você fez tudo isso, sem me consultar. Se você estivesse só, sei lá, namorando, tudo bem. É normal seguir em frente, agora outro na nossa casa não. Não admito. E se você não tiver uma razão muito boa pra isso, pode ir embora.

Pâmela:  Murilo é um dos sócios da empresa. A gente já se conhecia a algum tempo, conversa pra outra hora, nas eu estou doente jade

Jade: ah, então o vagabundo tem nome, e que você é doente mental, disso eu sei, mas não justifica. - digo irônica

Pâmela: não diga isso, você não o conhece, e eu estou doente de verdade jade, estou com câncer no cérebro, e os médicos de lá disseram que tenho pouco tempo de vida, vou tentar a medicina daqui, mas não tenho muitas esperanças. Não espero que me perdoe, mas sim que possamos recomeçar. Eu aluguei um apartamento daqui, pois sábia que não ia nos querer aqui.

Eu não sei o que dizer. Ela está doente, de verdade. E por mais que eu não esteja muito bem com ela, ela continua sendo a minha mãe. E no fundo eu ainda a amo, mesmo não gostando de admitir. Você deve estar pensando como eu sou chata e indecisa. Mas não. Não é isso..

Jade: espera.. nós?

Pâmela: sim, eu, o Murilo e o Nicholas, filho dele, ele é da sua idade, acho que vocês vão se dar muito bem - ela põe a mão na cabeça e segura na porta

Jade: você tá bem?- vou em direção a ela

Pâmela: sim, são só efeitos dessa doença.

Jade: certo. Ainda bem. Agora me dá licença porque eu tenho que voltar pro meu namorado.

Pâmela: tudo bem, mas o Murilo quer te conhecer, ele cozinha muito bem. Te ligo pra te avisar quando e onde.

Jade: ta

Pâmela: por favor, vá, eu preciso disso.

Jade: vou pensar, agora vou voltar pro meu namorado.- digo abrindo a porta e saímos. Nem me despeço dela que desce no elevador para o andar de baixo. Muita coisa para processar. Entro na casa do math e ele vem em minha direção com um pano de prato no ombro, como ele tá lindo assim. Lindo desse jeito que só ele é.

Math: e aí amor? Resolveram? - sorrio

Jade: do que você me chamou?- passo meus braços na sua cintura e beijo seu queixo

Math: amor, meu amor - ele me pega e me beija, um beijo sapeca e gostoso.

Jade: já sim meu amor, ela tá doente - meu sorriso some- e vamos ter que ir conhecer o novo namorado dela

Math: vamos?

Jade: sim. Agora pode inventar algo bem gostoso pra fazer hoje porque você não vai voltar pra faculdade

Math: humm, deixa eu pensar onde eu vou levar a minha namorada? - ele me dá um selinho - parque de diversões.

Jade: haaaa eu não acredito - encho ele de beijos por todo o rosto - de noite vou te dar um presente - digo maliciosa e ele me olha e me beija.

Ele é tudo o que tenho no momento, a minha paz em meio ao caos.

Vou recomendar a história da minha amiga, acho que vocês vão gostar http://my.w.tt/UiNb/H8Yvq16CXw
''improváveis''

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