Não sei muito bem como vim parar a este bairro misterioso, um pouco nojento, mal iluminado, sei lá, não tenho nomes mais pesados para descrever este sítio. Não faço a mínima ideia como sair daqui e estou cheia de medo.
- O que é que uma princesa está a fazer aqui? – perguntou um individuo que não transmite qualquer tipo de afinidades.
- Uma menina como tu não devia de andar por estes lados, principalmente assim vestida. – afirmou olhando para o meu vestido castanho.
- Acho que temos hoje diversão, James. – riu-se enquanto me tocava no ombro.
A única reacção que tive foi começar a correr até que alguém agarra-me o braço e me puxa para um beco sem saída. Não cheirava a álcool como os outros homens, tinha um perfume parecido com o do meu pai, mas, mesmo assim, não sei quais são as intenções dele para comigo.
- Solta-me! – gritei
- Queres que eles te violem? – sussurrou
- Não. – quase que suspirei a palavra.
- Então cala-te e segue-me. Até que és bonita, mas não és o meu tipo.
- Ainda bem. – disse, sussurrando e bafando a seguir.
Ele guiou-me até uma pequena casa pintada de branco, com duas janelas e com uma porta verde. Bastante diferente da minha, mas não tenho para onde ir a esta hora da noite.
- Entra.
Quando passei da porta para dentro, avistei um sofá, um pouco desfeito e sentei-me de imediato. Os meus olhos procuraram a pessoa que, supostamente, me salvou a vida, mas fracassei.
- Queres comer alguma coisa?
Pela primeira vez olhei-lhe para o rosto. Tinha olhos verdes brilhantes, cabelo encaracolado despenteado, uns lábios meio rosados e era alto. Tenho de admitir, ele era bastante atraente.
- Aaa… n-não, obrigada.
- É assim hoje tens de ficar aqui, visto que o meu irmão levou o carro. Terás de dormir no meu quarto.
- Eu? Mas tenho de dormir contigo? – perguntei confusa.
- Tens essa opção ou dormes no chão. O que preferes?
- Não podes tu dormir no chão? – questionei inocentemente e com uma certa esperança de que fosse dizer que "sim".
- Desculpa lá, ajudo-te a fugir de violadores e de gajos metidos na droga e agora queres que te ceda a minha cama? Se estás habituada a ser tratada como uma princesa, calhas-te no lugar errado. – disse, levantando o tom de voz gradualmente acabando por gritar.
- Tu não sabes nada sobre mim para estares a afirmar tal coisa. – berrei.
- Se me voltas a levantar a voz, pego em ti e levo-te para o sitio de onde te salvei. – disse tranquilamente, mas com o olhar cheio de raiva.
- Desculpa. – murmurei.
- Assim gosto mais. – sorriu, mostrando os seus dentes brancos, perfeitamente alinhados.
Bruscamente, puxa-me o braço e subo umas escadas, que rangiam a cada degrau e entrei num quarto, pintando de azul, laranja e vermelho. A cama de solteiro estava encostada a uma parede que possuía uma janela. Atrás da cama tinha pendurado um quadro a preto e branco. Estive pouco de tempo a tentar decifrar o que lá estava retratado, mas depois de algum esforço percebi que era um casal.
- A tua cama improvisada está feita. Eu tenho de ir lá abaixo tratar de umas coisas.
- Obrigada, aham… aham…
- Harry. E tu como te chamas?
- Allie. Desculpa continuar a chatear-te, mas tens algo para eu usar como pijama?
- Escolhe uma camisola qualquer que está em cima daquela cadeira. – apontou e saiu do quarto.
Em cima da cadeira, somente estavam camisolas pretas com o símbolo de algumas bandas, que suspeito que sejam daquelas “pesadas” que o meu primo toca com os amigos.
Optei por uma camisola dos Queen, a banda predilecta da minha mãe.
Vesti-a, deixando o material deslizar pelo meu corpo e deitei-me na cama improvisada, que era apenas dois cobertores por baixo e outro para me tapar. Fechei os olhos. Tentando dormir, mas sem grande efeito. De repente, ouço o som de uma garrafa e partir. Ouço gritos também.
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† Choice (Harry Styles Fanfiction) † (SLOW UPDATES)
De TodoSerá que uma paixão vai ser um obstáculo para Allie Bradshaw? Será que ela vai encontrar a sua alma gémea? Será que Harry Styles vai perder-se de amores por esta rapariga inocente? Será que estão destinados a ficar juntos até que a morte os separe...