# Allie POV #
Permaneci entre aquelas quatro paredes lilases e apenas a conversa com Harry me ocorria na mente. Pareceu que teve exactamente a mesma reacção que eu, quando lhe falei de um suposto namorado, que na realidade não existia. Só de me lembrar fazia-me rir. A vontade de o ver aumentava dentro de mim, queria saber como estava, mas a coragem não se encontrava do meu lado. O meu telemóvel tocou, interrompendo as minhas questões anteriores.
- Estou?
- Allie, vem ter comigo?
- Não mãe, tenho assuntos para tratar.
- Está bem filha, mas vou ter de ficar aqui pelo menos 1 semana.
- Tudo bem.
- Durma bem.
- A mãe também. – e ouvi o “pi-pi-pi” da chamada terminada.
Pousei o meu telemóvel em cima da mesa de cabeceira e a minha mala caiu mostrando a receita do Harry. Raios, como é que eu me fui esquecer disto? O coitado pode estar cheio de dores e não tem nada para as aliviar. Tinha de ir busca-lo e ir á farmácia. Não, era melhor não. Tinha a certeza absoluta que ele quererá pagar a conta e o dinheiro podia-lhe fazer falta.
Desci as escadas, duas a duas, e tirei as chaves do carro da minha mãe: um Porshe Panarema branco. Saí o mais silenciosamente possível e fui para a garagem. Dentro da mesma existiam três carros: o porshe, um BMW série 5 preto (do meu pai) e um Audi r8 prateado cheio de brilhantes (da Charlotte). Entrei dentro do porshe, coloquei a chave na ignição e o motor do carro ganhou vida. Pus-me a caminho da farmácia de serviço e ao encontrá-la estacionei. Corri para o interior da farmácia e não havia ninguém no balcão, mas entretanto apareceu uma funcionária de bata branca.
***
Estava ali, à entrada do hotel. A minha coragem estava abaixo de 0. Não queria que ele pensasse que o estava perseguir ou algo parecido. Além de lhe querer dar os medicamentos, havia uma parte de mim que o queria ver. Aquela sensação já me era conhecida: aquele dia em que eu fui a casa dele e ele encontrava-se numa lástima no sofá. Suspirei e coloquei um pé dentro do hotel e daí mais passos foram deixados até chegar ao 22º piso. Reparei que a porta estava aberta e fiquei estática. Uma das empregadas estava a “fazer-se” ao Harry. Falava muito próxima da sua cara e movimentava-se de uma forma que se podia chamar atrevida. Não tive meias medidas e entrei de rompante no quarto e o Harry e a empregada, que era a Emily, fixaram o seu olhar em mim.
- Emily, não estás no teu horário de serviço?
- Sim menina. Eu vou-me já embora. – disse, enquanto baixava a cabeça e olhava para os seus saltos altos bege.
- Emily, fica avisada do seguinte: se volta a aprontar uma coisa destas a um hóspede, o seu trabalho aqui poderá ficar comprometido. Fui clara? – questionei aquela mulher com máxima frieza.
- Sim. Com licença. – sussurrou, retirando-se da suite.
- Agora nós, meu menino. – falei, apontando para ele.
- O que é que eu fiz?
- Nada, foi esse o problema. Podias tê-la mandado embora. Ela estava no seu local de trabalho, Harry, e tu sabias.
- E daí? Ela é que veio para aqui e fez o que viste.
- Se ela voltar a incomodar-te, diz-me.
- Porquê?
- Porque eu posso despedi-la.
- Não penses que é com uma reclamação que as pessoas são despedidas.
- Meu querido Harry, o meu pai é dono deste hotel. Ele está noutro hotel fora do país e eu e a minha mãe “supervisionamos” este. Portanto eu tenho esse poder.
- Não fazia ideia. O teu pai tem mais hotéis?
- Sim, ele tem uma cadeia de hotéis espalhados pelo mundo como na Irlanda, no Dubai, no México, etc. Ele permanece no México, já que é lá que está o maior hotel. – reparei que os seus olhos perderam o brilho e decidi mudar de assunto - Mas eu não vim cá para falar de hoteis. Vim cá para te entregar os teus medicamentos. Apercebi-me que tinha a receita na minha mala e decidi comprar-tos.
- Quanto custaram?
- Nada. Roubei-os. – comecei a rir-me ao ver o seu estado de choque perante a minha mentira – Estava a brincar, palerma!
- Credo! – exclamou, pondo a mão no seu peito – Já estava a pensar que eras uma maluca.
- Toma lá os medicamentos antes que fiques com dores.
Harry pegou no saco e dirigiu-se á casa de banho. Aproveitei para me sentar na cama e para pensar naquilo que acabara de acontecer. Outra vez aquele sentimento de quase inveja da recepcionista. Era uma sensação estranha.
Entretanto Harry voltou ao quarto propriamente dito e sentou-se junto a mim.
- Allie… eu nem sei como te agradecer. – olhou-me fazendo reaparecer o seu brilho tão próprio.
- Não tens de agradecer. Eu não fui obrigada a fazê-lo.
- Eu sei. – pronunciou-se colocando a sua mão por cima da minha, fazendo-me encará-lo.
Voltámos aos diálogos visuais, até que, instintivamente, fui-me aproximando do seu rosto. Ele arregalou os olhos e colocou as suas mãos nos meus ombros, numa tentativa de me afastar delicadamente, e eu dei-lhe um beijo na bochecha. Achei que ele tinha percebido mal as minhas intenções. Suspirou e o sitio onde o beijei começou a ficar rosado.
- Está na hora de me ir embora – disse, levantando-me.
- Não queres ficar?
- Não obrigada. Tenho de voltar para casa.
- Mas já é tarde. Como é que vais apanhar um táxi?
- Eu não vou de táxi. Trouxe o carro da minha mãe.
- Então eu acompanho-te até á porta. – afirmou, levantando-se também e dirigimo-nos até á porta.
- Já é a segunda despedida hoje.
- À terceira é de vez.
- Porque dizes isso?
- Já passa da meia-noite, ou seja, hoje já me vou embora.
- E daí, somos amigos, lembras-te?
- Eu vou-me embora Allie!
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† Choice (Harry Styles Fanfiction) † (SLOW UPDATES)
DiversosSerá que uma paixão vai ser um obstáculo para Allie Bradshaw? Será que ela vai encontrar a sua alma gémea? Será que Harry Styles vai perder-se de amores por esta rapariga inocente? Será que estão destinados a ficar juntos até que a morte os separe...