† 8º Capítulo †

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- O quê? – gritei em plenos pulmões.

- Sim Allie, eu…

- Tu nada. – interrompi-o. – Porque não me disseste? Eu prometi a mim mesma que te ajudava!

- E ajudaste.

- Ajudei-te no quê? Levar-te ao hospital? Deixar-te num hotel?

- Já fizeste aquilo que nunca ninguém fez. O que eu vivi nesta última semana foi… intenso.

- Intenso?

- Quando estou junto a ti, sinto algo difícil de explicar, mas sinto. Quando te ausentas, anseio para te voltar a ver. – declarou-se, aproximando-se, pondo as suas grandes mãos no meu rosto.

- Eu também sinto o mesmo, mas não gosto de ti… por amor.

- Eu também não gosto de ti, apenas tenho esta estranha sensação.

- Quando te vais embora?

- Depois de amanhã, de madrugada.

- E vais para aonde?

- Um dia descobrirás.

- Amanhã posso vir cá, despedir-me?

- Sim, eu exijo uma despedida. - sorriu, mostrando as suas covinhas e os seus dentes perfeitos e brancos.

- Não te preocupes, amanhã cá estarei. – sorri de volta.

Harry aproximou-se mais e beijou-me na testa, abraçando-me. Caminhei até ao elevador e ele continuou encostado á porta, com as mãos entrelaçadas junto ao peito. Quando o elevador chegou, acenei-lhe e ele apenas sorriu, subocando algo, mas a minha leitura de lábios não é a melhor. As portas abriram-se no rés-do-chão e mal sai do elevador avistei Emily. Olhei-lhe com desdenhe e ela logo reagiu, pondo a sua atenção total no ecrã à sua frente. Continuei o caminho até ao carro. Sentei-me no lugar do condutor e liguei o rádio, que foi parar a uma estação qualquer e estava tocar uma música presumi que já fosse a meio:

As he begins to raise his voice

You lower yours and grant him one last choice

Drive until you lose the road

Or break with the ones you've followed

He will do one of two things

He will admit to everything

Or he'll say he's just not the same

And you'll begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend

Somewhere along in the bitterness

I would have stayed up with you all night

Had I known how to save a life (…)

(The Fray – How To Save a Life)

Nunca pensei que uma música pudesse explicar tão bem a minha situação com o Harry. Eu salvar-lhe-ia a vida se soubesse como. Eu ia perder um dos meus poucos amigos se não agisse rápido, mas podia pensar nisso de manhã. Tinha até ao dia seguinte para fazer algo. Com toda a música e pensamento cheguei a casa. Estacionei o carro na garagem e fui andando até á entrada da residência. Nem tive tempo de colocar as chaves na fechadura, pois Margaret antecipou-se.

- Menina, entre rápido.

- O que se passa? – entrei apressadamente.

- A sua mãe precisa que vá para a Irlanda.

- Porquê?

- Tem de lhe levar uma pasta importantíssima para uma reunião amanhã.

- Não podem mandar por expresso?

- Não, a pasta é importante e não pode andar na mão de qualquer pessoa.

- Quando tenho voo?

- Daqui a… - olhando para o relógio preto que levava sempre no pulso – 2h30m.

- Tão cedo? São 3 da manhã!

- O voo é às 5h30m e já lhe fiz a mala, por isso pode dormir uma hora. Eu acordo-a não se preocupe.

- O que eu faria sem ti Margaret. – abracei-a.

- Vá lá dormir.

Corri até ao meu quarto, atirei-me para cima da cama, adormecendo de imediato.

***

† Choice (Harry Styles Fanfiction) † (SLOW UPDATES)Onde histórias criam vida. Descubra agora