Prólogo

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   Raquel Cruz era uma menina bonita. Tinha cabelos castanho claros e lisos que iam até a altura das costelas, pele branca e olhos também castanhos. Amava a natureza e os animais. Era rica, porém simpática e bondosa.

   Tinha catorze anos, mas já estava prestes a fazer quinze. Não queria festa, muito menos as viagens que sua família sempre fazia - Nova York, Paris, Veneza, Sidney, Cairo, Atenas, Cidade do Cabo, entre outros. Raquel queria acampar numa floresta com seus amigos. E quantos amigos! Seriam quinze, no total, contando com ela mesma, a debutante.

   Raquel estava chorando em seu quarto. Seus pais não haviam gostado da ideia da filha acampar numa floresta, portanto, não permitiram que fosse. Seu travesseiro já estava molhado de tantas lágrimas caídas, até que, alguns minutos depois, alguém bateu na porta: era Pedro Cruz, seu pai. Ele entrou e chegou perto da filha.

   - Filha, me desculpa, mas é muito arriscado e sabemos o que estamos fazendo. A floresta que você queria ir é muito perigosa, e acho que vocês não iriam aguentar ficar no meio do mato, cheio de mosquitos e sem banheiro por perto.

   - Mas era isso que ia me fazer feliz, pai. - disse Raquel, com sua voz doce.

   - É por isso que pesquisamos melhor na internet e encontramos uma ilha no Oceano Pacífico que parece ser muito interessante. Tem uma casarão que podemos alugar lá, se você quiser ir pra lá com os seus amigos.

   Raquel abriu o sorriso mais largo que conseguira na vida e abraçou o pai.

   - Mas é claro que eu quero! Obrigada, pai!

Após o tempinho abraçados, Raquel pegou o celular e discou para os amigos. Aquelas duas semanas, sem dúvida, seriam inesquecíveis para eles. Bem, vale destacar que isso só serve para aqueles que ficariam vivos até o final, já que mortos ficam na memória, mas não têm lembranças...

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