Hudson acordou com a claridade que entrava pela janela. Estava deitado em sua cama, de um jeito desajeitado. Levantou-se, calçou os chinelos e desceu. Eram nove da manhã, o que significava que talvez os amigos estivessem tomando o café.
Chegando à sala de jantar, viu Raquel, Helen, Diana, Jonathan, Ana e Natasha comendo pão. Todos pareciam preocupados. Sentou-se ao lado de Ana e perguntou, enquanto pegava um dos pães de fôrma que estavam numa cesta:
— O que houve?
— Sônia. — respondeu Natasha. — Ainda não apareceu.
Hudson suspirou e lembrou-se do Covil. Lembrou-se das palavras autoritárias de Celine, das explicações de Sônia, dos comentários de Barbara, da cantiga, das palavras recitadas...
Mas será que aquilo tinha mesmo ocorrido, ou fora apenas um sonho? Será que deveria contar a alguém, ou deveria guardar para si?
De qualquer jeito, decidiu esperar.
***
Lá fora, perto do mar, Nicolas, Lucas, Alice, Victor, Jennifer, Felipe, Michele e Kiara jogavam vôlei. Como Sônia ainda não havia aparecido, decidiram ignorar — ou pelo menos tentar ignorar — este fato e fazerem as coisas por si mesmos.
— Jennifer, faça o bloqueio! — disse Nicolas.
E justo na hora em que Felipe ia lançar a bola, Jennifer bloqueou e a bola caiu no campo do time adversário. Ponto para o time de Jennifer.
— Já ganhamos! Acabou para vocês! — comemorou Lucas antecipadamente.
Felipe preparou-se para sacar. Seu time — Felipe, Kiara, Michele e Victor — estavam perdendo por um ponto para o outro time — Lucas, Jennifer, Alice e Nicolas. Estava 1x1, e o time de Lucas ganhava o set por 21x20.
Mas a alegria de Lucas se esvaiu quando Felipe sacou e Alice tentou receber a bola, mas jogou-a para fora.
— Ponto! — gritou Felipe. — 21x21!
Lucas fechou a cara. Alice até jogava bem, mas era a pior dali, e se continuasse dando mole desse jeito, perderiam a partida.
— Acontece... — disse Jennifer consolando a amiga e dando de ombros para Lucas, que tinha ido buscar a bola.
O menino foi correndo, pois não queria perder tempo. Só faltavam dois pontos para a vitória.
— Desculpa, Jennifer... — começou Alice. — Eu queria jogar melhor, mas por mais que eu me esforce, eu não consigo...
— Tudo bem. Não precisa ficar se desculpando... — Jennifer foi interrompida por um grito vindo de algum lugar.
— AI! — gritou Lucas, repetidas vezes. Nicolas foi até o amigo para saber o que tinha acontecido.
— O que houve, Lucas? — perguntou. O garoto estava sentado no chão, segurando o pé direito.
— Eu pisei... neste galho... — falou, com os dentes cerrados.
Todos se reuniram ao redor de Lucas. À sua direita, no chão, havia um galho quebrado, com uma ponta super afiada saindo de uma de suas laterais. O pé do menino estava com uma ferida bem no meio da sola, por onde o galho havia entrado, e sangrava muito.
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Ilha da Lua
Mystery / ThrillerATENÇÃO: PLÁGIO É CRIME! Gosta de mistério? Bem, se eu fosse você, adicionaria este livro à biblioteca. Raquel Cruz é uma menina gentil, apaixonada por natureza e está prestes a fazer quinze anos. Ao pedir permissão aos pais - Pedro e Vitória Cruz...