Íris
Acordei mal humorada, com dor de cabeça, não dormi direito, nem consegui me concentrar na aula, fico só pensando no beijo que ele me deu.
O meu primeiro beijo! Toco meus lábios, ainda queima, posso senti a sensação de ser beijada, da eletricidade que percorreu o meu corpo, da sensação de pertencer a ele. Lembro do jeito triste que ele me olhou depois da bofetada que eu dei nele. Maldito! Tem que ter a boca tão gostosa!. Não adianta dizer que eu não gostei, porque é mentira. Eu adorei! Sempre sonhei com isso. Sei como isso é perigoso.Droga! Tenho que parar de pensar nesse homem, ele não é e meu. Daqui a uns dias eu vou fazer dezesseis anos e com fé em Deus vou encontrar meu companheiro, mas para falar a verdade, essa possibilidade não me deixa alegre. No fundo do meu coração, sempre foi ele. Que confusão! A Deusa Luna me ajude, quero tanto que seja ele! Tanto!
Fico até com pena do ordinário por não ter encontrado sua companheira, deve ser horrível ficar sozinho. Mas, não vou negar o alívio, não sei como me sentiria sabendo que eu o perderia para sempre. Quando nada, ainda há esperança de ser ele.
Ele procurava muito por ela, agora nem tanto. O macho é completo com sua alma gêmea, só ela pode engravidar dele, ele vai morrer por ela. Só em pensar nessa possibilidade fico com ciúmes.
A verdade é que a coitada não esta perdendo nada, do jeito que ele é galinha... Não pode ver um rabo de saia que se assanha. Se fosse meu colocava na linha. Dou um suspiro chateada com o rumo dos meus pensamentos. A quem eu quero enganar? Morro de ciúmes dele e pronto. Na verdade como eu queria ser ela. Ser a escolhida pela deusa lua, ser a sua metade. Sacudir a cabeça para voltar a realidade, a vida continua, mesmo contra a nossa vontade. As vezes tenho vontade de parar o tempo. Pararia para sempre naquele beijo. Me olhou no espelho mais uma vez, ajeito o meu cabelo, passo um perfume bem leve, desço em direção a porta de casa. O dia está lindo! Expiro o ar puro, como é gostoso aqui na aldeia. Apesar de tudo, sou muito feliz! Respiro fundo e sigo o meu caminho, Vou em direção a casa do alfa Reese, não fique imaginando coisa errada, apesar de ser um babaca, sua avó Dona Nalva Worem é um amor de pessoa.Ela é amiga de meus pais desde criança, e a vários meses, trabalhamos juntas na cooperativa da aldeia, ela quem administra e sempre que posso eu vou visitá-lá. Pois, temos vários projetos em andamento.
Meus pais Marta e Antônio Vert me tiveram com uma idade avançada, mamãe teve dificuldade de engravidar logo no início do casamento.
Eles pensaram que nunca teriam um filhote e quando eles menos esperavam a cegonha me trouxe. Eles são super cuidadosos, dizem que eu sou a princesinha deles.
Tomara que esse jacaré de rio não esteja em casa. Penso batendo na porta, que logo é aberta.- Oi Vó! Falo para a senhora amável à minha frente. -Desculpe pela demora, trouxe os esboços para a senhora dar uma olhada. Falo enquanto ganho um abraço bem apertado.
- Como você está crescendo rápido garotinha, a cada dia fica mais bonita! Ela diz isso sempre que me ver.
- Ah! Vó a senhora é uma fofa! Falo envergonhada seguindo ela até a cozinha.
A conversa fluiu tão bem que a tarde passou, a gente ficou conversando e testando algumas das nossas receitas, da qual, faríamos na nossa cooperatival, minha mãe e meu pai também faziam parte, tomara que tudo dê certo.
Amo minha alcateia, quando eu nasci papai teve que viajar por um período e fomos com ele, mas tarde retornamos, aqui é o meu lar. Temos uma cooperativa que ajuda pessoas carentes do nosso povo, temos espaço para treinos e ajudá-los a desenvolverem algumas habilidades, entre elas estão o curso de: doceiros, padeiros, costureiras, maquiadoras, computação, entre outras especialidades a serem aplicadas dentro e fora da aldeia.
Enquanto conversamos, fiz pão com recheio de calabresa e uma deliciosa torta de chocolate com morangos, sei que ele gosta.- Vó, quero aproveitar e encomendar alguns pratos para a minha festa de aniversário...
- Vai ser por minha conta. Diz antes de esperar eu terminar.
- Não vó, a senhora sabe que precisamos desse dinheiro, além do mais, meu pai pode pagar, dinheiro não é o problema. O capital arrecadado investimos em melhoria para a nossa aldeia, além de ajudar órfãos, idosos e mulheres que perderam seus maridos nos ataques inimigos ou nas guerras contra outras alcateias. Isso eu não posso negar o cretino trabalha bem pra caramba, nunca estivemos tão bem e tão seguros.
Não é atoa que a nossa alcatéia é bem procurada, ela está crescendo. Tem área de treinamento, salão de festa, a nossa cooperativa, escolas.... Estou terminando de colocar os morangos no bolo, sinto minhas costas queimar e me arrepio, viro para confirmar que eu estava sendo observada.
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MINHA
WerewolfReese Worem alfa da alcateia de Poltava, ainda não encontrou a sua companheira. Ele tem a atenção de todas as mulheres da alcateia, elas vivem aos seus pés... Querem ser a sua Luna. Quer dizer, Quase todas! Apenas aquela morena de olhos azuis, pequ...