Íris
Saí da sala bufando de raiva, não tive só que aguentar a vadia falsificada e ainda por cima, ele acha que tem o direito de me controlar.
Quem ele pensa que é?
Sarnento! Descarado! Que raiva desses dois, que façam bom proveito um do outro. Ele que fique com ela. Pena não poder furar aqueles olhos de piranha passada que não saiam de cima dele. Mulherzinha vazia, fútil e vulgar...usa um perfume irritante de vagabunda de beira, a cara parece um reboco de tanta maquiagem.
-Amor!... imito à voz irritante. -Que ódio!... Ainda quis me humilhar na frente do pessoal da cooperativa.
Cadela! Ainda não dei a resposta que merecia, na verdade, a vontade era de enfiar a bofetada na cara de cabrita. Ele deve gostar muito desse tipo de mulher, não é à toa que a vaca vive há anos correndo atrás dele.
Vaca não! Coitada das vaquinhas! São tão úteis! Uma cachorra! Sou surpreendida com dois braços que me prendem pela cintura e minhas costas se chocam contra um peito musculoso, não preciso virar para saber quem é.- Me solta seu vira- lata, seu cachorro sem vergonha, colecionador barato, ainda por cima tem a coragem de me agarrar depois que se esfregou naquela galinha oferecida. Grito louca de raiva sem me importar se alguém está nos vendo. Soquei os braços dele, arranhei e bati.
Bati mesmo, estou com muita raiva. Mesmo assim, nada que eu faço parece fazer efeito... até quando ele me virou... seus olhos se fundiram aos meus, falam tudo, as palavras nesse momento não são tão necessárias, fico sem ação, meu corpo estremece, minha face cora, minhas pernas amolecem, só não cair porque seus braços me mantém presa a ele, seus lábios cobrem os meus com urgência, sua língua invade a minha boca enroscando as nossas línguas em um beijo apaixonado, tento não corresponder, mordo, puxo os cabelos da nuca dele em uma tentativa fracassada de me soltar, faço tudo isso, e em nenhum momento ele reclama, chuto até as suas canelas, ele suga o meu pescoço inalando meu cheiro me deixando mole, arrepiada. Ele toma novamente minha boca sem pressa, dessa vez saboreando, explorando, sugando a minha língua, rendida me vejo correspondendo ao seu beijo com a mesma fome que ele me devora.- Pare. O que estamos fazendo? Peço sem fôlego as lágrimas rolam molhando o meu rosto. - Não é certo. Não é justo para com nenhum de nós.
- Eu quero você, Íris. Eu não vou lutar mais contra o que eu sinto. Eu amo você a muito tempo. Nunca quis te magoar.
- Mas magoou! Grito pra ele.
-Iris...
- Não... não me ama. Interrompi. Pare de falar essas coisas Reese. Balanço a cabeça numa desesperada tentativa, preciso me afastar. - Não continue, não quero ouvir. Você não tem o direito. Não podemos, vamos terminar nos machucando e vai doer ainda mais.
- Eu não vou machucar você. Só existe você Íris,
- Entenda logo de uma vez por toda, eu vou me transformar Reese, vou achar meu companheiro... Falo empurrando o seu peito, quero sair dos seus braços que me mantém cativa.
- Olhe pra mim, Íris. Posso sentir a dor na sua voz com a rejeição. - Diga que não me quer Íris. Seus olhos mostram o medo que tem da resposta.
- Não... eu não quero você Reese. Respondo o mais firme que posso nesse momento. Eu não sou um troféu a mais para na sua coleção, fique longe de mim. Bem longe. Empurro conseguindo me soltar a tempo de sair correndo. Não olho para trás. Estou tentando me proteger.
Reese
Deixo ela ir. Fico olhando enquanto a mesma se afasta correndo, paralisado vendo-a sumir na tentativa de me convencer que ela está certa.
Doi deixar ela ir. Nunca chorei por uma mulher, meu rosto está molhado. Meu bebê! Nem se transformou ainda! Eu argumento para acalmar o lobo que quer me dominar, não somos dela. Falo para ele. Não posso exigir que ela se apaixone por mim, devemos esquecer- la. Bate uma vontade louca de correr, preciso me transformar, soltar o meu lobo, me sinto sufocado... Então, deixo meu lobo assumir, sumimos na floresta. Corro como um louco, não sei por quanto tempo, paramos quando a exaustão tomou conta do nosso corpo.
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MINHA
WerewolfReese Worem alfa da alcateia de Poltava, ainda não encontrou a sua companheira. Ele tem a atenção de todas as mulheres da alcateia, elas vivem aos seus pés... Querem ser a sua Luna. Quer dizer, Quase todas! Apenas aquela morena de olhos azuis, pequ...