Capítulo nove

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Íris

Eu estou a caminho da reunião, acontecerá na sede da alcateia.  A mesma foi marcada pelo nosso  alfa, uma oportunidade e tanto para expôr os nossos produtos, vamos fazer uma degustação... de repente, sou parada pela piranha andante do pedaço.

- Oi garotinha, espere um pouco, eu vou com você. Não deixo de notar o sacarmos no seu modo de falar. Sabe queridinha, como futura Luna, tenho todo o direito de estar presente. Soltou o veneno, depois passou rebolando com sua bumba rodada na minha frente. Eu mereço, penso revirando o olhos.

Sigo em frente, não vou perder meu tempo com um ser tão insignificante. E nem deixar que nada afete o meu humor no momento .Se ela não tem espelho em casa, quem sou eu para fazer a mesma entender o papel ridículo a qual se submete?. Cada um tem aquilo que merece.
Aprenda isso, quem planta vento, cole tempestade. Tudo que vai, um dia volta.

****

Na sala de reunião da alcateia, Carlos, o Beta de boca cheia, comenta com o seu Alfa.

- Tenho que reconhecer,  essa garota é inteligente, nós precisamos de uma Luna assim. Declara Carlos comendo os quitutes do buffet que a cooperativa preparou. - Ainda por cima,  é boa cozinheira... isso está bom pra caramba! Uma delícia!

- A ideia dela é realmente excelente Carlos, agora deixa de elogiar a minha mulher e vai cuidar da sua. Responde Reese fechando os olhos quando o cheiro de salsicha com chocolate que ele tanto ama invade o seu nariz. Ela está aqui! Ele sorri feliz da vida.

-Elas chegaram. Falou o Beta ainda de boca cheia, e Bianca também veio junto.

- Que diabos ela está fazendo aqui? Reese pulou da cadeira e saiu da sala sem esconder sua irritação. Que inferno!

- Oi amor! Bianca fala pulando em seu pescoço, assim que ele entra na sala. - Eu também quero participar da reunião. Disfarça e finge não ver Reese tirar de modo rude seus braços de cima dele.

Fodeu! Pensou o Alfa, só faltava essa para afastar mais ainda a marrenta dele. Esperar tanto, agora que ela chegou na idade, não vai perder o amor de sua vida por nada. Nem mesmo por essa vadia dissimulada.

- É mesmo? Jura Bianca?... Você nunca se interessou em ajudar a aldeia. Ironizou o alfa.

- Desculpe interromper a DR dos pombinhos, mas podemos começar a reunião? Eu ainda tenho muita coisa para fazer depois daqui. Os olhos indagadores dele estão em cima de Íris.

Não teve outra alternativa a não ser dar início a reunião. Foram várias horas discutindo o projeto que seria colocado em prática. A ideia é fornecer bolos, pães, biscoitos, pizzas... para os vilarejos próximos a nossa aldeia, investir na nossa matriz, e distribuir produtos para o comércio  local, vai gerar emprego para o nosso povo, fazer a nossa cooperativa ser mais reconhecida. A intenção é crescer para futuramente expandir o negócio por toda região de Poltava.

- Você se acha muito inteligente, né? A vadia fala para Íris irritada, surpreendendo a todos com a sua indagação.

- Acho não querida, sou! Responde Íris com convicção. - Gosto de usar os neurônios que tenho de forma inteligência e não com coisas baratas. Além do mais, faço a minha parte, gosto de saber que como integrante dessa alcateia, posso colaborar para torná-la melhor, também gosto de ocupar meu tempo com algo produtivo em vez de vadiar. Do canto do olho noto o riso disfarçado no rosto do cretino. Agradeço a Deus por colocar pessoas maravilhosas na minha vida, com elas eu aprendo muito.

***

-Nossa! não acredito que acabou! Estou tão cansada! Falo enquanto coloco suco de uva que adoro.

- Valeu apenas, o pessoal da cooperativa está radiante com os resultados positivos. Responde entusiasmada minha mãe.

- Podemos ir na cidade amanhã? Perguntou vó se aproximando com Reese.

- Desculpe Vó, não vou poder acompanhar vocês duas. Falo sentindo os olhos deles cravados em mim. - Eu já tenho um compromisso.

- Posso saber que compromisso é esse? Aonde a senhorita pensa que vai? Perguntou Reese possessivo.

- Penso não, vou. Além do mais, não tenho porque dar satisfação da minha vida a você, já que não é nada meu. Você devia se preocupar com o seu projeto de puta. Disparei dando as costas para ele antes de sair da sala, deixando todos de boca aberta com o tamanho do meu atrevimento.

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